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sábado, 25 de março de 2023

Cocaine Bear (2023)

Cocaine Bear (2023). Dir: Elizabeth Banks. Baseado remotamente em uma história real ocorrida nos EUA em 1985, "Cocaine Bear" é dirigido pela atriz Elizabeth Banks e é assumidamente um filme "B". Obviamente não deve ser levado a sério e, visto deste modo, tem alguns momentos divertidos (mas fica a sensação de que poderia ser melhor).

O roteiro, escrito por Jimmy Warden, é baseado na história de um urso que ingeriu mais de 30 quilos de cocaína lançada de um avião em uma região florestal. Na história real, o urso foi econtrado morto e só; o roteiro de Warden imagina o que teria acontecido se o animal, literalmente "cheirado", tivesse encontrado pessoas na floresta. O elenco surpreende, composto por pessoas como Keri Russell, Margo Martingale, Alden Ehrenreich, O'Shea Jackson Jr., Isiah Whitlock Jr. e Ray Liotta, em um de seus últimos trabalhos. Nesta era nostálgica pós Stranger Things, Banks tenta recuperar o ar "anos 80" mostrando crianças andando na floresta, figurino de época, walkmans, uma trilha feita com teclados e muita violência "gore" que lembra o estilo de Sam Raimi ou John Carpenter (mas sem o mesmo talento).

Como disse, poderia ser melhor. Não é engraçado o suficiente para ser uma comédia nem assustador o suficiente para ser terror. O urso, apesar de bem feito, é claramente feito em computação gráfica a maior parte do tempo (a não ser em closes ou em detalhes como garras). No Brasil estreia em 30 de março (sim, eu baixei). 

domingo, 1 de agosto de 2021

Nem um Passo em Falso (No Sudden Move, 2021)

Nem um Passo em Falso (No Sudden Move, 2021). Dir: Steven Soderbergh. HBO Max. Detroit, 1954. Dois capangas, interpretados por Don Cheadle e Benicio Del Toro, são contratados por um mafioso (Brendan Fraser) para um trabalho rápido. Ele precisam manter refém a família de um empregado da GM (David Harbour) enquanto este vai até a empresa pegar um documento secreto. As coisas dão bastante errado e Cheadle e Del Toro se descobrem no meio de uma trama complicada que envolve segredos corporativos, disputas entre mafiosos, a polícia, entre outras coisas.

Soderbergh está à vontade como diretor, editor e diretor de fotografia (sob pseudônimos) do filme. Para representar a desorientação dos personagens, Soderbergh uma uma lente grande angular que distorce os cantos da imagem, aumentando alguns personagens e diminuindo outros. A direção de arte recria muito bem os anos 1950 e o elenco é cheio de figuras conhecidas, como Jon Hamm, Ray Liotta e Bill Duke (além de uma surpresa não creditada).

Apesar de não ser exatamente um "filme de assalto" como a série "Onze Homens e um Segredo" (também de Soderbergh), a trama envolve uma série de golpes e traições envolvendo o tal "documento secreto". O roteiro fica bastante confuso conforme avança e o final poderia ser melhor, mas não importa. É bem dirigido, tem bom elenco e vale ser visto. Na HBO Max.
 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Idênticos (Netflix)

No dia em que Elvis faria 80 anos, mais uma dica para ver na Netflix.

A premissa de "Idênticos" é, infelizmente, bem melhor do que o produto final. Imagine se Elvis Presley tivesse tido um irmão gêmeo? Imagine que os dois cresceram separados e, enquanto um se tornou o "Rei do Rock" o outro, ironicamente, se tornou seu melhor imitador? A ideia é ótima, mas o filme, dirigido por Dustin Marcellino, não consegue escapar de ser apenas um bom telefilme.

Nos anos 1930 os Estados Unidos viviam a Grande Depressão. A família Hemsley acaba de ter gêmeos, para a alegria da mãe e desespero do pai, que está desempregado. Como ele vai conseguir sustentar a família? Desolado, ele vai assistir ao sermão de um pastor chamado Reece Wade (o grande Ray Liotta). Coincidentemente, o pastor Wade está falando justamente sobre a dor da sua esposa, que acabou de perder um bebê. "Rezem por um milagre", diz o pastor. Suas preces são respondidas, já que ele recebe a oferta de ficar com um dos gêmeos dos Hemsley. "Prometa só dizer a verdade a ele depois que nós morrermos", implora o pai ao pastor Wade.

O filme, então, passa a acompanhar a vida de Ryan Wade, o filho adotado do pastor; o pai quer  que ele também seja um pregador, mas a vocação do menino é claramente a música. Ele começa a frequentar bailes para escutar o que viria a se tornar o rock ´n roll. O pastor não aprova e manda o filho para o exército, tentando impedir seus sonhos de se tornar músico. (leia mais abaixo)


Eis que surge um astro do rock (claramente inspirado em Elvis Presley) chamado Drexel Hemsley, o irmão gêmeo de Ryan. Em uma era sem internet e com a televisão apenas engatinhando, nem mesmo Ryan consegue reconhecer o irmão famoso, apesar de muita gente dizer que os dois se parecem muito.

O filme tem algumas boas cenas e conta com a participação de coadjuvantes como Joey Pantoliano e Seth Green, mas não consegue se desenvolver. Há uma boa cena, que poderia ter sido o final do filme, em que Ryan ganha um concurso de música em que imita Drexel Hemsley com a presença do próprio entre os jurados. Seria uma ótima oportunidade de fechar o filme, mas ele se estica ainda por um longo tempo explorando o fato de que a vida de Ryan Wade é apenas uma pálida semelhança com o irmão famoso. Falta ao filme uma catarse final, mas o roteiro prefere partir para o melodrama e para cenas supostamente edificantes. Vale como curiosidade o fato de que o ator que interpreta Ryan e Drexel, Blake Rayne, também foi descoberto para o filme como um imitador de Elvis Presley. Ele realmente se parece com o "Rei", embora não seja grande ator.

A trilha sonora não utiliza sucessos conhecidos do rock (provavelmente por problemas com direitos autorais), mas sim várias canções compostas pelos produtores Jerry Marcellino e Yochanan Marcellino. "Idênticos" pode ser visto na Netflix.

João Solimeo