sexta-feira, 21 de maio de 2021

Depois a louca sou eu (2021)

Depois a louca sou eu (2021). Dir: Julia Rezende. Amazon Prime. Versão para cinema do livro de Tati Bernardi, publicitária que lidou com vários ataques de pânico e ansiedade e transformou seus problemas em uma carreira literária de sucesso. Dani (Débora Falabella) só queria se uma pessoa "normal". O problema é que, para ela, tudo é exagerado e excessivo. Uma simples ida à praia no final do ano se transforma em uma operação de logística em que ela contrata um táxi para ficar de plantão caso (ou quando) ela se desesperar e quiser voltar para casa. A mãe (Yara de Novaes) é daquelas super protetoras que falam coisas como "Vá sim, filha, vá se divertir. Não pense que você está abandonando sua mãe sozinha, não, pode ir tranquila".

O filme, no começo, até parece que vai ser daquelas comédias bobinhas da Globo Filmes com trilhas agitadas, gráficos na tela e narração esperta. A trama encara com certo realismo a situação complicada das pessoas com síndrome do pânico; há muito humor, sim, mas há também boas doses de realidade, como quando vemos Dani se viciar em Rivotril e outros remédios tarja preta simplesmente para poder navegar pela vida. O mesmo acontece com as cenas de amor e sexo, que vão se tornando mais pesadas conforme o filme avança.

Débora Falabella está muito bem como Dani e a personagem também é vista quando criança e adolescente. O filme foi feito em 2019 mas a pandemia adiou o lançamento nos cinemas até o começo deste ano e, agora, está disponível na Amazon Prime.
 

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