segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Thor - O Mundo Sombrio

Do grande cartel de super-heróis da Marvel, o deus nórdico Thor é, provavelmente, o mais fantasioso. O filho de Odin (Anthony Hopkins) tem uma enorme capa vermelha, veste uma armadura e tem como arma um martelo. Na pele de Chris Hemsworth ("Rush", "Thor", "Os Vingadores"), o herói é, além disso, um dos mais óbvios "homens objeto" da série produzida pela Marvel. Thor ganhou uma aventura solo em 2011 dirigido pelo shakespeareano Kenneth Branagh, que fez um filme apenas correto, preparando terreno para "Os vingadores" e apresentando, além de Thor, seu meio-irmão Loki (Tom Hiddleston) que sempre rouba a cena quando aparece.

"Thor - O Mundo Sombrio" é dirigido por Alan Taylor, roteirista e diretor de vários episódios da série "Game of Thrones", o que lhe confere autoridade para lidar com um roteiro que mistura fantasia medieval com deuses nórdicos e elfos. É difícil se manter sério ao narrar a sinopse de um filme como este, mas vamos lá. Um prólogo narrado por Sir Anthony Hopkins conta a história dos "Elfos Negros", que viviam nas trevas e criaram uma arma mortal chamada de "éter". O pai de Odin derrotou o líder dos elfos, Malekith (Christopher Eccleston, irreconhecível debaixo da maquiagem) e enterrou o "éter" em um abrigo subterrâneo. Corte para Londres, milênios depois, onde Jane Foster (Natalie Portman) ainda espera pela volta do "rolo" dela, Thor, que sumiu há dois anos e não deu mais notícias (a não ser ao aparecer em Nova York para salvar o mundo em "Os Vingadores"). Foster ainda estuda fenômenos estranhos da Física e sua atenção é atraída para um lugar em Londres em que as leis da gravidade parecem ter ficado malucas. Ela acaba caindo em uma espécie de "portal" e vai parar justamente onde o "éter" estava escondido. Ela é possuída pelo "éter", que ameaça sua vida e faz com que Thor a leve para Asgard para tentar salvá-la. Só que a presença do "éter" em Asgard também atrai Malekith e seus Elfos Negros, que causam tanta destruição que fazem com que Thor peça ajuda a Loki, que está trancado nas masmorras.


O filme é melhor quando embarca de cabeça na fantasia de Asgard e dos outros "reinos" do que na Londres moderna. Londres, aliás, recentemente foi protagonista de outro filme de fantasia, "Além da Escuridão - Star Trek", e a cidade milenar leva uma sova no final deste filme, mesmo que em uma proporção bem menor do que Nova York em "Os Vingadores". Mas Nova York é Nova York, afinal de contas. É curioso ver vencedores do Oscar como Sir Anthony Hopkins sendo ligeiramente canastrões neste filme, ou então ver Stellan Skarsgard pagar mico como Eric Selvig, cientista que parece ter perdido alguns parafusos desde "Os Vingadores". De qualquer forma, "Thor - O Mundo Sombrio" é, no mínimo, superior ao primeiro filme e vale como passatempo.

Câmera Escura

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