terça-feira, 29 de outubro de 2013

Lançado o primeiro trailer de "X-Men: Dias de um futuro esquecido"



O diretor Bryan Singer volta à franquia "X-Men" em um filme que vai juntar os mesmos personagens em duas épocas diferentes. Veteranos como Patrick Stewart (Xavier) e Ian McKellen (Magneto) vão dividir a tela com suas versões mais novas vistas em "X-Men: Primeira Classe", James McAvoy e Michael Fassbender. A ponte de ligação será o "imortal" Wolverine, vivido novamente por Hugh Jackman.

O filme tem estréia programada para Maio de 2014 e promete ser épico.

domingo, 27 de outubro de 2013

Exposição STANLEY KUBRICK

Excepcional a exposição sobre o diretor Stanley Kubrick no MIS São Paulo. A mostra toma quase todo o museu e os organizadores criaram ambientes para todos os filmes do genial diretor. Fotos, scripts, câmeras, lentes e objetos reais dos filmes são apresentados de forma muito original em salas que recriam cenas das produções. Na ala dedicada a "O Iluminado", por exemplo, o visitante percorre corredores estreitos que simulam o "Overlook Hotel". Atrás de portas corrediças encontram-se objetos do filme, como os vestidos vestidos pelas garotas gêmeas, ou a máquina de escrever usada por Jack Nicholson. A sala dedicada a "Barry Lyndon" exibe a câmera Mitchell BNC modificada por Kubrick para poder usar uma lente especial, com abertura 0.7, capaz de filmar à luz de velas.

Mas a ala mais impressionante é a dedicada a "2001 - Uma Odisséia no Espaço". Uma grande sala simula o quarto de hotel em que David Bowman vai parar no final do filme, e um monolito negro, no meio da sala, exibe imagens da produção. Há uma maquete da "centrífuga", cenário fantástico idealizado por Kubrick para rodar as cenas no interior da espaçonave Discovery. Também podem ser vistas a roupa dos astronautas e até a "fantasia" de macaco usada por atores para simular os habitantes da Terra pré-histórica vista no começo de "2001". A exposição fica no MIS até janeiro de 2014, mas ainda assim a fila para entrar estava bem longa. Um dos motivos é que a organização deixa entrar só algumas pessoas de cada vez. Por um lado é bom, pois o visitante pode percorrer praticamente sozinho todo o local. Por outro lado, a espera fora do museu é longa. Programa obrigatório para fãs de Kubrick e cinema em geral.

MIS São Paulo
Av. Europa, 158 - Jardim Europa, São Paulo - SP, 01449-000
Telefone(11) 2117-4777

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Os Belos Dias

Caroline acabou de entrar na "terceira idade" (ou "melhor idade", ou "velhice", depende de como se queira chamar esta fase), mas ainda carrega um "fogo" que a impede de sossegar. Interpretada por uma lenda do cinema francês, Fanny Ardant (ainda bela aos 64 anos), Caroline é uma dentista aposentada que ganha de presente das filhas um "vale" para uma clínica de repouso. Ela vai visitar o lugar e não aguenta passar uma tarde por lá. "Fui humilhada por uma moça de 30 anos", diz ela ao marido, o também dentista Philippe (Patrick Chesnais). Apesar disso, na casa ela conhece um jovem professor de informática, Julien (Laurent Lafitte), que é um conquistador nato. Eles saem para almoçar, ela bebe uma garrafa de vinho e, quando menos se espera, os dois estão se agarrando dentro do carro dele.

Este poderia ser o começo de um drama pesado, mas "Os Belos Dias" não é este tipo de filme. Não chega a ser uma comédia como "Copacabana", com Isabelle Ruppert, sendo um pouco mais sofisticado. Fanny Ardant, com 64 anos, está à vontade no papel e seu personagem é melhor que o próprio filme. Com relação ao tema da terceira idade, "Os Belos Dias" está muito longe da realidade cruel de "Amor", de Michel Haneke. O roteiro e direção de Marion Vernoux é bastante leve, sem muita profundidade, como em "O Quarteto" ou "O Exótico Hotel Marigold". O relacionamento entre Julien e Caroline é aquela mistura de atração carnal com amor materno que existe entre casais com grande diferença de idade. Mesmo quando a traição é exposta, os personagens são muito civilizados (talvez até demais) para fazer muito drama. O filme está em cartaz no Topázio Cinemas, em Campinas.


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Feliz Dia dos Professores

Ao mestre com carinho (1967)
Direção: James Clavell (que se tornaria um escritor de bestsellers como "Shogun")
Com Sidney Poitier

  


The Wall (1982)
Direção: Alan Parker
Com Bob Geldolf



Sociedade dos Poetas Mortos (1989)
Direção: Peter Weir
Com Robin Williams, Ethan Hawke, Josh Charles, Robert-Sean Leonard

   


Mentes Perigosas (1995)
Direção: John N. Smith
Com Michelle Pfeiffer




Meu Adorável Professor (1995)
Direção: Stephen Herek
Com Richard Dreyfuss




Escola de Rock (2003)
Direção: Richard Linklater
Com Jack Black

 


A Onda (2008)
Direção: Dennis Gansel
Com Jürgen Vogel

domingo, 13 de outubro de 2013

Gravidade

O diretor mexicano Alfonso Cuarón, que não laçava um filme no cinema desde o excepcional "Filhos da Esperança" (2006), volta à tela grande com um espetáculo audiovisual de tirar o fôlego. "Gravidade" segue a linha de bons filmes realizados sobre astronautas, de "2001 - Uma Odisséia no Espaço" (1968), obra-prima de Stanley Kubrick, passando por filmes como "Os Eleitos" (1983), de Philip Kaufmann, ou "Apollo 13", de Ron Howard. Cuarón é um mestre em reger planos sequência que duram por vários minutos (quem não se lembra daquela sequência incrível passada dentro de um carro em "Filhos da Esperança") e, em "Gravidade", usa e abusa do cinema digital, criando sequências intermináveis que mesclam com perfeição efeitos especiais com interpretações de atores de carne e osso (Sandra Bullock e George Clooney).

O filme transcorre como uma longa sequência que se passa quase que em tempo real, mostrando desde o momento em que Bullock e Clooney ficam "náufragos" no espaço após o ônibus especial deles ser destruído por uma chuva de detritos espaciais, até um final apoteótico (e bastante metafórico), que não vamos revelar.

Assista à crítica em vídeo, abaixo, e deixe seus comentários.



Câmera Escura

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Aposta Máxima

A crítica deste filme foi feita em forma de vídeo. Não pretendo abandonar as críticas escritas, até porque nem sempre terei as condições para gravar e editar um vídeo, mas fica este como teste.

Divirta-se!



Câmera Escura

domingo, 6 de outubro de 2013

Obsessão

"Obsessão" é trash. Digo, quando o espectador imaginaria ver Nicole Kidman urinando em Zack Efron? Pois é, é neste nível de trash que estamos falando. Em 1969, um jornalista chamado Ward Jansen (Matthew McConaughey) volta para sua pequena cidade natal, na Flórida, para investigar um caso de assassinato. O suspeito é interpretado por John Cusack, que só poderia ser descrito como "nojento". Ele foi condenado à cadeira elétrica pela morte de um policial mas, sabe-se lá o porquê, o jornalista acredita na inocência dele.

O filme é escrito e dirigido por Lee Daniels (de "Preciosa"), com roteiro baseado em um livro de Pete Dexter. É passado no Sul dos Estados Unidos no final dos anos 1960, em uma época de luta pelos direitos humanos e contra o racismo, mas não fica muito claro o que isto tem a ver com a trama. Quando, no início, vemos McConaughey chegando à cidade de Lately, acompanhado de um repórter negro (David Oyelowo), lembramos de filmes como "Mississipi em Chamas" (1988), de Alan Parker, ou "Tempo de Matar" (1996), outro filme de McConaughey, em que ele interpretava um advogado responsável por defender Samuel L. Jackson. Mas "Obsessão" não é este tipo de filme. O racismo é visto o tempo todo, mas ninguém é inocente nesta história (muito menos o repórter negro). "Obsessão" não é um filme de mensagem (a não ser, talvez, a de que todo ser humano é podre). Nicole Kidman interpreta uma ninfomaníaca a quem o termo "vulgar" seria, talvez, um elogio. É daquelas mulheres que se apaixonam por presidiários (no caso, o personagem de John Cusack), com quem ela se corresponde sem nunca tê-lo conhecido. A cena em que os dois se encontram pela primeira vez, a propósito, faz a cruzada de pernas de Sharon Stone em "Instinto Selvagem" parecer uma história para crianças.


Tudo isto é filmado por Daniels com cores quentes e imagem granulada, e o filme cheira a suor, pântanos e jacarés. O propósito de chocar ou mesmo enojar a platéia é evidente e é uma pena que "Obsessão" sequer tente sair da linha trash. É de se imaginar como é que Lee Daniels conseguiu reunir um elenco destes para este filme (talvez o prestígio conseguido com "Preciosa"). Os atores, é verdade, devem ser elogiados pela ousadia. "Obsessão" não deixa de ser uma experiência curiosa mas, no final das contas, é apenas desagradável. Em cartaz no Topázio Cinemas, Campinas.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Renoir

Ambientado nas belas paisagens da Riviera Francesa, em 1915, "Renoir" mostra o ocaso de um grande artista e o nascimento de outro. O pintor impressionista Pierre-Auguste Renoir (Michel Bouquet, muito bem no papel) estava com 74 anos e sofria com uma artrite aguda que quase o impedia de usar as mãos para pintar. O pintor é visto sendo carregado alegremente de um lado a outro de sua grande propriedade por um grupo de mulheres que, ao instalá-lo em uma paisagem, acabavam também posando para ele. Eram todas, na verdade, ex-modelos que foram ficando e terminaram como suas empregadas (há também a sugestão de que muitas tenham sido suas amantes). Na mesma época, chega da guerra (a I Guerra Mundial) o filho de Pierre-Auguste, Jean, que viria a se tornar o grande cineasta Jean Renoir (Vincent Rottiers). No momento, porém, ele só está interessado em se curar das feridas sofridas no campo de batalha e voltar para o front.

A vida de pai e filho é sacudida com a chegada de uma nova modelo chamada Andrée (Christa Theret). A garota diz que veio posar para o grande pintor, que fica impressionado com ela e volta a pintar todos os dias, apesar das dores provocadas pela artrite. A beleza da moça acaba também mexendo com o jovem Jean Renoir, mas o roteiro não se desenrola da maneira como se espera. Esta sinopse (e o trailer do filme) podem dar a entender que "Renoir" se trata da disputa entre pai e filho pelo amor de uma mesma mulher, mas não. Dirigido por Gilles Bourdos, o filme está mais interessado em mostrar como a beleza influencia a arte, e vice-versa. A ótima direção de fotografia de Mark Ping Bing Lee enche a tela de cores fortes e quentes, como os vermelhos dos pimentões sobre a mesa da cozinha, ou os cabelos ruivos de Andrée ou o amarelo das flores dos campos. Tudo regado pela trilha sonora de Alexandre Desplat.


Filmes sobre artistas costumam seguir algumas convenções, e "Renoir" não é exceção. A obsessão do pintor é retratada em diversas cenas que mostram a dor do artista ao querer pintar debilitado pela artrite, ou então nos problemas familiares causados por seu amor à arte. Por diversas vezes os personagens citam uma esposa que teria morrido recentemente, mas por vezes fica difícil entender quando (ou se) ela morreu. Quando a garota chega à casa de Renoir, por exemplo, ela diz que foi enviada pela esposa dele. "Uma desconhecida enviada por uma morta", diz o velho, filosoficamente. Visto no Topázio Cinemas, em Campinas.