Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (Onward, 2020). Dir: Dan Scanlon. Disney+. Confesso que conhecia pouco sobre esta animação. Foi lançada nos cinemas pouco antes da pandemia, fracassou nas bilheterias e foi parar na Disney+. Fiquei surpreso quando foi indicada ao Oscar de Melhor Animação. Resolvi visitar agora na Disney+ e me surpreendi positivamente. Não tem muito a "cara" de uma animação da Pixar, é mais urbana e adolescente, mas o roteiro é honesto e, coisa rara, ele melhora conforme avança.
A trama se passa em um mundo de fantasia em que a mágica se perdeu por causa das facilidades do mundo moderno, como lâmpadas elétricas, carros e outras comodidades. Ainda há elfos, centauros, dragões e coisas do tipo, mas estão todos "civilizados". O roteiro segue a vida de dois irmãos, Ian (voz de Tom Holland) e Barley (Chris Pratt); Ian, o mais novo, é tímido e inseguro. Barley, o mais velho, é confiante, falastrão e acredita piamente em magia e no poder dos velhos tempos. Os dois descobrem que o pai (que morreu quando Ian era bebê) deixou para eles um cajado mágico e um encantamento que permitiria que ele voltasse à vida por 24 horas. Só que a magia dá errado e apenas metade do pai (basicamente só as pernas) volta do além. Cabe aos irmãos partir em uma jornada atrás de uma pedra mágica que traria o pai, inteiro, de volta.
Como disse, o filme fica melhor conforme avança. A aventura dos irmãos é divertida e o filme, como todo produto Pixar, é tecnicamente muito bem feito. O bom trabalho de voz de Tom Holland e Chris Pratt é acompanhado por Julia Louis-Dreyfuss e Octavia Spencer, entre outros. Talvez não vire um clássico, mas é uma boa aventura. Disponível na Disney+.
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terça-feira, 17 de agosto de 2021
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (Onward, 2020)
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sábado, 3 de julho de 2021
A Guerra do Amanhã (The Tomorrow War, 2021)
A Guerra do Amanhã (The Tomorrow War, 2021). Dir: Chris McKay. Amazon Prime. É a final da Copa do Mundo do Catar. Um jogador do Brasil chamado Peralta (sim), está partindo para o ataque quando um "portal temporal" se abre na frente dele e soldados aparecem no campo. Eles avisam a Humanidade que, 30 anos no futuro, a Terra será invadida por aliens sanguinários que vão devorar a todos. É assim que começa "A Guerra do Amanhã", produção com Chris Pratt que estreia na Amazon Prime. É uma ficção-científica militarista que usa de todo clichê imaginável, misturando filmes como "Aliens", "No Limite do Amanhã", "Independence Day", etc. Se você quer só "se divertir" com um filme de ação ininterrupta com um roteiro burro, rs, é um prato cheio.
Ao invés de se preparar por 30 anos para enfrentar a ameaça do futuro, milhares de soldados e civis são enviados para morrer na tal "guerra do amanhã". Chris Pratt é um deles, um veterano da guerra do Iraque que deixa esposa e filha para trás e aterrissa no caos futurista. Eles enfrentam uns monstros albinos que destroçam todos que encontram pelo caminho. Yvonne Strahovski (da série "The Handmaid´s Tale) é uma coronel "fodona" que está estudando a fraqueza dos aliens, para destruí-los.
O diretor veio de séries animadas como "Robot Chicken" e fez os filmes de Lego do Batman. Talvez "A Guerra do Amanhã" fosse mais divertido se não tentasse se levar a sério. São 140 minutos de duração (o que aconteceu com os bons filmes de uma hora e meia?). O grande J.K. Simmons faz uma ponta como o pai de Pratt. Para quem gosta de filmes de aliens com porrada e tiroteio. Disponível na Amazon Prime.
Ao invés de se preparar por 30 anos para enfrentar a ameaça do futuro, milhares de soldados e civis são enviados para morrer na tal "guerra do amanhã". Chris Pratt é um deles, um veterano da guerra do Iraque que deixa esposa e filha para trás e aterrissa no caos futurista. Eles enfrentam uns monstros albinos que destroçam todos que encontram pelo caminho. Yvonne Strahovski (da série "The Handmaid´s Tale) é uma coronel "fodona" que está estudando a fraqueza dos aliens, para destruí-los.
O diretor veio de séries animadas como "Robot Chicken" e fez os filmes de Lego do Batman. Talvez "A Guerra do Amanhã" fosse mais divertido se não tentasse se levar a sério. São 140 minutos de duração (o que aconteceu com os bons filmes de uma hora e meia?). O grande J.K. Simmons faz uma ponta como o pai de Pratt. Para quem gosta de filmes de aliens com porrada e tiroteio. Disponível na Amazon Prime.
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sábado, 24 de setembro de 2016
Sete Homens e Um Destino (2016)
Claro que o que todo mundo vai perguntar se este filme é melhor do que a versão consagrada de 1960, dirigida por John Sturges. A resposta, claro, é não. Poucas coisas são mais cool do que Yul Brynner em um cavalo, certo? Ainda mais quando acompanhado de gente como Steve McQueen, Charles Bronson, James Coburn, Robert Wagner, etc (sem falar de Eli Wallach). A nova versão, porém, é bem melhor do que se poderia esperar, principalmente por causa do elenco.
Denzel Washington todo de preto montado em um cavalo não é nenhum Brynner, mas é, a seu modo, bastante cool. Chris Pratt está bem como o substituto de McQueen e o resto do elenco é composto por um ótimo Ethan Hawke (um pistoleiro traumatizado pela Guerra Civil), Vincent D´Onofrio como um rastreador, Buyng-hung Lee como um chinês especializado em facas, Manuel Garcia-Hulfo como um pistoleiro mexicano e Martin Sensmeier como um índio comanche. Como se vê, a versão "século XXI" da história primeiro contada por Akira Kurosawa em "Os Sete Samurais" (1954) tenta ser bem mais "inclusiva" do que o elenco totalmente branco do Western de Sturges. Há ainda um papel feminino bastante forte interpretado por Haley Bennett, que faz uma viúva que contrata Washington e seu bando para proteger uma pequena cidade de um cruel minerador chamado Bogue (Peter Sarsgaard, apropriadamente asqueroso mas um tanto exagerado).
O roteiro (co-escrito por Nic Pizzolatto, da extraordinária série True Detective, da HBO) segue de perto as versões de Kurosawa e Sturges, com algumas modificações. O grupo montado por Denzel Washington não só é mais diverso como também é mais ambíguo, principalmente na sua motivação. A versão de 1960 deixava claro que os camponeses podiam pagar muito pouco para os pistoleiros; já aqui, apesar do pagamento também ser pequeno, há implícita a promessa da divisão da grande quantidade de ouro que há nas minas da cidade. A direção é de Antoine Fuqua, que já trabalhou com Denzel Washington antes em "Dia de Treinamento" (também com Ethan Hawke) e "O Protetor". Fuqua dirige bem, sem pressa nem aquelas câmeras tremidas da maioria dos filmes modernos de ação. Há um bom senso da geografia da cidade e seus arredores. Os atores são bem dirigidos e há boa química entre Washington, Pratt e a garota, Bennett. A trilha foi a última composta por James Horner, que morreu em acidente aéreo em 2015, e tem várias de suas assinaturas conhecidas (como uso da flauta japonesa, o shakuhachi).
O ritmo lento é uma vantagem e um desvantagem. As (boas) cenas de ação acabam ficando um pouco dispersas pelos 132 minutos de filme. Quando as balas começam a voar, porém, vale a pena a espera. Dificilmente vai virar um clássico, mas para um Western moderno esta versão rende uma boa sessão de cinema.
João Solimeo
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segunda-feira, 15 de junho de 2015
Jurassic World (2015)
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quinta-feira, 31 de julho de 2014
Guardiões da Galáxia
Como é, outro filme da Marvel? Sim, outro filme da Marvel. Aceite e divirta-se, ou seja banido dos cinemas pelos próximos anos, aparentemente, pois o gigante dos quadrinhos se transformou em uma máquina de fazer filmes e muito, muito dinheiro.
Sim, este é o filme do guaxinim disparando uma metralhadora, da mulher verde, da árvore falante que parece ter fugido do set de "O Senhor dos Anéis", do grandão que parece o "Coisa" sem as pedras no corpo e do terráqueo espertinho. É tudo aquilo que você estava esperando; é barulhento, colorido, tem um 3D dispensável e quase tanta gente na equipe de efeitos especiais quanto o número de heróis criado por Stan Lee. Está sendo chamado de o filme mais "arriscado" da Marvel, o que é discutível. É fato que nerd que é nerd leva o universo dos super-heróis muito a sério e pode achar que o estúdio que lançou três "Homem de Ferro", dois "Thor", "Os Vingadores", dois "Capitão América", entre outros, estaria indo longe demais com o tal guaxinim falante. Afinal, não são filmes para crianças pequenas, mas para garotões que não têm vergonha de ter um boneco de Tony Stark na prateleira. (leia mais abaixo)
Assim, "Guardiões da Galáxia" é, talvez, o filme que mais apele para os jovens adultos (e adultos não tão jovens assim) da platéia, explorando um lado vintage bastante forte, principalmente no personagem de Peter Quill (Chris Pratt). Ele vaga pela galáxia sempre acompanhado de um walkman com músicas pop do século XX, faz várias citações ao século passado e Pratt parece estar emulando Han Solo, da saga Star Wars, o tempo todo. Ele é um contrabandista da Terra que foi abduzido ainda garoto no final dos anos 1980, justo no dia em que a mãe morreu. Já crescido, seus problemas começam quando ele encontra, em um planeta, uma esfera metálica chamada de Orbe. A tal esfera é cobiçada por várias pessoas (ou raças), principalmente por Ronan (Lee Pace), um vilão da raça Kree que quer usar a Orbe para destruir o planeta Xandar. Ele envia Gamora (Zoey Saldana, de "Star Trek") para recuperar a esfera, mas ela tem planos próprios. Atrás de Quill também estão dois caçadores de recompensas, o guaxinim Rocket (voz de Bradley Cooper, de "O Lugar onde tudo termina") e Groot (uma árvore andante com voz de Vin Diesel). Completa o time de criminosos Drax (Dave Bautista), que quer usar Gamora para se vingar de Ronan. Se você já se perdeu em meio a tantos nomes estranhos, não é o único.
Como de praxe em filmes da Marvel, há vários atores famosos em papéis coadjuvantes, como Glen Close, John C. Reilly e Benicio Del Toro. "Guardiões da Galáxia" é dirigido por James Gunn, com roteiro de Gunn e Nicole Perlman. Apesar do humor também ser presente nos outros filmes do estúdio, neste é visível o esforço em fazê-lo ainda mais nonsense, com toques que me lembraram um pouco a série de livros de Douglas Adams, "O Guia dos Mochileiros das Galáxias". A censura livre impediu que se fizessem cenas um pouco mais ousadas (inclusive algumas de Zoe Saldana que estão nos trailers mas não no corte final). O vilão Ronan é muito genérico e desinteressante, ainda mais porque há um outro vilão mais poderoso escondido nos bastidores (Thanos, interpretado por Josh Brolin). Provavelmente ele voltará nos próximos filmes. "Guardiões da Galáxia" entrega o que promete e tem seu charme, embora não seja exatamente memorável. A certeza de sucesso é tão grande que um letreiro ao final já avisa que os guardiões voltarão em breve.
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