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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Premiação: III Festival Paulínia de Cinema

Filmes de longa-metragem

Melhor Filme ficção: R$ 150 mil - 5xfavela – Agora por nós mesmos, de Manaira Carneiro, Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos, Luciana Bezerra
Melhor Documentário: R$ 50 mil – Leite e Ferro, de Claudia Priscilla
Melhor Diretor ficção: R$ 35 mil – Flavio Tambellini, por Malu de Bicicleta

Melhor Diretor Documentário: R$ 35 mil – Claudia Priscilla, por Leite e Ferro
Melhor Ator: R$ 30 mil – Marcelo Serrado, por Malu de Bicicleta
Melhor Atriz: R$ 30 mil – Fernanda de Freitas, por Malu de Bicicleta
Melhor Ator coadjuvante: R$ 15 mil – Marcio Vitto, por 5xFavela – Agora por nós mesmos , episódio Acende a Luz
Melhor Atriz coadjuvante: R$ 15 mil – Dila Guerra, por 5xFavela – Agora por nós mesmos , episódio Acende a Luz
Melhor Roteiro: R$ 15 mil – Rafael Dragaud, por 5xFavela – Agora por nós mesmos

Melhor Fotografia: R$ 15 mil – Gustavo Hadba, por Bróder
Melhor Montagem: R$ 15 mil – Quito Ribeiro, por 5xFavela – Agora por nós mesmos
Melhor Som: R$ 15 mil – Miriam Biderman e Ricardo Reis, por Bróder
Melhor Direção de arte: R$ 15 mil – Alessandra Maestro, por Bróder
Melhor Trilha Sonora: R$ 15 mil – Guto Graça Melo, por 5xFavela – Agora por nós mesmos
Melhor Figurino: R$ 15 mil – Marcia Tacsir, por Desenrola
Especial Júri: R$ 35 mil - Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley

Filme de curta-metragem - Nacional

Melhor filme: R$ 25 mil – Eu Não Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro
Melhor Direção: R$ 15 mil – Cesar Cabral, por Tempestade
Melhor Roteiro: R$ 10 mil – Daniel Ribeiro, por Eu não quero voltar Sozinho

Filme de curta-metragem - Regional

Melhor filme: R$ 25 mil – Depois do Almoço, de Rodrigo Diaz Diaz
Melhor Direção: R$ 15 mil – Jonas Brandão, por Um Lugar Comum
Melhor Roteiro: R$ 10 mil – Elzemann Neves, por Depois do Almoço

Júri Popular

Melhor longa ficção: R$ 25 mil - 5xfavela – Agora por nós mesmos, de de Manaira Carneiro, Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos, Luciana Bezerra
Melhor documentário: R$ 15 mil – Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley
Melhor curta metragem nacional: R$ 5 mil – Eu Não Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro
Melhor curta-metragem regional: R$ 5 mil - Meu avô e eu, de Cauê Nunes


Prêmio da Crítica

Melhor curta-metragem: Eu Não Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro

Melhor longa-metragem: Bróder, de Jefferson De

fonte: http://www.culturapaulinia.com.br/



segunda-feira, 19 de julho de 2010

4º Dia: III Festival Paulínia de Cinema

"Meu Avô e Eu" foi o curta regional exibido ontem no III Festival Paulínia de Cinema. Dirigido por Cauê Nunes, o filme trata da mudança no modo de encarar o trabalho entre as gerações. Um rapaz (Douglas Novais), enquanto aguarda para mais uma entrevista de emprego, fica se lembrando do tempo em que passava com o avô (Marcos Zuin). O trabalho, para o avô, era uma questão de honra, dignidade, além de uma forma de sustentar a família. Já o rapaz encara o trabalho como uma série de entrevistas de emprego em que os entrevistadores do RH estão mais preocupados em declamar conceitos empresariais como "target" e "marketing". A direção de fotografia é de Rodrigo Zanotto, que usou uma câmera fotográfica, a Canon 5D, para gravar o curta. O resultado é muito bom, visto que a câmera proporciona a chance de usar lentes fotográficas como as do cinema, o que resulta em melhor profundidade de campo e uso do foco.

Em seguida foi exibido o documentário "As Cartas Psicografadas por Chico Xavier", de Cristiana Grumbach. A diretora disse que não é espírita e que seu objetivo foi tentar entender o sentimento de uma família ao receber uma carta psicografada de um ente querido. Assim, o documentário é composto por uma série de entrevistas feitas principalmente com mães que perderam seus filhos de forma trágica, como acidentes de moto, carro ou mesmo avião. Do ponto de vista de um não-crente, todas as cartas são extremamente parecidas e escritas usando do mesmo estilo poético e prolixo, além de usar palavras iguais, citar muitos nomes e, no final, assinar com o nome inteiro do morto, o que sugere que foram todas escritas pela mesma pessoa. Para os pais e mães desesperados, que perderam a vontade de viver, revoltaram-se com Deus e não viam mais sentido na vida, as cartas representam uma espécie de renascimento. O documentário acaba sendo um estudo curioso sobre a necessidade de acreditar na vida após a morte e na importância dos filhos. Uma mãe explica de forma simples: "Você não pularia atrás do seu marido se ele resolvesse pular da janela. Mas se fosse seu filho, você se atiraria".
Como cinema, o documentário é repetitivo e um pouco desestruturado. As cartas são ouvidas na narração da própria diretora, enquanto vemos as páginas com a letra quase ilegível de Chico Xavier. Mas algumas decisões foram equivocadas. Por exemplo, para representar o mundo espiritual (talvez), a diretora mostra a cadeira onde estava sentado o entrevistado vazia, em cortes secos que acabaram gerando risos involuntários na platéia. Visualmente, é como se o entrevistado simplesmente desaparecesse no ar, o que causa um efeito mais cômico do que interessante.

Na categoria curta nacional foi exibido o simpático "Eu não quero voltar sozinho", de Daniel Ribeiro. Leonardo (Guilherme Lobo) é um adolescente cego que estuda em uma escola normal. Sua melhor amiga é Giovana (Tess Amorin), que lhe serve de guia e o leva para casa depois das aulas. O interesse de Giovana por Leonardo, aparentemente, é maior do que a simples amizade. A chegada de um aluno novo, Gabriel (Fábio Audi), acaba transformando a dupla em um trio, e Giovana fica enciumada por causa da aproximação entre Leonardo e Gabriel. Seria apenas amizade ou haveria algo a mais entre os dois garotos? A platéia presente em Paulínia aplaudiu muito o filme, principalmente pelo final ousado.

"Desenrola" de Rosana Svartman, foi uma boa surpresa. No início tem-se a impressão de que vamos ver um capítulo longo de Malhação; há uma escola de classe média no Rio de Janeiro, adolescentes "irados", trilha sonora ensurdecedora, atores e atrizes "globais", como Cláudia Ohana, e a participação de Pedro Bial como o professor de matemática não prometiam muito. Aos poucos, porém, a história da jovem Priscilla (Olívia Torres, uma graça) e seus colegas foram conquistando o público. Os dramas adolescentes apresentados são os de sempre; paqueras, ciúmes, foras e a eterna preocupação com a "primeira vez". Mas estes temas são apresentados de forma natural e engraçada. Priscilla é apaixonada por Rafa (Kayky Brito), o "gostosão" da praia, mas ela põe tudo a perder com ele ao revelar que é virgem. Isso lhe dá a idéia para um trabalho de estatística que seu grupo tem que fazer para o colégio. Quantas garotas ainda seriam virgens na escola? A pesquisa acaba gerando vários boatos sobre Priscilla, inclusive um video em que um garoto, Boca (Lucas Salles), diz que ela "faz de tudo" acaba indo parar no youtube. No início ela fica brava mas, depois do fora que levou de Rafa, quem sabe a fama de "galinha" não seja uma boa?
O roteiro, da própria diretora com Juliana Lins, é divertido e o filme acerta ao retratar os jovens de hoje com os mesmos dramas universais que seus pais passaram no "século passado". Há boas referências a coisas "antigas" como fitas K7 e Walkman, além de músicas tema dos anos 80, como "Don´t you forget about me", do Simple Minds. Sim, o filme é extremamente "global", comercial e, como já disse, chega perigosamente perto de ser um capítulo de Malhação em diversos momentos, mas a direção, roteiro e elenco conseguem se elevar acima disso, e "Desenrola" acaba resultando em um filme gostoso de assistir.