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quinta-feira, 20 de julho de 2023

Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1 (Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One, 2023)

Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1 (Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One, 2023). Dir: Christopher McQuarrie. Antes de falar no Missão: Impossível, uma história; fui ao shopping tranquilo, achando sinceramente que chegaria lá e encontraria ingresso para assistir "Oppenheimer" no IMAX. Afinal, há algumas semanas fiz exatamente isso para ver "Indiana Jones" na estreia, sem filas e com cinema com meia lotação. Só que não; um MAR de garotas (e garotos... e gente não tão jovem assim) vestindo rosa tomava o shopping e o saguão do cinema. Uma "Barbie-mania" impressionante. Pior... quem não conseguiu ingresso para Barbie comprou para ver Oppenheimer e...fiquei sem entrar. Então...

O novo "Missão: Impossível" (que nem sei em que número está) é deliciosamente bom. Tom Cruise e sua trupe estão ótimos e o filme, como produto, é extremamente bem feito. A câmera de Christopher McQuarrie está sempre em movimento, mas você nunca perde a geografia das cenas ou o enquadramento dos personagens. A trama, claro, é absurda. Tem algo a ver com uma chave, que se divide em duas partes, que serve para controlar uma "Entidade". Não estamos falando de nada espiritual, mas do mais novo bicho papão da sociedade, a Inteligência Artificial. Em tempos de ChatGPT e Dall-E, o roteiro do novo M:I me pareceu bem atual, apesar de saber que o filme ficou em produção por anos.

O elenco habitual composto por Cruise, Simon Pegg e Ving Rhames é acompanhado por alguns que já vimos antes, como Rebecca Ferguson e Vanessa Kirby, e rostos novos, como Hayley Atwell e Shea Whigham. O Ethan Hunt de Cruise se tornou o novo 007 nos últimos anos e, pessoalmente, acho bem mais divertido. Há grandes cenas de perseguição e correria pelas ruas de Roma, os canais de Veneza, um aeroporto de Abu Dhabi e nas areias do deserto. Achei curioso como todas elas funcionam muito melhor do que nas cenas do recente "Indiana Jones". Cruise traz um humor bem vindo a estas cenas, principalmente contracenando com Hayley Atwell. E, sim, há a já famosa (e muito marketeada) sequência do salto com moto de um penhasco, em que Cruise realmente teria se lançado em queda livre de um pico dos Alpes. A cena é boa mas, sinceramente, achei bem mais interessante (e agonizante) uma sequência em que Cruise e Atwell tentam escalar os vagões de um trem caindo.

O curioso desses filmes é que, ao contrário de James Bond, é tudo bem assexuado. Há um bocado de mulheres bonitas soltando faíscas ao lado de Cruise, como Ferguson, Atwell, Kirby ou a canadense Pom Klementieff (que parece personagem de anime), mas o máximo que acontece é uns abraços e apertos de mão. Ethan Hunt já foi casado na série e a esposa (ou ex, não lembro mais) é mantida longe pela segurança dela, mas é curioso como, nos filmes recentes, ninguém mais transa (como diz um amigo meu). Ah, sim, este filme é só a primeira de duas partes; Cruise recentemente declarou que, assim como Harrison Ford, quer fazer filmes até os 80 anos, então é de se esperar que Missão: Impossível não vá embora tão cedo. Visto no cinema (cercado por fãs de Barbie). 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

For the Love of Spock (2016) - Netflix


"FOR THE LOVE OF SPOCK" é um documentário dirigido por Adam Nimoy, filho de Leonard Nimoy, que ficou famoso internacionalmente por ter interpretado o personagem Spock, da série Star Trek (Jornada nas Estrelas, no meu tempo).

O documentário foi produzido via crowdfunding no Kickstarter e conta com uma série de depoimentos de atores que contracenaram com Nimoy na série de TV e nos filmes de cinema, como William Shatner, George Takei, Nichelle Nichols e George Koenig, além dos atores dos novos filmes de cinema Simon Pegg, Chris Pine, Zoe Saldana, Karl Urban e Zachary Quinto. O filho de Nimoy narra e conduz as entrevistas com os atores e também com membros da família, fãs, diretores e produtores em geral.



Para quem é fã nível avançado (como eu, rs) o documentário não traz muitas novidades. Quem já leu os livros a respeito de Star Trek ou sobre Nimoy vai reconhecer as histórias de sempre, do começo humilde em uma comunidade judaica de Boston ao estrelato em Los Angeles nos anos 1960, a carreira bem sucedida no teatro, os filmes de cinema de Star Trek e uma competente carreira como diretor ("Três Solteirões e um Bebê", dirigido por Nimoy, foi o campeão de bilheteria de 1987).


De novidade mesmo é saber sobre a relação de Leonard Nimoy com o filho Adam, que visitava o pai nos sets de filmagem quando criança mas, com o tempo, acabou se afastando dele até perto do final da vida, quando retomaram o contato. Nimoy acabou morrendo em 27 de fevereiro de 2015, de complicações no pulmão causadas pelo fumo. "For the love of Spock" está disponível na Netflix.

João Solimeo

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Star Trek: Sem Fronteiras (2016)

"STAR TREK: SEM FRONTEIRAS" é o terceiro filme do reboot de J.J. Abrams para a clássica série de fantasia/ficção científica. Neste, Abrams está apenas como produtor e o filme é dirigido por Justin Lin, que faz um bom trabalho em comandar a nova safra de atores que vivem os icônicos personagens de Kirk, Spock e companhia.
"Sem Fronteiras", em minha opinião, não é melhor que o primeiro reboot mas, sem dúvidas, é melhor que o segundo (em que resolveram mexer com o clássico "A Ira de Khan", com resultados duvidosos). Há muito humor e várias cenas envolvendo a "Santíssima Trindade" da Enterprise, Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto) e McCoy (Karl Urban). Urban particularmente está se divertindo muito como o médico ranzinza da nave mais linda do Universo.
A trama (atenção SPOILERS SPOILERS SPOILERS) não é muito inspirada, mas ao menos não é uma reciclagem como fizeram com o segundo filme. Há um daqueles vilões genéricos com um plano de destruir a Federação, dezenas de sequências de ação em que não fica muito claro o que está acontecendo por causa da câmera nervosa de Lin e fugas mirabolantes da indestrutível tripulação da Enterprise. Ou melhor, do grupo principal, porque centenas de figurantes morrem como moscas neste filme. A própria Enterprise, coitada (e seguindo o que aconteceu com o terceiro filme do cinema) acaba destroçada em centenas de pedaços após enfrentar uma raça desconhecida de alienígenas.


A trilha de Michael Giacchino continua maravilhosa e além dele incorporar o tema original de Alexander Courage eu tive a impressão de escutar acordes da trilha que James Horner fez para Star Trek II e III dos filmes clássicos. Há uma sequência envolvendo a música Sabotage, dos Beatie Boys, que é ao mesmo tempo fantástica e ridícula, dependendo do ponto de vista.
Há uma cena envolvendo o jovem Spock remexendo nos pertences do velho Spock que se não tirar lágrimas do espectador é porque ele não é um verdadeiro fã da série. "Star Trek: Sem Fronteiras" está longe de ser perfeito, mas é uma space opera e tanto.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Missão: Impossível - Protocolo Fantasma

Tom Cruise, aos 49 anos, produz e estrela este quarto filme da série Missão: Impossível, que foi levada ao cinema pela primeira vez em 1996 por Brian De Palma. O segundo filme, dirigido pelo chinês John Woo em 2000, transformou a série em um veículo para o estrelismo de Cruise, que se tornou um James Bond alternativo. J.J. Abrams, em 2006, deu ao agente Ethan Hunt um motivo mais humano para lutar, colocando Michelle Monaghan como a namorada em perigo que ele tem que salvar.

Quando o tema já parecia esgotado, eis que surge Cruise novamente com direção de Brad Bird, que fez sua carreira no mundo da animação. Ele começou dirigindo episódios da série "Os Simpsons" e fez um ótimo longa metragem, "O Gigante de Ferro" (1999), que foi vítima de um mau lançamento dos estúdios Warner, tornando-se um fracasso. Os estúdios Pixar reconheceram seu talento e Bird fez dois sucessos em seguida, "Os Incríveis" (2004) e "Ratatoille" (2007). Quem viu "Os Incríveis" vai reconhecer o talento de Bird em criar cenas de suspense e de espionagem. As cenas em que o Sr. Incrível e a Sra. Elástico têm que invadir o quartel general do vilão Síndrome lembram muito "Missão: Impossível".

"Protocolo Fantasma" traz de volta o espírito de equipe da série original, assim como um senso de humor muito bem vindo. Ethan Hunt se vê envolvido em uma trama que retoma os temas da Guerra Fria quando um agente russo chamado Cobalto (Michael Nyqvist) rouba um lançador de mísseis nucleares do Kremlin. Ele tem um plano (apropriadamente maluco) de que a paz mundial pode ser alcançada após uma guerra nuclear, assim como Hiroshima e Nagasaki se tornaram símbolos depois da II Guerra Mundial. Hunt é acompanhado pelos agentes Benji (o britânico Simon Pegg), Jane (Paula Patton) e Brandt (Jeremy Renner) em uma aventura passada em Moscou, Dubai, Bombain e São Francisco. A sequência passada em Dubai é a mais espetacular e, paradoxalmente, a que menos faz sentido. Para alcançar os servidores do prédio mais alto do mundo, o "Burj Khalifa", Ethan Hunt tem que escala-lo por fora, estilo "homem-aranha", usando luvas especiais. A cena é muito bem feita, com Cruise pendurado a centenas de metros do chão, mas uma pergunta simples derruba qualquer verossimilhança: ninguém pode vê-lo de dentro do prédio? Mais interessantes são as cenas em que Hunt e Benji invadem o Kremlin usando uma tela que os faz invisíveis, ou a sequência em que Paula Patton usa seu "charme" para conquistar um playboy da mídia em Bombain, Índia.

Há uma tentativa de humanizar a história com uma subtrama envolvendo o passado do personagem de Renner e Cruise, mas este é, essencialmente, um filme de ação. Neste aspecto, "Missão: Impossível - Protocolo Fantasma" é extremamente bem sucedido. Brad Bird mantém a adrenalina alta o tempo todo sem atropelar o espectador. O filme é relativamente longo, com 133 minutos, e tem tempo de se desenvolver. O cinquentão Cruise tem várias cenas de heroísmo mas o roteiro dá chance aos outros personagens de ter seus momentos de aventura. A trilha de Michael Giacchino (o melhor compositor de trilhas atualmente) retoma o tema original de Lalo Schifrin, adaptando-o para os diversos países onde se passa o filme. Há uma cena final que deixa clara a possibilidade de outras contiuações; resta saber até quando Tom Cruise vai conseguir passar a imagem de galã de aventuras. Visto no Topázio Cinemas.