quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Lucy

Imagine uma mistura de "A Árvore da Vida", de Terrence Malick, com "Kill Bill", de Quentin Tarantino. Adicione umas pitadas de "Matrix", um pouco de "Watchmen" e fartas doses de animê e você tem "Lucy", o novo filme do francês Luc Besson.

Lucy (Scarlett Johansson) é uma americana que mora em Taipei, China. Não sabemos exatamente o que ela está fazendo por lá, mas o filme começa com ela e o namorado parados em frente a um hotel da cidade.

O namorado quer que ela entre no prédio e entregue uma mala para um tal de Sr. Jang (Min-sik Choi), em troca de quinhentos dólares. Lucy pressente que algo de errado está para acontecer, mas ela nem imagina o tamanho da encrenca.

Tudo o que podemos dizer é que, vários minutos depois, Lucy é escoltada para fora do prédio com um saco na cabeça e um quilo de drogas introduzidas cirurgicamente em seu abdômen. O Sr. Jang planeja enviar Lucy e outras três "mulas" para várias cidades da Europa, onde pretende distribuir a droga, que é experimental e é chamada simplesmente de CHP4.

O caso é que a tal droga começa a vazar dentro do corpo de Lucy que, sob seu efeito, se torna uma espécie de super-humana. Estas cenas são convenientemente intercaladas com uma palestra ministrada em Paris por Morgan Freeman; com sua "Voz de Deus", ele explica o que aconteceria se os humanos usassem mais do que 10% do cérebro, como popularmente se acredita.

O roteiro, do próprio Luc Besson, é claramente absurdo, mas o filme é bem dirigido e Johansson abraça o papel de tal forma que o espectador mal tem tempo de pensar durante os curtos 90 minutos de projeção. (leia mais abaixo)


Besson sempre gostou de papéis femininos fortes e desde a década de 1990 criou personagens como a assassina profissional Nikita ("Nikita - Criada para Matar", 1990), interpretada por Anne Parillaud, ou Leelloo (Mila Jovovich), que ajudava Bruce Willis a salvar o universo em "O Quinto Elemento" (1997), sem falar da jovem Natalie Portman em "O Profissional" (1994).

A Lucy de Scarlett Johansson é uma mistura da assassina de Nikita com o misticismo misturado com ficção-científica de "O Quinto Elemento". Há também estranhas cenas que mostram o passado do planeta Terra e do próprio Universo que, por um momento, lembram imagens em "A Árvore da Vida", de Malick. Em versão pop, claro.

Um comentário:

Unidade de Carbono no Palido ponto Azul disse...

Filme muito louco, mas com o que temos hoje em dia, é um filme pipoca muita bacana. Gostei, sou fã do Besson e da Scarlett. Reparou que os efeitos especiais são da ILM ?