Gibson é Walter Black, dono de uma empresa de brinquedos que está sofrendo de depressão. Passa os dias em um estupor constante que aliena a esposa Meredith (Foster) e os filhos Porter (Anton Yelchin, de Star Trek) e Henry (Riley Thomas Stewart). Um dia a esposa finalmente o coloca para fora de casa e Black decide se matar em um quarto barato de hotel. Ele é salvo no último minuto por uma voz estranha que, aparentemente, vem de um boneco de castor que Black havia colocado no braço, minutos antes, bêbado. O castor "fala" através de Gibson, que usa um falso sotaque britânico que me lembrou uma imitação de Michael Caine. Salvo da morte pelo castor, Walter Black volta para casa e, com a facilidade e didatismo típicos de um filme "família" americano, consegue conquistar o filho mais novo e a esposa, a quem diz que o castor é uma terapia nova implementada por seu psiquiatra.
A premissa não é ruim. A mente humana é inventiva e lida com problemas psíquicos de diversas formas. Mel Gibson, além de bom ator, já interpretou diversos "malucos" anteriormente, do policial Riggs na série Máquina Mortífera e o publicitário de "Do que as mulheres gostam" até o príncipe da Dinamarca, Hamlet, em filme de Franco Zefirelli. A idéia de um homem depressivo que só consegue se comunicar através de um boneco não é ruim, o problema é que o filme não consegue fugir do típico drama familiar americano. O personagem de Gibson, sempre falando pelo castor, faz uma reunião com os funcionários de sua empresa de brinquedos e lhes propõe uma reformulação geral. Em poucas semanas, milagrosamente, a companhia está vendendo milhões de dólares de um kit de madeira para crianças chamado, claro, de "O Castor".
Há uma subtrama, até mais interessante do que a principal, envolvendo o filho mais velho de Walter, Porter, e Nora (Jennifer Lawrence, de "Inverno da Alma") uma garota que é a primeira da sala. Ela quer pagar Porter para que ele escreva um discurso de formatura para ela. O rapaz (em outra "sacada" psicológica do roteiro) é bom em se fazer passar por outras pessoas e costuma cobrar para fazer os trabalhos dos companheiros de classe. Esta subtrama lembra um pouco "Beleza Americana"; até a mãe de Nora é interpretada pela mesma atriz que fazia a mãe fria e distante do rapaz no filme de Sam Mendes, Allison Janney.
O final chega até mais longe do que se poderia esperar de um filme como este, mas não resolve os problemas da produção. Há erros flagrantes de continuidade no roteiro e a trilha sonora de Marcelos Zarvos é melosa e soporífica. Dispensável.
 
 
 


 Túlio Ferreira, 28 anos, de Valinhos, também trabalha com audiovisual. Atualmente morando em São Paulo e professor na Escola de Cinema, começou aqui na região a trabalhar com curtas-metragens, videoclipes e institucionais. O envolvimento de Túlio com o audiovisual começou no mercado de gravações de eventos como casamentos, formaturas e festas de aniversário, mas seu amor pelo cinema fez com que se aventurasse por caminhos maiores. Para ele, fazer cinema só é um hobby para as pessoas que encararam a atividade dessa maneira. “Se cinema é sua paixão”, diz ele, “e você não consegue se imaginar fazendo outra coisa, então podemos conversar”. Certa vez, durante uma palestra do diretor Claudio Assis (diretor de Amarelo Manga e Baixio das Bestas), Túlio perguntou se é possível viver de cinema no Brasil, ao que o diretor respondeu, meio furioso: “Claro que dá! É só você correr atrás!". Túlio está trabalhando como editor em um longa-metragem independente chamado Alguém Qualquer, produzido inteiramente com uma Canon 7D (modelo inferior à 5D, citada anteriormente, mas também de ótima qualidade). “O digital veio para ficar e a película cinematográfica [filme] existirá apenas para os saudosistas” – diz Ferreira - “Os custos despencam a cada dia. Gravamos um longa-metragem com uma câmera fotográfica, com imagens maravilhosas, transferidas na hora para o computador, analisadas e até montadas quase que em tempo real. Isso é esplêndido! Portanto, o digital é o melhor amigo do cineasta independente”.
Túlio Ferreira, 28 anos, de Valinhos, também trabalha com audiovisual. Atualmente morando em São Paulo e professor na Escola de Cinema, começou aqui na região a trabalhar com curtas-metragens, videoclipes e institucionais. O envolvimento de Túlio com o audiovisual começou no mercado de gravações de eventos como casamentos, formaturas e festas de aniversário, mas seu amor pelo cinema fez com que se aventurasse por caminhos maiores. Para ele, fazer cinema só é um hobby para as pessoas que encararam a atividade dessa maneira. “Se cinema é sua paixão”, diz ele, “e você não consegue se imaginar fazendo outra coisa, então podemos conversar”. Certa vez, durante uma palestra do diretor Claudio Assis (diretor de Amarelo Manga e Baixio das Bestas), Túlio perguntou se é possível viver de cinema no Brasil, ao que o diretor respondeu, meio furioso: “Claro que dá! É só você correr atrás!". Túlio está trabalhando como editor em um longa-metragem independente chamado Alguém Qualquer, produzido inteiramente com uma Canon 7D (modelo inferior à 5D, citada anteriormente, mas também de ótima qualidade). “O digital veio para ficar e a película cinematográfica [filme] existirá apenas para os saudosistas” – diz Ferreira - “Os custos despencam a cada dia. Gravamos um longa-metragem com uma câmera fotográfica, com imagens maravilhosas, transferidas na hora para o computador, analisadas e até montadas quase que em tempo real. Isso é esplêndido! Portanto, o digital é o melhor amigo do cineasta independente”.

