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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

The Looming Tower (2018)

 
The Looming Tower (2018). Criada por Dan Futterman, Alex Gibney e Lawrence Wright. Amazon Prime Video. Minissérie muito boa em dez capítulos que mostra os eventos que levaram aos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington. Há um bocado de informação nos episódios, mas a conclusão a que se chega é que milhares de pessoas morreram nos atentados mais pela incompetência americana do que pela organização da al-Qaeda, grupo terrorista liderado por Osama Bin-Laden.

Jeff Daniels interpreta um agente do FBI chamado John O´Neill; a história dele é tão bizarra que achei que ele tivesse sido inventado, mas ele realmente existiu. O´Neill tinha bom faro para descobrir terroristas mas não era muito com com a política interna americana. Arrogante e bonachão, ele tinha brigas constantes com um diretor da CIA responsável por uma unidade chamada "Alec Station", que investigava Osama Bin-Laden. Interpretado por Peter Sarsgaard, este diretor da CIA acreditava que o FBI não tinha direito às informações obtidas pela agência, que ele guardada a sete chaves. A minissérie mostra como a inteligência americana tinha conhecimento dos terroristas responsáveis pelo 11 de setembro meses ou mesmo anos antes dos atentados, mas escolheu não divulgar suas descobertas.

Outro personagem importante é o agente Ali Soufan (Tahar Rahim), uma americano-libanês que era dos poucos agentes do FBI que, na época, sabiam falar árabe. A série trata das ações da al-Qaeda que levaram a atentados no Quênia (a explosão da embaixada americana) e no Iêmen (quando explodiram um navio de guerra americano). Todos estes eventos, aparentemente isolados, eram peças de um quebra cabeças desconhecido pelos americanos, acostumados a guerrear com nações, e não com grupos independentes. A série mostra também como os americanos perdiam tempo e espaço da mídia se preocupando com histórias "escandalosas" como o o caso do Presidente Clinton com Monica Lewinsky enquanto que FBI e CIA tentavam descobrir ameaças ao país.

A chegada do Presidente Bush só complicou as coisas. A administração não dava importância aos avisos das agências e, pós 11 de setembro, estava mais interessada em culpar o Iraque de Saddan Hussein. É uma super produção filmada em vários países. Por vezes, as birras entre FBI e a CIA parecem exageradas, mas o capítulo 9 mostra um trecho real da investigação feita depois do atentado e vemos como a série reproduziu fielmente o depoimento absurdo de um diretor da CIA. A série é baseada em um livro de Lawrence Wright. Disponível na Amazon Prime Video.

domingo, 16 de outubro de 2022

The Old Man (2022)

 
The Old Man (2022). Criada por Robert Levine e Jonathan E. Steinberg. Star+. Boa série de espionagem que tem dois ótimos atores veteranos, Jeff Bridges e John Lithgow. Bridges passou por um susto na vida pessoal recentemente; primeiro foi diagnosticado com um linfoma. Durante a quimioterapia, contraiu Covid e quase morreu da doença. A pandemia e o câncer de Bridges pararam a produção da série duas vezes e é possível perceber algumas mudanças físicas nos atores durante o passar dos capítulos.


A série, bem escrita e interpretada, trata da história complicada de um ex-agente da CIA (Jeff Bridges) que é uma espécie de Jason Bourne na terceira idade. Depois de se envolver na guerra entre os soviéticos e afegãos nos anos 1980, ele "desapareceu" por trinta anos, se escondendo em uma cidade pequena dos EUA. Só que alguém quer fazer uma "limpeza de arquivo" e manda um assassino atrás dele. Começa então um jogo de gato e rato entre a CIA, o FBI e o personagem de Bridges, que destrói os assassinos enviados para matá-lo em cenas bastante violentas de luta corpo a corpo.

John Lithgow interpreta Harold Harper, um diretor da CIA que era o responsável por Bridges no Afeganistão, nos anos 1980. Ele tem uma relação de amor e ódio com o personagem de Bridges e você nunca sabe se ele está tentando matá-lo ou salvá-lo (às vezes, os dois). Cenas em flashbacks mostram Bridges novo no Afeganistão (interpretado por Bill Heck, que é parecido com Jeff Bridges quando jovem), quando se envolve com uma mulher misteriosa (Leem Lubany). Há também a personagem de uma filha que, por muito tempo, você só conhece como uma voz pelo telefone. Os roteiros são bem escritos e os episódios são como filmes de uma hora de duração. Há uma paranoia constante no ar e você nunca sabe quem pode estar traindo quem ou porquê. A atriz Amy Brenneman (que fazia a companheira de De Niro em "Fogo contra Fogo", de Michael Mann) também está no elenco como uma mulher "comum" que é jogada no meio da confusão (suas ações e motivações são as mais difíceis de acreditar).

O final deixa aberta a porta para uma segunda temporada. A série é um pouco confusa às vezes, mas vale a pena pelas boas interpretações e por ver Jeff Bridges de volta. Disponível na Star+. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Lou (2022)

 
Lou (2022). Dir: Anna Foerster. Netflix. Em um (raro) bom filme de suspense e ação produzido pela Netflix. Allison Janney (The West Wing, Eu Tônia) é uma ex agente da CIA que está escondida em uma ilha isolada na costa dos EUA (embora, vamos combinar, se ela está se escondendo, está fazendo um péssimo trabalho; todos na cidadezinha próxima a conhecem pelo nome). Estamos nos anos 1980, como mostram imagens do presidente Reagan na TV e pela trilha sonora composta por sucessos como "Africa", do Toto.

Uma vizinha, Hannah (Jurnee Smollett), tem a filha pequena sequestrada por um homem misterioso, Phillip (Logan Marshall-Green, que é um CLONE de Tom Hardy) e é então que Lou se revela como uma especialista em armas e em seguir rastros em uma floresta encharcada. Lou e Hannah partem em busca da menina debaixo de uma tempestade e, no caminho, as peças do quebra cabeça vão se juntando para revelar quem é quem, de verdade.

Janney, que geralmente interpreta personagens cômicas ou sarcásticas, está bem em um filme de ação. Ela carrega marcas físicas e psicológicas no corpo das coisas que teve que fazer em décadas na CIA. Hannah também carrega marcas pelo corpo, resultado de um relacionamento tóxico. É um filme de ação de um ponto de vista feminino, o que inclui discussões sobre maternidade e relacionamentos abusivos. Tá na Netflix.