domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Menina que Brincava com Fogo

Tendo visto "Os homens que não amavam as mulheres", filme de David Fincher baseado em livro de Stieg Larsson, fiquei curioso em assistir à versão sueca do segundo livro de Larsson, "A menina que brincava com fogo" (2009). Interessante acompanhar uma história com personagens familiares interpretados por outros atores. Noomi Rapace é Lisbeth Salander, que na versão americana foi feita por Rooney Mara. Rapace tem feições mais fortes e um lado físico que é mais ameaçador que  Mara. Michael Nyqvist é o jornalista Mikael Blomkvist, papel de Daniel Craig na versão americana. "A menina que brincava com fogo" tem direção de Daniel Alfredson, que repetiu o posto na última parte da trilogia sueca, "A rainha do castelo de ar".

Esta segunda parte investiga mais a fundo o passado de Lisbeth Salander, uma hacker bissexual que ajudou o jornalista Mikael Blomkvist a solucionar um mistério no primeiro filme. Salander sofreu uma série de abusos durante a vida e está sob a tutela do estado desde que, aos 12 anos, tentou matar o próprio pai queimado. Stieg Larsson, na vida real, também era um jornalista que investigava a violência contra mulheres, e o tema é recorrente em seus livros. A revista Milleium, onde Blomkvist trabalha, está investigando o tráfico de mulheres na Europa oriental quando o jornalista responsável pela reportagem, Dag Svensson (Hans Christian Trulin) e sua namorada são assassinados. O assistente social responsável pela tutela de Lisbeth, Nils Bjurman (Peter Andersson), também aparece morto, e Lisbeth é declarada suspeita pela polícia. Vale lembrar que foi Bjurman que esturprou Lisbeth no primeiro filme. Mikael Blomkvist, certo da inocência da garota, entra na investigação dos crimes e acaba descobrindo muitos segredos do passado de Salander.

O filme é tecnicamente bem feito, embora Daniel Alfredson, o diretor, não tenha a mesma classe que David Fincher. A produção sueca é mais crua e há longas cenas que mostram simplesmente um personagem indo de um lugar a outro, fato que provavelmente seria acelerado em um filme americano. É também curioso que Blomkvist e Salander passem praticamente o filme todo separados, encontrando-se frente a frente apenas no final (em aberto) da obra. Resta se perguntar se Fincher, ou algum outro diretor, vai fazer uma versão em inglês desta segunda parte também.


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