Mostrando postagens com marcador Chris Hemsworth. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Chris Hemsworth. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Spiderhead (2022)

Spiderhead (2022). Dir: Joseph Kosinski. Bom elenco e competência técnica desperdiçados em um roteiro preguiçoso típico de "filme da Netflix". Chris Hemsworth é o dono de uma empresa farmacêutica que administra uma espécie de prisão laboratório. Com óculos no rosto (hey, não se engane pelos meus músculos, eu sou um cientista) e um gosto por músicas pop dos anos 1980, Hemsworth usa prisioneiros como cobaias para testar uma droga nova. Miles Teller é um deles. A partir de um app no celular, Hemsworth injeta a quantidade certa de drogas que causam excitação, fobia, pânico e até a habilidade de se expressar melhor. Para quê? Algum objetivo genérico do tipo "vamos salvar muitas vidas", diz ele o tempo todo.


O filme vai bem até a metade. O diretor, Joseph Kosinski, já fez coisas melhores como "Tron: O Legado", "Obliviom" e o mega blockbuster "Top Gun: Maverick". O design de produção e a trilha sonora são bons, assim como o elenco. Logo, porém, fica nítido que a trama não tem para onde ir. O orçamento não deve ser muito alto (quase tudo se passa dentro de um laboratório) e a motivação dos personagens é confusa; se Hemsworth é claramente um vilão, por que exigir que as cobaias deem consentimento antes de cada aplicação da droga? Ao final, fica aquela sensação de ideia (e tempo) desperdiçados. Tá na Netflix.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Chris Hemsworth vai anunciar indicados ao Oscar

O ator Chris Hemsworth (de Thor, Os VingadoresThor: O Mundo Sombrio e Rush: No Limite da Emoção) vai anunciar, ao lado da diretora da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas, Cheryl Boone Isaacs, os indicados ao Oscar. O evento será no próximo dia 16 de janeiro, quinta-feira, e será transmitido no Brasil pelo canal a cabo TNT.

A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá no dia 2 de março de 2014 e será apresentada pela comediante Ellen DeGeneres.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Thor - O Mundo Sombrio

Do grande cartel de super-heróis da Marvel, o deus nórdico Thor é, provavelmente, o mais fantasioso. O filho de Odin (Anthony Hopkins) tem uma enorme capa vermelha, veste uma armadura e tem como arma um martelo. Na pele de Chris Hemsworth ("Rush", "Thor", "Os Vingadores"), o herói é, além disso, um dos mais óbvios "homens objeto" da série produzida pela Marvel. Thor ganhou uma aventura solo em 2011 dirigido pelo shakespeareano Kenneth Branagh, que fez um filme apenas correto, preparando terreno para "Os vingadores" e apresentando, além de Thor, seu meio-irmão Loki (Tom Hiddleston) que sempre rouba a cena quando aparece.

"Thor - O Mundo Sombrio" é dirigido por Alan Taylor, roteirista e diretor de vários episódios da série "Game of Thrones", o que lhe confere autoridade para lidar com um roteiro que mistura fantasia medieval com deuses nórdicos e elfos. É difícil se manter sério ao narrar a sinopse de um filme como este, mas vamos lá. Um prólogo narrado por Sir Anthony Hopkins conta a história dos "Elfos Negros", que viviam nas trevas e criaram uma arma mortal chamada de "éter". O pai de Odin derrotou o líder dos elfos, Malekith (Christopher Eccleston, irreconhecível debaixo da maquiagem) e enterrou o "éter" em um abrigo subterrâneo. Corte para Londres, milênios depois, onde Jane Foster (Natalie Portman) ainda espera pela volta do "rolo" dela, Thor, que sumiu há dois anos e não deu mais notícias (a não ser ao aparecer em Nova York para salvar o mundo em "Os Vingadores"). Foster ainda estuda fenômenos estranhos da Física e sua atenção é atraída para um lugar em Londres em que as leis da gravidade parecem ter ficado malucas. Ela acaba caindo em uma espécie de "portal" e vai parar justamente onde o "éter" estava escondido. Ela é possuída pelo "éter", que ameaça sua vida e faz com que Thor a leve para Asgard para tentar salvá-la. Só que a presença do "éter" em Asgard também atrai Malekith e seus Elfos Negros, que causam tanta destruição que fazem com que Thor peça ajuda a Loki, que está trancado nas masmorras.


O filme é melhor quando embarca de cabeça na fantasia de Asgard e dos outros "reinos" do que na Londres moderna. Londres, aliás, recentemente foi protagonista de outro filme de fantasia, "Além da Escuridão - Star Trek", e a cidade milenar leva uma sova no final deste filme, mesmo que em uma proporção bem menor do que Nova York em "Os Vingadores". Mas Nova York é Nova York, afinal de contas. É curioso ver vencedores do Oscar como Sir Anthony Hopkins sendo ligeiramente canastrões neste filme, ou então ver Stellan Skarsgard pagar mico como Eric Selvig, cientista que parece ter perdido alguns parafusos desde "Os Vingadores". De qualquer forma, "Thor - O Mundo Sombrio" é, no mínimo, superior ao primeiro filme e vale como passatempo.

Câmera Escura

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rush: No Limite da Emoção

Quarenta e dois dias depois de ter grande parte do corpo queimada em um violento acidente de Fórmula 1 e de ter passado por procedimentos médicos pesados (como enxerto de pele e limpeza do pulmão), o piloto austríaco Niki Lauda voltou às corridas. Seu objetivo: evitar que seu principal rival, o inglês James Hunt, vencesse o campeonato mundial de Fórmula 1 de 1976. Segundo Lauda, foram as imagens na TV de Hunt vencendo diversas corridas que o mantiveram vivo e com vontade de voltar a pilotar.

A história desta rivalidade é mostrada no filme "Rush", de Ron Howard ("Frost/Nixon", 2008). O filme transporta o espectador para a época em que as corridas de carros ainda eram tão "românticas" quanto perigosas, com a média de três pilotos mortos por temporada. Os carros não eram os computadores sobre rodas que existem hoje; eram tanques de combustível guiados de forma "analógica" por pilotos que tinham um tipo especial de loucura, uma paixão pelo perigo e pela velocidade que, muitas vezes, era fatal. A rivalidade entre pilotos sempre vendeu bem na Fórmula 1. Os brasileiros com mais de trinta anos se lembram dos duelos entre Nelson Piquet e Nigel Mansell pelo campeonato mundial de 1987 (vencido por Piquet) ou pela disputa acirrada entre Ayrton Senna e Alain Proust (mostrada no documentário "Senna"). Roward recria muito bem o clima da época, com direção de arte minuciosa e uma direção de fotografia (de Antonhy Dod Mantle, de "Quer quer ser um Milionário" e "127 Horas") que lembra a cor dos filmes em Super 8 dos anos 1970. Mas o principal acerto foi no elenco. Chris Hemsworth (de "Thor" e "Os Vingadores") está muito bem como James Hunt, um piloto tipo "playboy" que flertava com garotas, bebidas e drogas com a mesma intensidade com que gostava de pilotar automóveis. O espanhol Daniel Brühl está perfeito como o frio e metódico Niki Lauda; a semelhança com o piloto verdadeiro é impressionante, mesmo antes do acidente que distorceu seu rosto. O roteiro de Peter Morgan ("A Rainha", "360") repete a parceria com Ron Roward de "Frost/Nixon".



E há, claro, as corridas de Fórmula 1. A cena do desastre de Lauda em Nurburgring (vista no vídeo acima) foi recriada de forma idêntica pelos ótimos efeitos especiais do filme. "Rush" segue a tradição de grandes filmes de automobilismo como "Grand Prix" (1966) e "24 Horas de Le Mans" (1971), mas as câmeras (reais e virtuais) de Ron Howard e Anthony Dod Mantle não só nos colocam no cockpit do piloto como recriam toda uma época.

Câmera Escura

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Os Vingadores

Há uma linha tênue entre a seriedade "nerd" e a paródia total neste filme dos Vingadores. Ele vem coroar o projeto dos estúdios Marvel de juntar seu cartel de super-heróis após tê-los apresentado, um a um, em filmes individuais. Homem de Ferro (Robert Downey Jr), Thor (Chris Hemsworth), Capitão América (Chris Evans) e Hulk (Mark Ruffalo) tiveram filmes dirigidos por Jon Favreu, Kenneth Branagh, Joe Johnston e Louis Leterrier (sem falar na versão que Ang Lee fez em 2003), respectivamente. A Viúva Negra (Scarlett Johansson) apareceu no segundo filme do Homem de Ferro e o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) teve uma ponta no filme do Thor.

É também de Thor o vilão de "Os Vingadores", Loki (Tom Hiddleston, divertido), que vem para a Terra após abrir um portal do outro lado do Universo. Como todo bom vilão, ele quer conquistar o planeta. A única coisa capaz de detê-lo é o time montado por Nick Fury (Samuel L. Jackson) e a organização S.H.I.E.L.D., Os Vingadores. O filme é longo, duas horas e vinte minutos, e o roteiro é, surpreendentemente, cheio de diálogos entre os Vingadores antes que a ação realmente comece. Tony Stark, o Homem de Ferro, ainda é o mais carismático de todos e os roteiristas o mantém abastecido com uma série ininterrupta de piadas e trocadilhos. Robert Downey está à vontade no papel e serve de líder não oficial do grupo, composto por bons atores que tentam não parecer ridículos em seus uniformes coloridos. É bom também ressaltar a entrada de Mark Ruffalo, sempre competente, no elenco, no lugar que já foi de Eric Bana e Edward Norton como o Hulk. Pode-se perceber que, ao contrário dos outros heróis, ele está sempre no limite de se transformar em algo que não deseja. A trama é, dentro dos limites do gênero, bem escrita e é interessante ver como o vilão Loki consegue manipular o ego dos super heróis para que, em dado momento, estejam todos brigando um com o outro, ao invés de se unirem contra ele. Tecnicamente, "Os Vingadores" se beneficia da extraordinária capacidade dos efeitos especiais de hoje de criarem (e destruírem) qualquer coisa que se possa imaginar, até um porta-aviões que se transforma em uma fortaleza voadora.

Em meio a vilões intergalácticos, heróis e até mesmo deuses, só mesmo o humor para impedir que o filme se transforme em um épico auto-importante. Há um sem número de piadas, algumas até infantis, colocadas em meio às explosões. Em alguns momentos fica difícil entender qual o limite da invulnerabilidade tanto dos heróis quanto do vilão. Eles são eternos? O Homem de Ferro é um homem comum colocado em uma armadura high tech, mas quais os poderes da Viúva Negra e do Gavião Arqueiro? O Hulk é realmente imbatível? E por que é sempre Nova York que tem que pagar o preço? O filme é escrito e dirigido por Joss Whedon, com apenas algumas séries de televisão e alguns roteiros em seu nome. Em "Os Vingadores" ele consegue um bom trabalho em manter o interesse e em conseguir dar a cada personagem seu momento, embora a sequencia da guerra seja um pouco longa. Continuações, claro, são esperadas. Esperemos que a Marvel consiga manter o bom nível.

Câmera Escura


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Thor

A cultura "pop" americana é impressionante. Em que outro lugar no mundo (tirando o Japão) se imaginaria uma história tão espetacularmente absurda como "Thor"? Este é outro produto da máquina de mitos da Marvel, que redescobriu sua mina de ouro ao levar para a tela grande seus antigos heróis das histórias em quadrinhos, quase todos criações do roteirista Stan Lee. Em uma aposta ousada (mas nao tão arriscada, quando se leva em conta a falta de originalidade do cinema americano atual) a Marvel resolveu apresentar os heróis do grupo "Os Vingadores" um de cada vez, cada um com seu filme particular, antes de produzir a história com o grupo formado.

A versão cinematográfica de "Thor" é dirigida por Kenneth Branagh, conhecido pelos filmes de Shakespeare que fez no final dos anos 80 e nos anos 90 (Henrique V, Muito Barulho por Nada, Hamlet). Pode-se imaginar uma reunião de executivos discutindo o roteiro de "Thor" e pensando: "Quem poderia dirigir um filme sobre reis, rainhas, intrigas palacianas e traições?". Há até uma frase em "Thor" em que um príncipe diz que o povo não aceitaria um soberano que houvesse chegado ao trono tendo matado seu antecessor, o que basicamente é a trama de Hamlet.

Assim, da mistura da mitologia nórdica com as histórias em quadrinhos americanas surgiu Thor, o "Deus do Trovão". Ele é interpretado pelo australiano Chris Hemsworth, e Sir Anthony Hopkins interpreta o deus Odin, seu pai. O mundo dos deuses é chamado de "Asgard", uma cidade com um visual exagerado, quase brega. A direção de arte usa e abusa de dourados e enche a tela de cores brilhantes e vermelho sangue. Branagh, de formação teatral, cria cenas grandiosas como a que milhares de figurantes (digitais) assistem ao que seria a coroação de Thor como o novo rei de Asgard. Acontece que seu meio-irmão Loki (Tom Hiddleston) tem outros planos e consegue manipular Thor e seus amigos guerreiros a causar uma guerra com os "Gigantes do Gelo". Banido para a Terra, Thor é encontrado por uma cientista obstinada chamada Jane Foster (Natalie Portman), que estuda as "anomalias magnéticas" causadas pelo meio de transporte dos Asgardianos. O ator sueco Stellan Skarsgård interpreta outro cientista, Erik Selvig, que vai desconfiar da origem verdadeira de Thor.

Há várias piadas internas, principalmente com o Agente Coulson (Clark Gregg) da "SHIELD" (a organização por trás dos Vingadores). Quando Loki envia uma espécie de robô para a Terra, um dos agentes pergunta a Coulson se o monstro de metal era alguma criação do "Stark" (Tony Stark, o "Homem de Ferro"). Toda a trama, claro, é extremamente absurda, mas isso não importa. Chega a ser emocionante a cena em que Thor, após derrotar vários humanos, consegue finalmente chegar ao local onde está seu martelo e tenta tirá-lo da rocha. Toda sua arrogância e poder se mostram inúteis e é então que seu personagem começa a mudar. Mesmo o visual exagerado de Asgard tem um "charme" nostálgico. Kenneth Branagh faz o que pode em uma superprodução em que, provavelmente, ele não passa de uma pequena engrenagem. Surpreendentemente, "Thor" resulta em um filme divertido e, dentro do que se propõe, satisfatório.