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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Um Tira da Pesada 4: Axel Foley (Beverly Hills Cop: Axel F, 2024)

 

Um Tira da Pesada 4: Axel Foley (Beverly Hills Cop: Axel F, 2024). Dir: Mark Molloy. Netflix. "Um Tira da Pesada" foi lançado há inacreditáveis 40 anos e foi um sucesso estrondoso. Originalmente escrito para Sylvester Stallone, o papel acabou indo para Eddie Murphy, que tinha só 22 anos mas já era um comediante famoso no cinema e na TV. O filme teve uma continuação dirigida por Tony Scott em 1987 (que era razoável) e uma terceira parte feita por John Landis em 1994 (que era bem ruim).

Axel Foley volta para uma quarta aventura agora em uma produção da Netflix (sinal dos tempos). Considerando o baixo nível do segundo e do terceiro filme, até que este não se sai tão mal. "Um Tira da Pesada 4" é previsível e carregado de clichês, mas tem uma boa dose de nostalgia e, se você não criar muitas expectativas, é divertido. O marketing tenta vender a volta dos companheiros de Axel dos filmes anteriores, os policiais Billy (Judge Reinhold) e Taggart (John Ashton), mas eles não têm muito tempo de tela, na verdade. O filme pertence a Eddie Murphy e traz como novidades a personagem da filha de Axel Foley, Jane (Taylour Paige) e um policial chamado Bobby (Joseph Gordon-Levitt). Ah, e o grande Kevin Bacon traz sua bagagem de astro dos anos 1980 como um policial corrupto.
Há perseguições de carro, tiroteios, cenas de tensão entre pai e filha e citações nada sutis ao filme original. Para uma produção da Netflix, está de bom tamanho.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

O Mundo Depois de Nós (Leave the World Behind, 2023)

 O Mundo Depois de Nós (Leave the World Behind, 2023). Dir: Sam Esmail. Netflix. Suspense pós-apocalíptico bem interessante que estreou hoje na Netflix. O elenco é ótimo, Ethan Hawke, Julia Roberts, Mahershala Ali, entre outros. É aquele tipo de suspense que Shyamalan poderia ter feito (me lembrou bastante "Sinais", de 2002). Pena que o filme comece muito bem mas vá "esvaziando" para o final.

O filme começa com uma família indo para uma casa na praia. Ela é enorme e moderna, muito bem decorada e com uma bela piscina. Tudo muito bonito, mas algumas coisas estão erradas; a internet está com problemas; o celular começa a falhar e, em seguida, a televisão sai do ar. Na praia, em uma bela sequência, um petroleiro enorme sai de curso e invade a areia. À noite, há uma batida na porta e um homem negro (Mahershala Ali) muito bem vestido, está na varanda, acompanhado da filha. "Essa é nossa casa", ele diz. Ele explica que houve um blecaute em Nova York e eles gostariam de passar a noite.

O que se segue é uma série de situações cada vez mais estranhas e assustadoras. Assim como em "Sinais", em que a família de Mel Gibson estava isolada em uma casa enquanto "alguma coisa" estava acontecendo no mundo, aqui não é diferente. O clima de tensão vai ficando cada vez maior conforme coisas inexplicáveis acontecem, como ruídos ensurdecedores que acontecem no meio da noite; algumas poucas notícias, desencontradas, aparecem em forma de mensagem de texto.

Há uma tensão racial (e sexual) constante na relação entre a família branca e "perfeita" e a outra, de pai e filha negros. A personagem de Julia Roberts, em um racismo pouco velado, não consegue acreditar que Mahershala Ali seja o dono de uma casa tão grande, e seja tão culto e rico. Ele, por outro lado, claramente sabe mais do que ele está falando, e tenta proteger a filha, Ruth (Myha'la). Já os filhos de Ethan Hawke e Julia Roberts vivem sob uma bolha; Rose, a menina, está desesperada porque queria ver o episódio final de "Friends" e a internet não está funcionando. Há referências a outras séries de TV como "The West Wing" (e uma cena me lembrou bastante "Lost"). É um bom suspense, que lida com nossas paranoias como a pandemia e imagina como seríamos inúteis se acordássemos, um dia, sem internet e celular. Tá na Netflix.

terça-feira, 13 de abril de 2021

Sleepers: A Vingança Adormecida (Sleepers, 1996)

Sleepers: A Vingança Adormecida (Sleepers, 1996). Dir: Barry Levinson. Netflix. A última vez que vi este filme foi em VHS, ou seja, faz tempo, rs. Os créditos iniciais impressionam: direção de Barry Levinson, fotografia de Michael Ballhaus, trilha sonora de John Williams. E que elenco: Robert De Niro, Dustin Hoffman, Kevin Bacon, Brad Pitt, Jason Patrick (lembram quando ele ia ser um astro?), Billy Crudup, Minnie Driver, Vittorio Gassman, Bruno Kirby.

Quanto ao filme, ele é bem bom, embora nem tanto quanto eu lembrava. É a história de quatro garotos de 13 anos que fazem uma bobagem (tentam roubar um carrinho de cachorro quente) que quase leva à morte de um homem. Eles são condenados a 18 meses de reclusão em um reformatório barra pesada. Lá eles são constantemente abusados por um cruel guarda, interpretado por Kevin Bacon. Anos depois, nos anos 80, um crime junta os quatro amigos, agora adultos, em um tribunal. Alguns do lado da acusação, outros na defesa, e Jason Patrick no meio de campo. Estou sendo vago para não revelar detalhes.

O que mais me incomodou nesta revisão é a constante narração de Jason Patrick. O roteiro (de Barry Levinson) é adaptado de um livro e dá a impressão que Levinson não deixou nenhuma linha de fora. Não há um momento de silêncio o filme todo, a narração sempre entra para falar, muitas vezes, o óbvio, tipo "dois caras entraram no restaurante", quando estamos VENDO isso acontecer. Há um "esquema" por trás do julgamento que acho meio difícil de acreditar. Já Robert De Niro está bastante bem como um padre que tem que enfrentar uma decisão difícil. Com duas horas e vinte e sete minutos, o filme poderia seria melhor com vinte minutos a menos, fácil. Mas é bom de assistir, o elenco é afinado e muito bem feito. Tá na Netflix (onde um filme de 1996 é quase pré-histórico, rs).
 

domingo, 4 de setembro de 2011

Amor a toda prova

O casal está no restaurante tentando decidir o que pedir. "O que você vai querer?", pergunta o marido. "Um divórcio", responde a esposa. Assim começa "Amor a toda prova" (mais um desses títulos brasileiros genéricos, inferior ao original, "Crazy, Stupid, Love"). O marido é Cal Weaver, o sempre competente Steve Carell. A esposa, Emily (ninguém menos que Julianne Moore), "não quer magoar" Cal, mas além do anúncio do divórcio ainda confessa ter transado com um companheiro de trabalho, David Lindhagen (Kevin Bacon), o que é mais informação do que Cal estava disposto a receber. Desolado, Cal começa a passar suas noites bebendo em um bar da moda, onde conhece o "homem perfeito", Jacob (Ryan Gosling), um conquistador que leva uma garota diferente para casa todas as noites. Jacob, afetado pela figura triste de Cal reclamando suas "histórias de corno" todas as noites no bar, resolve ajudá-lo a sair do buraco.

Steve Carell, que foi lançado à fama com a comédia escrachada "O Virgem de 40 Anos", tomou um rumo curioso (e muito bem sucedido) em sua carreira. Seu tipo "homem comum" se adaptou tranquilamente a filmes engraçados, mas com um foco mais "família", como "Agente 86", "A volta do Todo Poderoso" e "Eu, meu irmão e nossa namorada" (além da voz de Gru na ótima animação "Meu malvado favorito"). Assim como neste último, Carell eleva o nível do batido gênero "comédia romântica" de "Amor a toda prova", do qual é um dos produtores, com um roteiro inteligente escrito por Dan Fogelman. Robbie (Jonah Bobo, uma boa descoberta), seu filho de 13 anos, é um romântico incurável que é apaixonado pela baby sitter Jessica (Analeigh Tipton), de 17 anos. Ela, por sua vez, é apaixonada pelo patrão Cal e, com o divórcio, Jessica resolve partir para o ataque, consultando a "piranha" do colégio, uma garota que só transa com homens mais velhos. Cal, auxiliado pelas dicas de conquista de Jacob, faz uma reciclagem no guarda roupa, ganha um novo corte de cabelo e, após alguns tropeços, também se torna um conquistador competente. Há uma cena hilariante estrelada por Marisa Tomei, sua primeira conquista, que vale o filme.

"Amor a toda prova", porém, não é um filme sobre conquistas adolescentes. O roteiro, apesar de moderno, é voltado a valores tradicionais como romance e casamento. Cal e Emily têm uma longa história juntos e mesmo Jacob, após conhecer a bela Hannah (Emma Stone), começa a repensar seu modo de vida. Com 118 minutos, o filme poderia ser um pouco mais curto, mas o roteiro inteligente tem até espaço para algumas surpresas e reviravoltas.