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domingo, 26 de fevereiro de 2017
Palpites para o OSCAR 2017
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
La La Land (2016)
Apesar de algumas similaridades, é difícil imaginar que o mesmo diretor/roteirista de "Whiplash: Em busca da Perfeição", o jovem Damien Chazelle, tenha dirigido "La La Land". Os dois filmes falam sobre música (especificamente, jazz), mas enquanto "Whiplash" era sobre obsessão e perfeccionismo, "La La Land" é um filme sobre sonhos e amor. É também uma grande homenagem à era de ouro dos musicais da MGM, em que figuras como Gene Kelly dançava em Paris, e Fred Astaire bailava elegantemente com Ginger Rodgers.
Mia (Emma Stone) é uma aspirante a atriz que trabalha na cafeteria de um estúdio de Hollywood. Sebastian (Ryan Gosling) é um pianista de jazz que luta contra um mundo que acha que seu gênero musical está morto e enterrado. Como em todo bom romance, Mia e Sebastian se esbarram pela cidade e apesar das faíscas voarem cada vez que os dois estão na tela (Gosling e Stone nasceram um para o outro), a princípio eles fingem não estarem interessados. Mas esta é a Hollywood dos musicais, em que os pores de sol são maravilhosamente coloridos e Chazelle coloca Gosling e Stone para dançar em frente de um em um belo plano sequência. Quase todos os números musicais, aliás, são filmados de forma muito elegante por Chazelle (esqueça os exageros de Baz Luhrmann). Mesmo na sequência mais imaginativa do filme, em que os dois namorados são vistos dançando entre as estrelas do planetário de Los Angeles, Chazelle mantém a câmera fluida mas sem exageros nos ângulos e cortes.
As canções, todas inéditas, são de Justin Hurwitz, com letras de Benj Pasek e Justin Paul. Este não é daquele tipo de musical em que as pessoas cantam o tempo todo (felizmente), e as canções de Hurwitz estão bem integradas nos diálogos. O musical sempre foi o gênero mais escapista de Hollywood e é necessária boa vontade do público em aceitar que alguém simplesmente saia cantando e dançando no meio da rua, mas Chazelle consegue manter um bom equilíbrio entre os diálogos e músicas. Não sei até que ponto Ryan Gosling é responsável pelas várias cenas de virtuosismo em que o vemos ao piano, mas há também momentos calmos e emocionantes proporcionados pelas poucas notas da canção que é o carro chefe do filme, "City of Stars".
A mensagem, claro, é piegas e simples do tipo "siga seus sonhos", mas nem tudo é lindo e maravilhoso no roteiro, que vai em um crescente até algumas das cenas mais agridoces do cinema dos últimos anos. "La La Land" é colorido, vibrante, belo e emocionante. Tornou-se o queridinho de todos os festivais por onde passou, venceu um recorde de sete troféus no último "Globo de Ouro" e, provavelmente, vai repetir o feito no próximo Oscar. Para se assistir de coração aberto.
João Solimeo
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sábado, 10 de maio de 2014
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
O que a Marvel tem feito nos últimos anos, com esta longa série de filmes baseados em seus super-heróis, é aplicar uma mentalidade de quadrinhos em um meio cinematográfico. É bem comum no mundo das HQs que personagens vivam múltiplas linhas do tempo, com trajetórias diferentes, mortes, novos começos, realidades paralelas, etc. Os filmes de Sam Raimi sobre o Homem-Aranha nem haviam esfriado e o estúdio lançou um reboot há dois anos, substituindo o "chorão" Tobey Maguire por Andrew Garfield ("A Rede Social") e iniciando uma nova franquia. O filme não era ruim, mas era redundante, contando novamente a já batida história da origem do Homem-Aranha.
A continuação lançada agora, livre de ter que estabelecer novamente a origem do herói, começa com a ação em pleno vapor. Os efeitos especiais transformaram o aracnídeo em um verdadeiro acrobata, que voa por entre os prédios de Nova York fazendo piruetas, contando piadinhas para os pedestres e batendo papo com o vilão (um desperdiçado Paul Giamatti), ocupado em roubar uma carga de plutônio de um caminhão em movimento. Peter Parker chega atrasado à própria formatura (apesar de Garfield já ter 31 anos e aparentar a idade), onde é aguardado pela bela namorada Gwen Stacy (Emma Stone). Garfield e Stone são a melhor coisa nestes novos filmes dirigidos por Marc Webb ("500 Dias com Ela"). O casal é bem melhor do que a indecisa dupla Parker/MJ de Tobey Maguire e Kirsten Dunst dos filmes de Raimi. O problema é que os altos e baixos da relação entre os dois são muito abruptos e os problemas deles parecem mais uma invenção dos roteiristas do que algo a ser levado a sério. De qualquer forma, há cenas genuinamente tocantes entre Parker e Stacey, principalmente em um final surpreendente (para quem, como eu, não conhece a mitologia dos quadrinhos) e tocante. (leia mais abaixo)
E, claro, há os vilões. Jamie Foxx ("Django Live") é "Electro", um homem-elétrico criado (assim como o Aranha) acidentalmente pela maligna empresa "Oscorp". Foxx passa metade do filme com um penteado ridículo e a outra metade como um efeito especial, mas consegue fazer um bom trabalho. Quem está melhor é Dane DeHaan, que interpreta Harry Osborn, um rapaz de 20 anos que herdou do pai (uma aparição rápida de Chris Cooper) tanto as empresas "Oscorp" quanto uma doença degenerativa que pode ser fatal. Osborn acredita que sua cura pode ser encontrada no sangue do Homem-Aranha, que não está muito interessado em doá-lo. O filme tem pelo menos 30 minutos a mais que o necessário (o que aconteceu com os filmes de 90 a 120 minutos de antigamente?), tempo dedicado a vilões aleatórios e cenas criadas apenas para fazerem sentido nos próximos capítulos da "saga".
Confesso que esperava um filme muito pior e, talvez por isso, o tenha apreciado mais do que ele mereça. O fato é que há um filme muito melhor dentro deste, esperando a chance de aparecer mas enterrado em cenas descartáveis de ação e efeitos especiais.
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quarta-feira, 4 de julho de 2012
O Espetacular Homem-Aranha
Crianças gostam de escutar a mesma história várias vezes. Assistem ao mesmo desenho animado repetidamente, pedem para os pais lerem a mesma história antes de dormir todas as noites. Hollywood, acusada há tempos de infantilizar as plateias do mundo, já se aproveitava desta característica humana fazendo continuações desnecessárias de filmes de sucesso, arrecadando bilheterias astronômicas apostando no que é certo, ao invés de arriscar em novas histórias.
Eis que surge um "novo" Homem-Aranha, lançado apenas cinco anos desde que o "velho" Homem-Aranha voava pelos prédios de Nova York em "Homem-Aranha 3", em 2007; há meros dez anos, Tobey Maguire interpretava Peter Parker, o jovem fotógrafo que era picado por uma aranha geneticamente modificada e se transformava em um super-herói. O filme de Sam Raimi foi um grande sucesso e teve uma segunda parte, ainda muito boa, seguida por um terceiro filme longo e decepcionante.
Seja para mudar a má impressão deixada pelo terceiro filme, ou para começar outra franquia de sucesso, os estúdios da Marvel fazem um reboot no personagem e começam tudo de novo, agora com Andrew Garfield (de "A Rede Social") no papel de Parker. Tirando todas as considerações de marketing de lado e o fato de que "O Espetacular Homem-Aranha" é um filme desnecessário, a produção dirigida por Marc Webb é competente e divertida. Garfield faz um Peter Parker menos "chorão" que Maguire, e o roteiro segue por outro caminho na história do personagem. Antes mesmo do trauma de ver o Tio Ben (Martin Sheen) ser morto por um bandido, Peter Parker começa o filme como uma criança que é abandonada por pai e mãe. O pai era um geneticista que, junto com um colega misterioso chamado Curt Connors (Rhys Ifans), estava desenvolvendo um soro capaz de transferir as características regenerativas de certos animais para os seres humanos. É uma das aranhas criadas pela Oscorp, empresa onde o pai de Parker trabalhava, que pica Peter Parker e o transforma no Homem-Aranha. Connors é um cientista que não tem o braço direito e sonha com a possibilidade de ser "curado". Claro que algo dá errado e, após uma overdose do soro, ele se transforma em um lagarto gigante que aterroriza Nova York. O roteiro, bem humorado, faz as piadas apropriadas relacionando o fato aos filmes japoneses de Godzilla.
Kirsten Dusnt é substituída por Emma Stone ("Amor a Toda Prova") e seus grandes olhos azuis no papel de Gwen Stacy, o novo interesse romântico de Parker. O Homem-Aranha sempre foi o super-herói mais adolescente do cartel da Marvel, e grande parte do filme se passa nos corredores do ginásio onde Parker e Gwen estudam. Há boas cenas românticas entre os dois e o roteiro surpreende pela rapidez com que Peter Parker revela seu segredo a algumas pessoas. Denis Leary, ótimo ator coadjuvante, está bem como um íntegro capitão de polícia que não gosta nada quando o Aranha começa a perseguir bandidos pela cidade. Mas "O Espetacular Homem-Aranha", apesar de bom, não deixa de ser mais do mesmo; continuações são esperadas. Divertido, mas desnecessário.
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Histórias Cruzadas
A maior força de "Histórias Cruzadas" está no elenco encabeçado por Viola Davis, que interpreta a empregada doméstica Aibileen Clark. Davis venceu o prêmio do Sindicado dos Atores, foi indicada ao Globo de Ouro e é a principal aposta para o Oscar. O elenco ainda conta com Jessica Chastain (de "A Árvore da Vida"), muito bem como uma dona de casa problemática, e Octavia Spencer, que venceu o prêmio de Melhor Coadjuvante no Globo e Ouro e também concorre ao Oscar.
"Histórias Cruzadas" é um filme cheio de boas intenções e que toca no delicado tema do racismo nos Estados Unidos, mas não tem nada de novo para contar. Baseado em um livro de Kathryn Stockett, o filme tem roteiro e direção de Tate Taylor e conta a história de uma recém formada jornalista que volta da faculdade para a pequena cidade de Jackson, no estado do Mississipi. Ela é Skeeter Phelan (Emma Stone, de "Amor a toda prova"), uma jovem independente que, ao contrário das amigas na cidade, não tem interesse em se casar e ter filhos. Ela arruma um emprego no jornal local para escrever uma coluna sobre prendas domésticas, assunto que não domina. Ela então procura a ajuda das empregadas negras da cidade, em particular Aibileen Clark (Viola Davis), mas o contato com elas a faz mudar o foco de suas matérias. Skeeter fica interessada na vida das empregadas e babás negras e em um estranho fenômeno: as crianças brancas são criadas pelas mulheres negras mas, ao crescerem, se tornam patroas insensíveis e racistas. Aibileen e outra empregada, Milly (Spencer), concordam em relatar suas histórias a Skeeter, que pretende enviá-las a uma editora em Nova York.
O assunto da segregação racial gerou grandes filmes como "Mississipi em Chamas" (1988), de Alan Parker, e está na raiz do próprio cinema americano. O primeiro longa metragem importante de Hollywood foi "O Nascimento de uma Nação" (1915), de D.W. Grifith, que hoje causa espanto por mostrar os membros da organização racista Ku Klux Klan como heróis. "Histórias Cruzadas" está mais interessado em emocionar a plateia do que em ser um filme de denúncia. A fotografia de Stephen Goldblatt valoriza as paisagens ensolaradas e a recriação de época retrata bem o interior americano dos anos 60. Apesar das ótimas atuações e de momentos emocionantes, a relação entre os personagens é muito simplista, cheia de estereótipos. Há a "vilã" interpretada por Bryce Dallas Howard, uma dona-de-casa que posa de defensora das crianças da África mas propõe uma nova lei que proíbe os negros de usarem o mesmo banheiro que os brancos. A mãe de Skeeter (a ótima Allison Janney) passa por uma transformação rápida demais de mulher racista para defensora das ideias da filha. Falta ao filme um clima maior de tensão; as atitudes de Skeeter e as declarações das mulheres negras certamente causariam reações violentas, possivelmente letais, e não apenas rostos chocados de um grupo de donas-de-casa. Falta, essencialmente, um engajamento maior. Como entretenimento leve, "Histórias Cruzadas" certamente vai agradar o grande público, em particular o feminino, e vale pelas boas interpretações de Davis, Spencer e Chastain.
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