O curioso desses filmes é que, ao contrário de James Bond, é tudo bem assexuado. Há um bocado de mulheres bonitas soltando faíscas ao lado de Cruise, como Ferguson, Atwell, Kirby ou a canadense Pom Klementieff (que parece personagem de anime), mas o máximo que acontece é uns abraços e apertos de mão. Ethan Hunt já foi casado na série e a esposa (ou ex, não lembro mais) é mantida longe pela segurança dela, mas é curioso como, nos filmes recentes, ninguém mais transa (como diz um amigo meu). Ah, sim, este filme é só a primeira de duas partes; Cruise recentemente declarou que, assim como Harrison Ford, quer fazer filmes até os 80 anos, então é de se esperar que Missão: Impossível não vá embora tão cedo. Visto no cinema (cercado por fãs de Barbie).
quinta-feira, 20 de julho de 2023
Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1 (Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One, 2023)
domingo, 28 de maio de 2023
Vidas sem Rumo (The Outsiders, 1983)
sábado, 28 de maio de 2022
Top Gun: Maverick (2022)
terça-feira, 10 de agosto de 2021
Val (2021)
Sem poder falar (a não ser tampando um buraco na garganta com os dedos), Val Kilmer resolveu contar a própria história, usando centenas de horas de filmagens feitas por ele mesmo desde criança. Sim, é um projeto cheio de vaidade, mas Kilmer é um ator, acostumado à própria imagem a vida inteira. Ele e os irmãos brincavam de fazer filmes amadores em um rancho na Califórnia e Kilmer continuou gravando a própria vida; bastidores de filmes, testes para diretores como Scorsese (ele tentou o papel de Ray Liotta em "Os Bons Companheiros") e Stanley Kubrick, ensaios, conversas com a família, etc. Há cenas curiosas dos bastidores de "Top Gun", "Batman", "The Doors", "Fogo contra Fogo", "Tombstone" e o caos que foram as filmagens de "A Ilha do Dr. Moreau", com Marlon Brando.
Todo o "glamour" do passado contrasta com a situação presente de Kilmer. Há uma sequência bem desconfortável em que o vemos assinando centenas de autógrafos para fãs em uma convenção qualquer; Kilmer passa mal e tem que interromper a sessão de autógrafos. Sem poder fazer mais filmes, ele agora depende de aparições públicas para ganhar algum dinheiro. O documentário é narrado pelo filho de Kilmer, Jack, que tem a voz bem parecida com a do pai. O trabalho de edição é muito bem feito, misturando centenas de imagens de várias décadas diferentes para contar a história de um grande ator. Disponível na Amazon Prime.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
sábado, 14 de junho de 2014
No limite do amanhã
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Oblivion
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
O Mestre
sábado, 24 de dezembro de 2011
Missão: Impossível - Protocolo Fantasma
"Protocolo Fantasma" traz de volta o espírito de equipe da série original, assim como um senso de humor muito bem vindo. Ethan Hunt se vê envolvido em uma trama que retoma os temas da Guerra Fria quando um agente russo chamado Cobalto (Michael Nyqvist) rouba um lançador de mísseis nucleares do Kremlin. Ele tem um plano (apropriadamente maluco) de que a paz mundial pode ser alcançada após uma guerra nuclear, assim como Hiroshima e Nagasaki se tornaram símbolos depois da II Guerra Mundial. Hunt é acompanhado pelos agentes Benji (o britânico Simon Pegg), Jane (Paula Patton) e Brandt (Jeremy Renner) em uma aventura passada em Moscou, Dubai, Bombain e São Francisco. A sequência passada em Dubai é a mais espetacular e, paradoxalmente, a que menos faz sentido. Para alcançar os servidores do prédio mais alto do mundo, o "Burj Khalifa", Ethan Hunt tem que escala-lo por fora, estilo "homem-aranha", usando luvas especiais. A cena é muito bem feita, com Cruise pendurado a centenas de metros do chão, mas uma pergunta simples derruba qualquer verossimilhança: ninguém pode vê-lo de dentro do prédio? Mais interessantes são as cenas em que Hunt e Benji invadem o Kremlin usando uma tela que os faz invisíveis, ou a sequência em que Paula Patton usa seu "charme" para conquistar um playboy da mídia em Bombain, Índia.
sábado, 27 de setembro de 2008
Morre Paul Newman

Newman foi indicado ao Oscar de Melhor Ator diversas vezes, mas só levou em 1986 com "A Cor do Dinheiro", de Martin Scorsese. Newman interpretava Eddie Felson, papel que já havia vivido antes, em 1961, no filme "Desafio à Corrupção". Em "A Cor do Dinheiro", Newman é um vendedor de bebidas de segunda classe que fica impressionado com um jovem jogador de sinuca vivido por Tom Cruise. Ele se oferece para empresariar o jovem e sai Estados Unidos afora com Cruise e sua bela namorada (Mary Elisabeth Mastrantonio). Paul Newman havia completado 60 anos e era considerado um ator em decadência quando o filme saiu. O Oscar colocou o ator de volta no mercado e ainda gerou grandes interpretações como em "A Roda da Fortuna" (The Hudsucker Proxy,1994, dos irmãos Coen), ou "Estrada para a Perdição" (Road to Perdition, 2002, Sam Mendes). Uma de suas melhores interpretações, em minha opinião, foi em "O Veredito" (The Veredict, 1982, de Sydney Lumet), em que interpreta um advogado decadente e alcoólatra que é contratado para defender uma paciente vítiva de erro médico. Com elenco formado por atores como o grande James Mason e Charlotte Rampling, Neswman está estraordinário e vale o filme.
Casado com a atriz Joanne Woodward por mais de 40 anos, Newman também se interessava por corridas de carro (teve uma equipe de fórmula Indy) e tinha importante trabalho filantrópico, com uma linha de alimentos com seu nome cuja venda era revertida totalmente à obras de caridade. Ator que conseguiu prevalecer por várias fases do cinema, que trabalhou com grandes diretores como Alfred Hitchcock, Sidney Lumet, Robert Altman e Martin Scorsese, além de inúmeros outros, Newman fará falta por sua brilhante interpretação e por seu trabalho humanitário. Descanse em paz.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Leões e Cordeiros
Não é um filme “cinematográfico”, é verdade. São basicamente duas longas conversas entrecortadas por alguma ação. Em uma escola de Washington, o professor Stephen Malley (Robert Redford, que também dirige o filme) não está satisfeito com a performance de um aluno que, um dia, ele considerou brilhante. Ele é Todd Hayes (Andrew Garfield), um rapaz que tem boas notas, mas muitas faltas, e simplesmente perdeu o interesse nas aulas de Ciência Política ministradas por Malley. O professor lhe propõe um trato: ele não precisaria vir a mais nenhuma aula até o final do ano e ainda assim receberia nota “B” na média final. Ou então ele poderia decidir não faltar mais a nenhuma aula, mas teria que participar ativamente de todas elas, como costumava fazer. Por que ele perdera o interesse? O aluno explica que não tem mais esperança na política e que resolveu que iria apenas “fazer a sua parte”, pagar seus impostos, trabalhar e tirar proveito do que o país tivesse a oferecer, mas nada mais do que isso.
Enquanto isso, em outra parte de Washington, um senador republicano (Tom Cruise) chama para uma entrevista exclusiva a jornalista Janine Roth (Meryl Streep), com o objetivo de lhe passar uma nova estratégia militar que seria implementada pelo governo americano no Afeganistão. O que se segue é um longo debate entre os dois em que questões como a guerra do Iraque e o clima político pós 11 de setembro são discutidos. A nova estratégia consiste em usar um número menor de soldados no Afeganistão. Eles ocupariam as montanhas durante o inverno e teriam vantagem tática contra o Talibã quando o verão chegasse. A jornalista, que começou a carreira em plena Guerra do Vietnam, vê com desconfiança e sensação de “deja vu” tais táticas militares. Apesar da troca de gentilezas entre os dois, fica claro o clima tenso no ar, com acusações fundamentadas de ambos os lados. A jornalista levanta os vários erros militares cometidos no Iraque e as milhares de vidas perdidas. O político, por seu lado, pede para que ela se concentre no presente e a lembra de que a imprensa havia apoiado integralmente a ofensiva contra o Iraque.
Em uma terceira trama, acompanhamos a tática mencionada por Cruise sendo aplicada no Afeganistão. Mas nem tudo é simples como os engravatados em Washington imaginavam. Um helicóptero americano é atacado por uma bateria antiaérea no topo das montanhas geladas. Dois jovens soldados, Arian Finch (Derek Luke) e Ernest Rodriguez (Michael Pena), são jogados na neve lá embaixo. Os dois, ficamos sabendo através de flashbacks, foram alunos exemplares do professor Malley. As três histórias são entrecortadas durante todo o filme. Arian e Rodriguez eram alunos pobres que chamaram a atenção do professor durante um debate em classe, em que eles pregavam mais comprometimento por parte dos americanos para se criar uma sociedade melhor. Os outros alunos os chamaram de hipócritas, dizendo que eles também, no fundo, só estavam esperando a hora de entrar em uma boa universidade e ganhar dinheiro. Os dois resolvem provar seu comprometimento mostrando seus papéis de alistamento no exército. Redford não acredita que esta seja a melhor maneira de ajudar o país e tenta fazê-los mudar de idéia.
Tudo isso é discutido e debatido em longas conversas. Senti influência da série “The West Wing”, de Aaron Sorkin, famosa por conter debates políticos pelos corredores da Casa Branca. Repetindo, não é muito cinematográfico (a série, diga-se de passagem, era até mais dinâmica). Tudo se passa em duas salas em Washington (a sala do professor e o gabinete do senador) e na montanha gelada. Mas os pontos levantados são relevantes e é raro vê-los discutidos em um filme deste modo. Devemos simplesmente falar mal da política ou fazer algo a respeito? Há o que ser feito? O mundo aprendeu alguma coisa com as guerras do passado ou estamos repetindo os mesmos erros geração a geração? Pode não ser um filme muito “agitado”, mas vale pegar o DVD.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Morre ator e diretor Sydney Pollack

Morreu o ator e diretor americano Sydney Pollack, de 73 anos, de câncer, nos EUA. Além de diretor, Pollack era bom ator, econômico, e chegou a trabalhar com Stanley Kubrick, em "De Olhos bem Fechados" ("Eyes Wide Shut", 1999), no papel de um médico. Recentemente fez o papel do chefe de George Clooney em "Conduta de Risco" ("Michael Clayton", 2007), interpretando o inescrupuloso presidente de uma firma de advocacia. Fez participações especiais em diversos seriados como "Mad About You", "Família Soprano" e "Frasier".
Como diretor, trabalhou sempre com grandes astros como Paul Newman em "Ausência de Malícia" ("Absence of Malice", 1981), Dustin Hoffman na comédia "Tootsie" (1982), Tom Cruise em "A Firma" ("The Firm", 1993), Harrison Ford no romance "Sabrina" (1995) e no drama "Destinos Cruzados" (Random Hearts, 1999) e Sean Penn e Nicole Kidman em "A Intérprete" ("The Interpreter", 2005).
Pollack trabalhou com Robert Redford em quatro filmes, ganhando o Oscar de Melhor Diretor por "Entre dois amores" ("Out of Africa", 1985), também com Meryl Streep no elenco. Era um bom diretor, competente e cuidadoso com os atores e atrizes sob seu comando. Gostava muito de seu trabalho como ator também, sempre elegante e com classe. "Destinos Cruzados", com Harrison Ford e a britânica Kristin Scott Thomas, foi um filme pouco visto e considerado ruim, mas que eu acho bastante interessante. O roteiro sem dúvida é falho, mas gostei do modo como Pollack conseguiu elevar o material e criar um quadro muito bem feito das relações entre homens e mulheres e como cada um enfrenta de modo diferente a questão da traição e do adultério. "A Intérprete" também foi um suspense competente, explorando a trama e as boas interpretações de Sean Penn e Nicole Kidman. Uma perda considerável para o cinema.