Vamos lá...ele tem um controle remoto que permite que ele acelere as partes ruins da vida, dê "pause" na mulher quando está brigando com ele, abaixe o volume do cachorro e até lhe permite acessar o "menu". Em vários momentos ele descobre que perdeu partes importantes da vida pois o controle acelerou para frente; o que o impede de apertar o botão de "voltar"? Em outra cena, os filhos reclamam que ele não tem tempo para terminar a casinha na árvore, ou para acampar com eles; por que ele não usa o "pause" para controlar melhor o tempo? Como é um filme de Adam Sandler, o controle remoto é usado para cenas "engraçadas" como quando ele pausa o chefe, sobe na mesa e fique peidando na cara dele. Ou então quando desacelera uma mulher bonita para vê-la correr em câmera lenta. Por que não usar essas funções com os filhos? Com a esposa? Para arrumar mais tempo para lidar com trabalho e família? Melhor mostrá-lo com 200 quilos, brincando com a própria barriga. Ok. Tá na Netflix.
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domingo, 8 de janeiro de 2023
Click (2006)
Click (2006). Dir: Frank Coraci. Netflix. Como é? Eu assistindo a uma comédia com Adam Sandler? Não é segredo que eu abomino o cara, mas tanta gente falou bem deste filme que resolvi dar uma olhada. A premissa do filme não é ruim, embora a ideia central não seja nada original (homem dá mais atenção ao trabalho do que à família, e se arrepende por isso). O maior problema, claro, é Sandler. Toda vez que o filme se torna um pouco mais sério e até emocionante, Sandler quebra o clima com alguma "piada" bizarra.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
O Último Concerto
Um quarteto de cordas é composto pelo primeiro violino, segundo violino, viola e violoncelo. Os quatro devem tocar como se fossem um único instrumento, complementando e apoiando um ao outro. O quarteto "A Fuga" toca há 25 anos e, na superfície, é afinado a harmonioso. Em um ensaio, porém, o violoncelista Peter (Christopher Walken) percebe uma dificuldade em acompanhar os outros. "Nosso vibrato está diferente", diz Daniel (Mark Ivanir), o metódico e perfeccionista primeiro violinista do conjunto. Peter vai consultar um médico e descobre que está com os primeiros sinais do Mal de Parkinson. Para um violoncelista, isso pode significar a aposentadoria. Para "A Fuga", perder Peter poderia representar o fim do quarteto.
"O Último Concerto" é escrito e dirigido pelo austríaco Yaron Zilberman. Foi produzido em 2012, mas lançado só agora nos cinemas brasileiros, mostrando um dos últimos trabalhos do grande ator Philip Seymour-Hoffman ("Antes que o diabo saiba que você está morto"), que morreu no começo deste ano. Hoffman, muito bem como sempre, interpreta Robert, o apaixonado segundo violinista do grupo. Ele é casado com Juliette (Catherine Keener, de "Onde vivem os monstros"), que toca viola; os dois têm uma filha adulta, Alexandra (Imogen Poots) que também é violinista. Um dos temas do filme é como a vida de um instrumentista clássico é dominado pela música. Músicos, como todo artista, têm um ego bastante grande; como administrá-lo em um quarteto? (leia mais abaixo)
O anúncio da possível aposentadoria de Peter e sua troca por uma violoncelista desperta nos membros da "Fuga" sentimentos que ficaram reprimidos durante 25 anos. Robert (Hoffman), por exemplo, resolve que não quer mais ter um papel secundário no grupo e quer alternar com Daniel o lugar de primeiro violinista. Juliette (Keener) não sabe se quer continuar no quarteto se Peter sair e as atitudes de Robert fazem com que ela duvide do próprio casamento. Daniel, o frio e equilibrado primeiro violinista, se vê tentado a seguir o coração em um romance complicado com Alexandra. Não demora muito para que todos estejam em pé de guerra.
Filmes sobre música não são raros e costumam seguir algumas fórmulas (curiosamente parecidas com as dos filmes sobre esportes). Há o treinamento rigoroso e o abrir mão da vida pessoal pela carreira. Há a vaidade em se apresentar em público. Há o desejo de se atingir a perfeição e conquistar a performance perfeita. Filmes como "Encontro com Vênus" (1991), de István Szabó, "O Concerto" (2009), de Radu Mihaileneau, "O Quarteto" (dirigido pelo ator Dustin Hoffman em 2012), entre vários outros, seguem estas fórmulas.
"O Último Concerto" não é diferente. O filme deve muito à qualidade do elenco. Christopher Walken, particularmente, está ótimo, fugindo um pouco da caricatura e criando uma interpretação sincera como um músico veterano. O mundo apresentado pelo filme pode não ser do agrado do grande público. A música clássica, infelizmente, não é tão popular por aqui quanto é nos Estados Unidos ou Europa. Tanta dedicação como a apresentada pelos personagens pode parecer exagerada para a maioria das pessoas. Tocar música clássica requer não apenas o dom, mas treinos rigorosos para tentar alcançar a intenção do compositor.
O quarteto para cordas nº 14, Opus 131, de Beethoven, apresentado no filme, foi interpretado pelo Quarteto de Cordas Brentano. Em cartaz no Topázio Cinemas, em Campinas.
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