Em minha crítica para "X-Men Origens: Wolverine" (2009), o péssimo filme solo do herói interpretado por Hugh Jackman, eu dizia que "não há como ter muita empatia com um personagem indestrutível, imortal e que ainda se esquece de tudo o que aconteceu." O filme afundou nas bilheterias e os produtores resolveram se redimir do erro. Dirigido pelo competente James Mangold (de "Os Indomáveis", 2007), "Wolverine: Imortal" faz de tudo para humanizar Logan levando o personagem para o Japão, onde ele encontra um homem que lhe oferece a chance de se tornar mortal.
Mostrando postagens com marcador cultura japonesa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cultura japonesa. Mostrar todas as postagens
sábado, 27 de julho de 2013
Wolverine: Imortal
Marcadores:
cultura japonesa,
famke janssen,
hugh jackman,
james mangold,
japão,
jean grey,
magneto,
marvel,
mutantes,
samurai,
stan lee,
wolverine,
wolverine imortal,
wolverine: imortal,
x-men,
xavier
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Hanami - Cerejeiras em Flor

Trudi (Hannelore Elsner) recebe a notícia de que seu marido está com uma doença terminal. Os médicos sugerem que ela vá viajar com ele para aproveitar seus últimos momentos. O marido, Rudi (Elmar Wepper), é um homem sem muita imaginação, que todos os dias faz o mesmo trajeto até o trabalho, onde está há décadas, e volta para casa. Trudi, com seu jeito manso e maternal, consegue convencê-lo a ir até Berlin visitar os filhos crescidos, mas não lhe conta sobre a doença. Em Berlin, os filhos mal conseguem esconder o fato de que são pessoas ocupadas e que não têm tempo para dar atenção aos pais. Há ainda outro filho, Karl, que é o "preferido da mamãe" e que mora em Tóquio. Tanto na casa de Trudi e Rudi quanto na casa dos filhos vemos, nas paredes, gravuras japonesas e lembranças enviadas por Karl. A própria Trudi, na verdade, gostaria de ter sido uma dançarina de Butoh, uma dança japonesa, mas deixou tudo em nome da família. Há uma bela cena passada em um teatro alemão em que o dançarino Tadashi Endo se apresenta e Trudi, na platéia, mal contém as lágrimas. O velho casal então vai à praia e, inesperada e ironicamente, Trudi morre durante a noite, dormindo, deixando Rudi sozinho e sem saber que, ele mesmo, está fatalmente doente.
O filme tem um ritmo extremamente lento e, a bem da verdade, ganharia com uma edição mais enxuta. Com a morte de Trudi (a excelente Hannelore Elsner), praticamente começa outro filme, ainda mais longo, mostrando a viagem de Rudi ao Japão, onde encontra o filho Karl e fica tentando, em vão, entender a morte (e a vida) da esposa. Tóquio é, como todo Japão, um grande paradoxo, um monstro de concreto onde se escondem belos jardins e o contato com a natureza. Rudi faz amizade com uma jovem dançarina (Aya Irizuki) e, com ela, parte para tentar ver o lendário Monte Fuji e tentar se "reencontrar" com o espírito da esposa. Não é um filme fácil, fazendo parte daquela categoria fugidia dos "filmes de arte". A interpretação do elenco é impecável e o filme é um retrato interessante, para os espectadores brasileiros, da vida no primeiro mundo. Por todo o trajeto de Trudi, Rudi e família, somos testemunhas do eficiente sistema de transporte alemão e japonês, da presença marcante da Arte, da eficiência das instituições. Por outro lado, percebemos a frieza das pessoas, principalmente dos filhos em relação aos pais, considerados um estorvo depois de velhos. Bom filme atrapalhado pela longa duração, com cenas repetitivas que poderiam ter sido cortadas facilmente.
Assinar:
Postagens (Atom)