O pior vizinho do mundo (A man called Otto, 2022). Dir: Mark Forster. HBO Max. Versão americana de um filme sueco que, infelizmente, não vi (mas provavelmente era melhor), "O pior vizinho do mundo" é simpático e previsível. Tom Hanks, quem diria, já tem idade para fazer o papel do "velho rabugento" que, em outras épocas, seria feito por Walter Matthau ou, talvez, Clint Eastwood. Ele é Otto, um viúvo que está desgostoso da vida, briga com todo mundo e implica com a vizinhança; mas, para surpresa de zero pessoas, no fundo ele tem bom coração.
O bom elenco de coadjuvantes é elevado pela mexicana Mariana Treviño, que interpreta a nova vizinha de Otto, Marisol. Ela é cheia de vida, tem um marido bobão, duas filhas lindas e mais um bebê a caminho. Otto já estava literalmente com a corda no pescoço quando a mexicana bateu à sua porta trazendo comida e se apresentando. Aos poucos, o coração gelado do velho acaba sendo derretido pela moça e pela família dela. Em uma subtrama, ficamos sabendo que uma imobiliária quer despejar os moradores da vizinhança e construir prédios no lugar. Por um momento achei que a casa de Hanks fosse sair voando, carregada por balões de festa.
Como disse, o filme é bem simpático, apesar de previsível. Hanks está bem como o velho Otto e o roteiro mistura comédia com boas pitadas de drama. Flashbacks mostram a vida de casado de Otto com o amor da sua vida, Sonya (Rachel Keller), uma professora. A boa trilha sonora é de Thomas Newman e a direção de Mark Forster, que teve uma carreira bem diversa, dirigindo 007 (Quantum of Solace), Guerra Mundial Z, Em busca da Terra do Nunca, etc. Disponível na HBO Max.