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sábado, 14 de outubro de 2023

The Flash (2023).

The Flash (2023). Dir: Andy Muschietti. HBO Max. Com a saturação de filmes de heróis dos últimos anos, confesso que nem sei porque apertei "PLAY" neste... mas não é que foi uma boa surpresa? "The Flash" tem vários dos problemas dos filmes de herói recentes.... tela visualmente poluída, vilões sem sentido, duração muito longa e (a mais nova mania), a presença de um "multiverso". Mas "The Flash", por boa parte de sua duração, tem algo bem raro em filmes de herói (principalmente da DC), que é um "coração".


Atenção, AVISO DE SPOILERS DAQUI PRA FRENTE. Ezra Miller fez uma bagunça gigante em sua vida pessoal e há quem diga que sua carreira esteja acabada, mas é necessário dizer que ele carrega este filme nas costas. O "coração" a que me referi é a parte da trama que envolve a mãe de Barry Allen, Nora, interpretada pela ótima Maribel Verdú (atriz espanhola de "O Labirinto do Fauno" e "E tua mãe também"). Barry descobre que consegue correr tão rápido que pode voltar no tempo. E se ele mudasse o passado e impedisse a morte da sua mãe, quando ele era criança? Claro que ele não deixa a oportunidade passar; quando ele volta, porém, acaba encontrando com uma versão dele mesmo bem diferente. O Barry Allen que ele encontra é um rapaz irresponsável e bem irritante, e as cenas em que os dois Barry contracenam juntos têm alguns dos melhores efeitos especiais que já vi (o que é irônico, porque "The Flash" também tem alguns dos piores efeitos em CGI de todos os tempos, mais tarde na trama).

Do meio para o final, no entanto, o filme fica cada vez pior. Há uma ótima participação de Michael Keaton reprisando a versão do Batman de Tim Burton dos anos 1980. Não há como não se emocionar quando o tema de Danny Elfman toca na trilha sonora. O surgimento de uma versão feminina do Superman (interpretada por Sasha Calle) e o retorno de Michael Shannon como o General Zod funcionam bem menos. E, claro, há a obrigatória cena mostrando o "multiverso" em que (SPOILERS) aparecem várias versões diferentes dos heróis da DC... e o resultado é difícil de definir; os efeitos em CGI são horrendos, mas não deixa de ser emocionante rever Christopher Reeve como Superman ou ver como seria a estranha escolha de Nicolas Cage para o papel.

Assim, "The Flash" consegue ser, ao mesmo tempo, bom e ruim. Não se sabe o futuro do personagem porque, aparentemente, a DC vai sofrer um "reset" sob a nova direção de James Gun. Sinceramente, não ligo muito para isso mas, confesso, me diverti com este "The Flash". Disponível na HBO Max. 

Dopesick (2021)

 
Dopesick (2021). Star+. Ok, esta é como a versão "pro" de "Império da Dor", minissérie que a Netflix lançou recentemente. Enquanto a Netflix partiu para a paródia e momentos sensacionalistas, "Dopesick" é uma versão séria e muito mais aprofundada do surgimento da crise de opióides nos Estados Unidos e a luta de alguns promotores contra a indústria farmacêutica.

A trama base é a mesma: uma família tradicional americana, os Sackler, lançaram nos anos 1990 um remédio para a dor chamado OxyContin, que prometia ser revolucionário. O problema é que eles subornaram especialistas e burlaram várias regras da FDA (a Anvisa deles) e apresentaram o remédio como seguro e indicado para todo tipo de dor. O resultado foi toda uma geração de americanos viciados em um remédio que tinha as mesmas propriedades da heroína.

O elenco de "Dopesick" também é muito melhor do que a versão da Netflix. Michael Keaton, Michael Stuhlbarg, Peter Sarsgaard, Rosario Dawson, Kaitlyn Dever, Mare Winningham, Will Poulter e mais um monte de gente boa dá vida às pessoas que produziram o remédio e suas vítimas. Michael Keaton ganhou um Emmy pelo trabalho. São 8 episódios; Barry Levinson (Mera Coincidência, Rain Man) é um dos diretores. Visto na Star+.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Quanto Vale (Worth, 2021)

Quanto Vale (Worth, 2021). Dir: Sara Colangelo. Netflix. O filme vale pelas interpretações de Michael Keaton, Stanley Tucci e Amy Ryan. Baseado na história de real dos acontecimentos após os atentados de 11 de setembro de 2001, Keaton interpreta o advogado Ken Feinberg; ele foi o responsável por chefiar uma comissão que iria determinar o valor das indenizações que os sobreviventes e suas famílias receberiam do governo americano. A comissão foi criada, também, para evitar que milhares de pessoas abrissem processo contra as companhias aéreas usadas pelos terroristas para derrubar o World Trade Center, em Nova York, e atacar o Pentágono, em Washington.

As melhores cenas envolvem o embate entre Michael Keaton e Stanley Tucci (excelente), que interpreta Charles Wolf; ele havia perdido a esposa no WTC e criado um grupo civil independente que não concordava com os valores determinados pela comissão oficial. Quanto vale uma vida? O valor da indenização deveria ser igual a todos ou variar dependendo da riqueza (ou pobreza) da família da vítima? É possível colocar um valor financeiro da perda de um pai, marido, esposa ou filho? O personagem de Michael Keaton tenta ver tudo de forma racional e matemática enquanto que Stanley Tucci quer que as vítimas sejam vistas como seres humanos, e não números.

O filme não chega a responder direito a estas questões, mas, como disse, vale pelas interpretações. Amy Ryan (sócia de Michael Keaton na firma de advocacia), entrevista pessoalmente dezenas de vítimas e suas famílias e se envolve de forma mais pessoal com seus dramas. O tema ainda é atual. Os atentados completam 20 anos este mês e centenas de bombeiros ainda lutam para receber indenizações por doenças adquiridas durante as operações de salvamento. Tá na Netflix.


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

VENCEDORES OSCAR 2016



MELHOR FILME: "Spotlight - Segredos Revelados"

Melhor Diretor: Alejandro G. Iñarritu, por "O Regresso"

Melhor ator: Leonardo DiCaprio, por "O Regresso"

Melhor atriz: Brie Larson, por "O Quarto de Jack"

Melhor roteiro adaptado: "A Grande Aposta", de Charles Randolph e Adam McKay

Melhor roteiro original: "Spotlight", de Josh Singer e Tom McCarthy

Melhor Canção: "Writing´s on the Wall", Sam Smith, de "007 Contra Spectre"

Melhor Trilha Sonora: Ennio Morricone, por "Os Oito Odiados"

Melhor Filme Estrangeiro: "O Filho de Saul", de László Nemes

Melhor Curta Metragem: "Stutterer", de Benjamin Cleary e Serena Armitage

Melhor Documentário, Longa Metragem: "Amy", de Asif Kapadia e James Gay-Rees

Melhor Documentário, Curta Metragem: A Gir in the river: The Price of Forgiveness, de Sharmeen Obaid-Chinoy

Melhor Ator Coadjuvante: Mark Rylance, por "Ponte dos Espiões"

Melhor atriz coadjuvante: Alicia Vikander, em "A Garota Dinamarquesa"

Melhor Animação Longa Metragem: "Divertida Mente", de Pete Docter e Jonas Rivera

Melhor Curta Metragem de Animação: "Bear Story", de Gabriel Osorio e Pato Escala

Melhores Efeitos Especiais: Andrew Whitehurst, Paul Norris, Mark Ardington e Sara Bennett, por "Ex Machina"

Melhor Mixagem de Som: Chris Jenkins, Gregg Rudloff and Ben Osmo, por "Mad Max: Estrada da Fúria"

Melhor Edição de Som: Mark Mangini e David White, por "Mad Max: Estrada da Fúria"

Melhor Edição/Montagem: Margaret Sixel, por "Mad Max: Estrada da Fúria"

Melhor Fotografia: Emmanuel Lubezki, por "O Regresso"

Melhor Maquiagem: Lesley Vanderwalt, Elka Wardega e Damian Martin, por "Mad Max: Estrada da Fúria"

Melhor Design de Produção: Colin Gibson e Lisa Thompson, por "Mad Max: Estrada da Fúria"

Melhor Figurino: Jenny Beavan, "Mad Max: Estrada da Fúria"

sábado, 31 de janeiro de 2015

Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)

Há um momento em "Birdman" em que o diretor de uma peça de teatro precisa substituir um ator e começa a sugerir alguns nomes como Michael Fassbender ou Jeremy Renner, entre outros, e descobre que estão todos ocupados fazendo filmes de super-heróis. Ele entra no camarim e vê Robert Downey Jr., na TV, dando uma entrevista sobre o novo "Homem de Ferro".

Este é só um dos vários momentos em que o extraordinário "Birdman" (que tem o subtítulo peculiar de "A Inesperada Virtude da Ignorância") toca em temas bastante pertinentes sobre o estado das coisas em Hollywood hoje. Dirigido pelo mexicano Alejandro Gonzalez Iñarritu, é pura metalinguagem, fotografado e montado de forma tecnicamente assombrosa.

O diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, famoso pelos longos planos-sequência que fez com Alfonso Cuarón em "Filhos da Esperança" e "Gravidade", leva o recurso às últimas consequências em "Birdman, que passa como se tivesse sido feito em um único plano, sem cortes de câmera. Pode parecer um detalhe gratuito, mas a forma tem ligação com o conteúdo, já que "Birdman" mostra os bastidores de uma peça de teatro. O plano contínuo faz com que o espectador se sinta parte da companhia teatral, participando dos ensaios, dos testes de figurino, montagem de cenários, etc, até o momento em que tudo tem que dar certo, ao vivo, diante da platéia. É emocionante.

A metalinguagem inclui a escolha de Michael Keaton para representar Riggan Thomson, um ator que havia sido um astro de Hollywood interpretando um herói mascarado no início dos anos 1990, assim como Keaton foi o "Batman" dos filmes de Tim Burton. Thomson está decadente há alguns anos e resolve apostar tudo na produção de uma peça de Raymond Carver ("De que falamos quando falamos de Amor") na Broadway, o templo do teatro de Nova York. A câmera onisciente de Lubezki acompanha os dias finais de ensaio que antecedem a grande estréia, que pode significar a glória ou o fracasso para Thomson e sua equipe.

Ele é o típico artista amargurado, constantemente inseguro do próprio talento e preocupado com seu legado. "Você sabia que Farrah Fawcett morreu no mesmo dia que Michael Jackson?", pergunta Thomson à ex-mulher. Seu alter ego, o personagem Birdman, fica conversando com ele em sua cabeça, lembrando-o constantemente de que é uma fraude. "Você não é um ator, é uma celebridade", lhe diz uma poderosa crítica do New York Times. (leia mais abaixo)


O elenco ainda conta com o ótimo Edward Norton ("A Última Noite"), que também parece uma versão caricata dele mesmo. Seu personagem, Mike Shiner, é um ótimo ator, metódico e aplicado, mas alguém com quem é difícil de se trabalhar. Emma Stone ("Amor a toda prova"), interpreta a filha de Thomson; Naomi Watts ("Você vai conhecer o homem de seus sonhos") é outra atriz amargurada que sempre sonhou em se apresentar na Broadway; Andrea Riseborough é a namorada atual de Thomson e o comediante Zach Galifianakis é seu agente e produtor.

O roteiro foi escrito por Iñarritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris e Armando Bo, que tiveram não só que criar uma trama original mas ainda bolar uma maneira para que ela pudesse acontecer como em uma sequência contínua. É irônico como um filme tecnológico como este, que usa e abusa da manipulação da imagem digital e dos efeitos especiais, seja também uma crítica à Hollywood atual. Pelo menos dois personagens chamam os blockbusters de hoje, com suas cenas de explosões, tiros e sangue, de "pornográficos". Seria fácil para Riggan Thomson voltar a fazer seu personagem famoso e embolsar um cheque milionário, mas ele procura uma forma de ser novamente relevante (alguém se lembra de Harrison Ford, com quase 70 anos, voltando a interpretar Indiana Jones? E ele vai ser novamente Han Solo agora no final de 2015).

"Birdman" é ousado, tecnicamente brilhante e bastante relevante nos dias de hoje. O filme recebeu nove indicações ao Oscar e é o favorito ao prêmio principal, já que venceu a premiação do PGA, o sindicato dos produtores americanos (os últimos sete vencedores do PGA foram, também, vencedores do Oscar de Melhor Filme). Pessoalmente eu gostaria de "Boyhood" levasse o prêmio, mas "Birdman" é, sem dúvida, um dos melhores filmes do ano.

João Solimeo
Câmera Escura

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Confira os indicados ao OSCAR 2015



Foram anunciados esta manhã em Los Angeles, Califórnia, os indicados ao prêmio máximo da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas, o Oscar.

"Birdman", de Alejandro G. Iñarritu e "O Grande Hotel Budapeste", de Wes Anderson, lideram as indicações com nove cada. "O Grande Hotel Budapeste" venceu o último Globo de Ouro como Melhor Filme de musical ou comédia. 

O ótimo "Boyhood: Da Infância à Juventude", está indicado a seis Oscars. O filme independente de Richard Linklater já recebeu vários prêmios por sua combinação de ousadia técnica (a produção levou 12 anos para ser filmada) e sensibilidade artística, vencendo inclusive o Globo de Ouro de Melhor Filme Dramático. 

O comediante Steve Carell recebeu uma indicação como Melhor Ator pelo papel dramático em "Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo". O favorito ao prêmio é Michael Keaton, muito elogiado em "Birdman", mas não se surpreenda se o prêmio for para Eddie Redmayne, que interpretou o astrofísico Stephen Hawking em "A Teoria de tudo". O grande esnobado foi Jake Gyllenhaal pela ótima interpretação no chocante "O Abutre" (que só tem uma indicação, a Melhor Roteiro Original, de Dan Gilroy). Bradley Cooper, de "Sniper Americano", acabou ficando com a vaga de Gyllenhaal.

Rosamund Pike recebeu a única indicação do ótimo "Garota Exemplar", de David Fincher (que foi esnobado até nos prêmios técnicos como fotografia, edição e trilha sonora). Jennifer Aniston, eternamente lembrada pelo seriado "Friends", não convenceu a Academia por seu papel dramático no filme "Cake" e ficou de fora das indicações. Já a onipresente Meryl Streep recebeu a 19ª indicação da carreira, já tendo vencido em três ocasiões anteriores. Esperemos que deixem alguma outra atriz levar o prêmio este ano. Entre os coadjuvantes homens, J.K. Simmons é aposta certa ao prêmio por sua excelente performance em "Whiplash: Em busca da perfeição", em que faz um exigente professor de música.

Falando em música, Alexandre Desplat concorre contra ele mesmo na categoria de Melhor Trilha Sonora. Ele concorre pelas trilhas de "O Grande Hotel Budapeste" e "O Jogo da Imitação".

A categoria "Melhor Animação" surpreendeu pela ausência de "Uma Aventura Lego", que foi muito elogiado durante todo o ano. Entre os indicados estão "Operação Big Hero", "Como treinar seu dragão 2", "Song of the sea", "Os Boxtrolls", além da animação japonesa "O Conto da Princesa Kaguya".

A cerimônia de entrega do Oscar 2015 acontece no dia 22 de fevereiro.

Confira a lista dos indicados:

Melhor filme
"Selma"

Melhor diretor
Alejandro Gonzáles Iñárritu ("Birdman")
Richard Linklater ("Boyhood")
Bennett Miller ("Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo")
Wes Anderson ("O grande hotel Budapeste")
Morten Tyldum ("O jogo da imitação")

Melhor ator
Steve Carell ("Foxcatcher")
Bradley Cooper ("Sniper americano")
Benedict Cumbertatch ("O jogo da imitação")
Michael Keaton ("Birdman")
Eddie Redmayne ("A teoria de tudo")

Melhor atriz
Marion Cotillard ("Dois dias, uma noite")
Felicity Jones ("A teoria de tudo")
Julianne Moore ("Para sempre Alice")
Rosamund Pike ("Garota exemplar")
Reese Whiterspoon ("Livre")

Melhor ator coadjuvante
Robert Duvall ("O juiz")
Ethan Hawke ("Boyhood")
Edward Norton ("Birdman")
Mark Ruffalo ("Foxcatcher")

Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette ("Boyhood")
Laura Dern ("Livre")
Keira Knightley ("O jogo da imitação")
Emma Stone ("Birdman")
Meryl Streep ("Caminhos da floresta")

Melhor roteiro original
Alejandro G. Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris Jr. e Armando Bo ("Birdman")
Richard Linklater ("Boyhood")
E. Max Frye e Dan Futterman ("Foxcatcher")
Wes Anderson e Hugo Guinness ("O grande hotel Budapeste")
Dan Gilroy ("O abutre")

Melhor roteiro adaptado
Jason Hall ("Sniper americano")
Graham Moore ("O jogo da imitação")
Paul Thomas Anderson ("Vício inerente")
Anthony McCarten ("A teoria de tudo")

Melhor filme estrangeiro
"Ida" (Polônia)
"Leviatã" (Rússia)
"Tangerines" (Estônia)
"Timbuktu" (Mauritânia)
"Relatos selvagens" (Argentina)

Melhor documentário longa-metragem
"O sal da terra"
"CitizenFour"
"Finding Vivian Maier"
"Last days"
"Virunga"

Melhor documentário curta-metragem 
"Crisis Hotline: Veterans Press 1"
"Joanna"
"Our curse"
“The reaper (La Parka)"
"White earth"

Melhor animação longa metragem
"Song of the sea"

Melhor animação em curta-metragem
"The bigger picture"
"The dam keeper"
"Feast"
"Me and my moulton"
"A single life"

Melhor fotografia
Emmanuel Lubezki ("Birdman")
Robert Yeoman ("O grande hotel Budapeste")
Lukasz Zal e Ryszard Lenczewski ("Ida")
Dick Pope ("Sr. Turner")
Roger Deakins ("Invencível")

Melhor edição
Joel Cox e Gary D. Roach ("Sniper americano")
Sandra Adair ("Boyhood")
Barney Pilling ("O grande hotel Budapeste")
William Goldenberg ("O jogo da imitação")

Melhor curta-metragem em 'live-action'
"Aya"
"Boogaloo and Graham"
"Butter lamp (La lampe au beurre de Yak)"
"Parvaneh"
"The phone call"

Melhor design de produção
"Caminhos da floresta"
"Sr. Turner"

Melhores efeitos visuais
Dan DeLeeuw, Russell Earl, Bryan Grill e Dan Sudick ("Capitão América 2: O soldado invernal")
Joe Letteri, Dan Lemmon, Daniel Barrett e Erik Winquist ("Planeta dos macacos: O confronto")
Stephane Ceretti, Nicolas Aithadi, Jonathan Fawkner e Paul Corbould ("Guardiões da Galáxia")
Paul Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter e Scott Fisher ("Interestelar")
Richard Stammers, Lou Pecora, Tim Crosbie e Cameron Waldbauer ("X-Men: Dias de um futuro esquecido")

Melhor figurino
Milena Canonero ("O grande hotel Budapeste")
Mark Bridges ("Vício inerente")
Colleen Atwood ("Caminhos da floresta")
Anna B. Sheppard e Jane Clive ("Malévola")
Jacqueline Durran ("Sr. Turner")

Melhor maquiagem e cabelo
Bill Corso e Dennis Liddiard ("Foxcatcher")
Frances Hannon e Mark Coulier ("O grande hotel Budapeste")
Elizabeth Yianni-Georgiou e David White ("Guardiões da Galáxia")


Melhor trilha sonora
Alexandre Desplat ("O grande hotel Budapeste")
Alexandre Desplat ("O jogo da imitação")
Hans Zimmer ("Interestelar")
Gary Yershon ("Sr. Turner")
Jóhann Jóhannsson ("A teoria de tudo")

Melhor canção
"Everything is awesome", de Shawn Patterson ("Uma aventura Lego")
"Glory", de John Stephens e Lonnie Lynn ("Selma")
"Grateful", de Diane Warren ("Além das luzes")
"I'm not gonna miss you", de Glen Campbell e Julian Raymond ("Glen Campbell…I'll be me")
"Lost Stars", de Gregg Alexander e Danielle Brisebois ("Mesmo se nada der certo")


Melhor edição de som
Alan Robert Murray e Bub Asman ("Sniper americano")
Martín Hernández e Aaron Glascock ("Birdman")
Brent Burge e Jason Canovas ("O hobbit: A batalha dos cinco exércitos")
Richard King ("Interestelar")
Becky Sullivan e Andrew DeCristofaro ("Invencível")


Melhor mixagem de som
John Reitz, Gregg Rudloff e Walt Martin ("Sniper americano")
Jon Taylor, Frank A. Montaño e Thomas Varga ("Birdman")
Gary A. Rizzo, Gregg Landaker e Mark Weingarten ("Interestelar")
Jon Taylor, Frank A. Montaño e David Lee ("Invencível")
Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley ("Whiplash: Em busca da perfeição")


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

VENCEDORES DO GLOBO DE OURO 2015

CINEMA

Melhor filme drama
vencedor: Boyhood

Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
O Jogo da Imitação
Selma
A Teoria de Tudo

Melhor atriz em filme drama
vencedora: Julianne Moore - Para Sempre Alice

Jennifer Aniston - Cake
Felicity Jones - A Teoria de Tudo
Rosamund Pike - Garota Exemplar
Resse Witherspoon - Livre

Melhor ator em filme drama
vencedor: Eddie Redmayne - A Teoria de Tudo

Steve Carell - Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
Benedict Cumberbatch - O Jogo da Imitação
Jake Gyllenhaal - O Abutre
David Oyelowo - Selma

Melhor filme cômico ou musical
vencedor: O Grande Hotel Budapeste

Birdman
Caminhos da Floresta
Pride
Um Santo Vizinho (St. Vincent)

Melhor atriz em filme cômico ou musical
vencedora: Amy Adams - Grandes Olhos

Emily Blunt - Caminhos da Floresta
Helen Mirren - A Cem Passos de um Sonho
Julianne Moore - Mapa para as Estrelas
Quvenzhané Wallis - Annie

Melhor ator em filme cômico ou musical
vencedor: Michael Keaton - Birdman

Ralph Fiennes - O Grande Budapeste Hotel
Bill Murray - Um Santo Vizinho (St. Vincent)
Joaquin Phoenix - Vício Inerente
Christoph Waltz - Grandes Olhos

Melhor atriz coadjuvante
vencedora: Patricia Arquette - Boyhood

Jessica Chastain - A Most Violent Year
Keira Knightley - O Jogo da Imitação
Emma Stone - Birdman
Meryl Streep - Caminhos da Floresta

Melhor ator coadjuvante
vencedor: J.K. Simmons, por Whiplash: Em Busca da Perfeição

Robert Duvall - O Juiz
Ethan Hawke - Boyhood
Edward Norton - Birdman
Mark Ruffalo - Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo


Melhor diretor
vencedor: Richard Linklater - Boyhood

Wes Anderson - O Grande Budapeste Hotel
Ava Duvernay - Selma
David Fincher - Garota Exemplar
Alejandro González Iñárritu - Birdman


Melhor roteiro
vencedores: Alejandro González Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris, Armando Bo - Birdman

Wes Anderson - O Grande Hotel Budapeste
Gillian Flynn - Garota Exemplar
Richard Linklater - Boyhood
Graham Moore - O Jogo da Imitação

Melhor filme em lingua estrangeira
vencedor: Leviatã (Rússia)

Tangerines (Estônia)
Força Maior (Suécia)
Gett (Israel)
Ida (Polônia)

Melhor longa de animação
vencedor: Como Treinar o Seu Dragão 2

Operação Big Hero
Festa no Céu
Os Boxtrolls
Uma Aventura LEGO

Melhor trilha sonora original em filme
vencedor: Jóhann Jóhannsson - A Teoria de Tudo

Alexandre Desplat - O Jogo da Imitação
Trent Reznor, Atticus Ross - Garota Exemplar
Antonio Sanchez - Birdman
Hans Zimmer - Interestelar

Melhor canção original em filme
vencedora: "Glory" - Selma por John Legend e Common

"Big Eyes" - Grandes Olhos por Lana Del Ray
"Mercy Is" - Noé por Patty Smith e Lenny Kaye
"Opportunity" - Annie por Greg Kurstin, Sia Furler, Will Gluck
"Yellow Flicker Beat" - Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 por Lorde

Prêmio Cecil B. DeMille:
George Clooney


TV

Melhor série drama
vencedora: The Affair

Downton Abbey
Game of Thrones
The Good Wife
House of Cards

Melhor atriz em série drama
vencedora: Ruth Wilson - The Affair

Claire Danes - Homeland
Viola Davis - How to Get Away with Murder
Julianna Margulies - The Good Wife
Robin Wright - House of Cards

Melhor ator em série drama
vencedor: Kevin Spacey - House of Cards

Clive Owen - The Knick
Liev Schreiber - Ray Donovan
James Spader - The Blacklist
Dominic West - The Affair

Melhor série cômica ou musical
vencedora: Transparent

Girls
Jane the Virgin
Orange is the New Black
Silicon Valley


Melhor atriz em série cômica ou musical
vencedora: Gina Rodriguez - Jane the Virgin

Lena Dunham - Girls
Edie Falco - Nurse Jackie
Julia Louis-Dreyfus - Veep
Taylor Schilling - Orange is the New Black

Melhor ator em série cômica ou musical
vencedor: Jeffrey Tambor - Transparent

Louis C.K. - Louie
Don Cheadle - House of Lies
Ricky Gervais - Derek
William H. Macy - Shameless


Melhor minissérie ou telefilme
vencedor: FARGO

The Missing
The Normal Heart
Olive Kitteridge
True Detective

Melhor atriz em minissérie ou telefilme
vencedora: Maggie Gyllenhaal - The Honorable Woman

Jessica Lange - American Horror Story: Freak Show
Frances McDormand - Olive Kitteridge
Frances O'Connor - The Missing
Allison Tolman - Fargo

Melhor ator em minissérie ou telefilme
vencedor: Billy Bob Thornton - Fargo

Martin Freeman - Fargo
Woody Harrelson - True Detective
Matthew McConaughey - True Detective
Mark Ruffalo - The Normal Heart


Melhor atriz coadjuvante
vencedora: Joanne Froggat - Downton Abbey

Uzo Aduba - Orange is the New Black
Kathy Bates - American Horror Story: Freak Show
Allison Janney - Mom
Michelle Monaghan - True Detective

Melhor ator coadjuvante
vencedor: Matt Bomer - The Normal Heart

Alan Cumming - The Good Wife
Colin Hanks - Fargo
Bill Murray - Olive Kitteridge
Jon Voight - Ray Donovan

Câmera Escura

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Robocop

"Robocop" foi lançado em 1987 com direção do holandês Paul Verhoeven. Era uma ficção-científica passada em um futuro próximo, satírica e extremamente violenta. O sucesso gerou duas continuações (bastante inferiores) e até uma série de desenhos animados. O policial meio homem, meio máquina volta agora repaginado pelas mãos do brasileiro José Padilha, "quente" nos Estados Unidos depois do enorme sucesso de "Tropa de Elite". Levando-se em conta a crueza e violência dos filmes de Padilha, até que não era uma má escolha. O problema é que estamos no século 21 e, para os padrões do cinema atual, não cabe fazer um filme sobre um "herói" como Robocop da mesma forma violenta de Verhoeven. O cyborg retorna em um filme tão clean quanto vazio, o que é uma pena.

Os erros começam pela escalação do elenco. Há vários bons atores jovens por aí, mas Padilha escolheu para o papel principal o inexpressivo sueco Joel Kinnaman. O rapaz tem uma voz grave, o que é apropriado para Robocop, mas em um papel em que toda a interpretação depende das expressões faciais, Kinnaman é muito frio. E o que dizer dos vilões? O Robocop de 1987 trazia os ótimos Ronny Cox e Kurtwood Smith como os bandidos que aterrorizavam a cidade de Detroit. Na versão atual, fica até difícil saber quem são realmente os vilões da história. O grande Michael Keaton está desperdiçado como Raymond Sellars, o chefe da empresa que faz fortuna mundo afora com robôs de combate.  Gary Oldman é o Dr. Norton, o responsável pela criação do Robocop. Oldman é bom ator, mas os roteiristas não sabem o que fazer com o personagem dele. Em um momento ele é uma figura paterna para Alex Murphy, o policial transformado em Robocop. Em outro, porém, mexe no cérebro do rapaz para que ele não possa mais sentir emoções. Depois muda de ideia novamente. Há ainda um vilão chamado Antoine Vallon (Patrick Garrow), que entra mudo e sai calado, sendo praticamente irrelevante para a trama (que diferença de Clarence Boddicker). Samuel L. Jackson interpreta um jornalista de direita que, estranhamente, lembra muito o personagem Fortunato, de "Tropa de Elite 2". (leia mais abaixo)



Sem falar que, ao mudar a origem do personagem do Robocop, o filme de Padilha lhe tirou toda a motivação. Enquanto no filme original Alex Murphy (na época interpretado por Peter Weller) era brutalmente mutilado por Boddicker e sua gangue, na versão atual Murphy vai parar no hospital quando seu carro explode, em um impessoal atentado a bomba. Esta versão de Robocop é tão clean que as balas disparadas pela arma do cyborg são elétricas, ou seja, não matam (a não ser quando ele quer). Tudo parte do esforço em fazer um filme  "inofensivo" para pré-adolescentes (que encontram muito mais violência nos games que jogam em casa).

A sátira social presente no filme de Verhoeven se transformou, nesta versão, em um discurso vazio sobre o uso de drones pelos Estados Unidos mundo afora. José Padilha conseguiu levar seus habituais colaboradores, o fotógrafo Lula Carvalho e o editor Daniel Rezende para trabalhar com ele. Pena que o roteiro (escrito por Joshua Zetumer) seja tão fraco e pouco ousado.

Câmera Escura