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domingo, 25 de julho de 2021

Jolt: Fúria Fatal (Jolt, 2021)

Jolt: Fúria Fatal (Jolt, 2021). Dir: Tanya Wesler. Amazon Prime. Filme tonto. Kate Beckinsale é Lindy, uma mulher que tem um problema genético; desde criança, ela não consegue controlar a fúria. Depois de passar por vários tratamentos, ela agora vive com um colete elétrico que ela aciona toda vez que fica com raiva. Beckinsale está sempre com a boca semi aberta, como uma modelo em uma sessão de fotos, e fica fazendo poses do começo ao final do filme.

O psiquiatra dela (interpretado por Stanley Tucci) sugere que ela saia com alguém, namore, tente ser "normal" por um tempo. Entra então Justin (Jai Courtnay), um contador por quem ela se apaixona loucamente depois de apenas uma noite juntos. Só que o cara aparece morto no dia seguinte, o que faz com que Lindy jure vingança. Bocejos.

O filme é todo estilizado, com cores fortes e visual de história em quadrinhos. Lindy é uma espécie de John Wick feminino, dando porrada em todos que aparecem pela frente. Os vilões (obviamente envolvidos com a máfia russa, ou algum clichê do tipo) poderiam simplesmente dar um tiro na cabeça dela, mas aí não teria filme, então há várias cenas em que eles ameaçam torturá-la, etc. Bobby Cannavale e Laverne Cox interpretam dois policiais incompetentes. Cenas violentas são intercaladas com sequências ridículas, como uma em que Lindy pega bebês recém nascidos e fica jogando em direção a uma policial. Sério. Disponível na Amazon Prime.
 

domingo, 17 de novembro de 2013

Blue Jasmine

O telefone toca e Jasmine (Cate Blanchett) corre desesperada para ele. Ela está cansada, desiludida e está se recuperando de um colapso nervoso. Há pouco tempo ela estava organizando recepções em apartamentos de cobertura de Manhattan para o marido rico e bonito, Hal (Alec Baldwin). Hoje ela está vivendo de favor na pequena casa da irmã Ginger (Sally Hawkins), em São Francisco, sem um tostão na carteira e simplesmente desesperada por uma chance de voltar à vida boa, nem que isto signifique depender de outro homem rico.

Jasmine é a personagem principal do novo filme de Woody Allen ("Vicky, Cristina, Barcelona", "Tudo pode dar certo", "Meia noite em Paris"), o gênio novaiorquino que lança um filme por ano há décadas, com resultados variáveis. "Blue Jasmine", felizmente, está entre os ótimos trabalhos do diretor. E grande parte desse sucesso se deve à escalação da atriz australiana como Jasmine. Blanchett está extraordinária. Jasmine é patética; passou anos ao lado de um homem que lhe dava tudo do bom e do melhor, mas ela nunca se questionava de onde o dinheiro vinha. Também fazia vista grossa aos vários casos que Hal tinha com secretárias, modelos, babás e todo tipo de mulher bonita. As atividades criminosas do marido são descobertas pelo FBI e ele acaba se matando na prisão, deixando Jasmine completamente desestruturada. Já a irmã dela, Ginger, é o retrato da mulher comum, trabalhadora (é caixa em um supermercado de São Francisco), tem dois filhos de um casamento fracassado com Augie (Andrew Dice Clay) e está namorando outro "perdedor" (na concepção de Jasmine), um cara chamado "Chili" (Bobby Canavale). Allen está inspirado e escreve cenas generosas para as duas atrizes, e Sally Hawkins faz um ótimo trabalho contracenando com Blanchett.


Apesar de grande parte do filme se passar em São Francisco, os flashbacks que mostram a vida rica de Jasmine são na Nova York de Woody Allen, fotografada em tela larga e cores quentes por Javier Aguirresarobe (o mesmo de "Vicky, Cristina, Barcelona"). O roteiro de Allen usa cenas do presente e do passado para ilustrar a esquizofrenia de Jasmine, que pode ser levada a pensar na vida que levava por coisas simples como o cheiro de um perfume francês. Todo elenco está muito bem e o filme conta ainda com participações de Peter Sarsgaard (de "Lovelace"), do comediante Louis CK e de Michael Stuhlbarg (de "Um Homem Sério"). Allen, aos 77 anos, ainda está em plena forma. Visto no Topázio Cinemas.

Câmera Escura