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sábado, 14 de outubro de 2023

Dopesick (2021)

 
Dopesick (2021). Star+. Ok, esta é como a versão "pro" de "Império da Dor", minissérie que a Netflix lançou recentemente. Enquanto a Netflix partiu para a paródia e momentos sensacionalistas, "Dopesick" é uma versão séria e muito mais aprofundada do surgimento da crise de opióides nos Estados Unidos e a luta de alguns promotores contra a indústria farmacêutica.

A trama base é a mesma: uma família tradicional americana, os Sackler, lançaram nos anos 1990 um remédio para a dor chamado OxyContin, que prometia ser revolucionário. O problema é que eles subornaram especialistas e burlaram várias regras da FDA (a Anvisa deles) e apresentaram o remédio como seguro e indicado para todo tipo de dor. O resultado foi toda uma geração de americanos viciados em um remédio que tinha as mesmas propriedades da heroína.

O elenco de "Dopesick" também é muito melhor do que a versão da Netflix. Michael Keaton, Michael Stuhlbarg, Peter Sarsgaard, Rosario Dawson, Kaitlyn Dever, Mare Winningham, Will Poulter e mais um monte de gente boa dá vida às pessoas que produziram o remédio e suas vítimas. Michael Keaton ganhou um Emmy pelo trabalho. São 8 episódios; Barry Levinson (Mera Coincidência, Rain Man) é um dos diretores. Visto na Star+.

terça-feira, 21 de junho de 2022

A Escada (The Staricase, 2022)

 
A Escada (The Staricase, 2022). Dir: Antonio Campos. HBO Max. Minissérie em oito capítulos baseada na história real de Michael Paterson (Colin Firth), um escritor americano acusado de matar a esposa. Em dezembro de 2001, Paterson chamou uma ambulância para socorrer a mulher, que encontrou caída na escada; ela estava em uma poça de sangue e Paterson foi acusado de assassinato, apesar de jurar que a esposa havia simplesmente sofrido um acidente. A minissérie é muito bem produzida e tem um elenco e tanto; Colin Firth, Toni Collette, Juliette Binoche, Michael Stuhlbarg, Sophie Turner, Rosemarie DeWitt, Parker Posey, entre muitos outros.

A trama faz um vai e vem entre várias linhas de tempo, informadas por letreiros na tela ou indicadas por mudanças no visual dos personagens. A série também é metalinguística; uma equipe de documentaristas acompanhou a história real (o documentário está na Netflix, aliás) e a equipe técnica (diretor, produtor, editora) estão presentes como personagens. Colin Firth está muito bem como Paterson, uma pessoa difícil de decifrar, mas que tem um ego enorme e gosta de estar no centro das atenções (quem aceitaria a presença de câmeras durante uma investigação de assassinato?).

Independentemente de ser um assassino ou não, Paterson é bem contraditório, aquele tipo de pessoa que pode elogiar a esposa ou os filhos em uma frase e, em seguida, falar alguma coisa horrível. O ritmo é bem lento, são oito capítulos de uma hora de duração e o roteiro dá espaço para revelar as facetas de várias personagens. Toni Collette, como a esposa Kathleen, é uma personagem trágica, sempre exausta, lutando para manter o trabalho, a casa, os filhos e o marido, que mais parece outro filho. As várias teorias sobre a morte dela são mostradas em cenas bastante sangrentas. Binoche, uma das maiores atrizes do cinema, também é uma figura trágica como uma mulher que acredita em Paterson, mas nunca consegue realmente compreendê-lo. A direção é de Antonio Campos, americano nascido em Nova York filho do jornalista brasileiro Lucas Mendes. Harrison Ford estava escalado originalmente para viver Paterson, mas desistiu. A série me lembrou muito “O Reverso da Fortuna” (1990), de Barbet Schroeder, em que Jeremy Irons era acusado de matar a esposa. "A Escada" está disponível na HBO Max.