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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Imperdoável (The Unforgivable, 2021)

Imperdoável (The Unforgivable, 2021). Dir: Nora Fingscheidt. Netflix. Dramalhão de Supercine que dá para assistir pelo bom elenco. Sandra Bullock estava já com 56 anos nas filmagens e, pelo que entendi, interpreta uma mulher de uns 45. Ela está bem, apesar do rosto bem plastificado. Ela é Ruth Slater, uma mulher que é solta da prisão após cumprir 20 anos pelo assassinato de um policial. A cena do crime é vista em fragmentos durante o filme e é propositalmente confusa. Ruth estava defendendo a própria casa de uma reintegração de posse e não queria se separar da irmã mais nova, Kate.

Vinte anos depois, livre da prisão, Ruth tem como missão reencontrar a irmã, que foi adotada por outra família e tem apenas vagas lembranças do passado. O elenco, como disse, é bom. Vincent D´Onofrio interpreta um advogado que aceita ajudar Ruth. A esposa dele é a grande Viola Davis, totalmente desperdiçada e que faz só umas três cenas. Jon Bernthal é um companheiro de trabalho. Richard Thomas (caramba.... o John Boy?? rs) é o pai adotivo de Kate (Aisling Franciosi).

As filmagens foram interrompidas pela pandemia e retomadas depois, o que talvez explique o sumiço do personagem de D'Onofrio na parte final. Um cara que interpreta o chefe de Sandra Bullock também some sem explicações. É filme de Supercine, mas tem seus momentos. Tá na Netflix.
 

sábado, 24 de setembro de 2016

Sete Homens e Um Destino (2016)

Claro que o que todo mundo vai perguntar se este filme é melhor do que a versão consagrada de 1960, dirigida por John Sturges. A resposta, claro, é não. Poucas coisas são mais cool do que Yul Brynner em um cavalo, certo? Ainda mais quando acompanhado de gente como Steve McQueen, Charles Bronson, James Coburn, Robert Wagner, etc (sem falar de Eli Wallach). A nova versão, porém, é bem melhor do que se poderia esperar, principalmente por causa do elenco.

Denzel Washington todo de preto montado em um cavalo não é nenhum Brynner, mas é, a seu modo, bastante cool. Chris Pratt está bem como o substituto de McQueen e o resto do elenco é composto por um ótimo Ethan Hawke (um pistoleiro traumatizado pela Guerra Civil), Vincent D´Onofrio como um rastreador, Buyng-hung Lee como um chinês especializado em facas, Manuel Garcia-Hulfo como um pistoleiro mexicano e Martin Sensmeier como um índio comanche. Como se vê, a versão "século XXI" da história primeiro contada por Akira Kurosawa em "Os Sete Samurais" (1954) tenta ser bem mais "inclusiva" do que o elenco totalmente branco do Western de Sturges. Há ainda um papel feminino bastante forte interpretado por Haley Bennett, que faz uma viúva que contrata Washington e seu bando para proteger uma pequena cidade de um cruel minerador chamado Bogue (Peter Sarsgaard, apropriadamente asqueroso mas um tanto exagerado).


O roteiro (co-escrito por Nic Pizzolatto, da extraordinária série True Detective, da HBO) segue de perto as versões de Kurosawa e Sturges, com algumas modificações. O grupo montado por Denzel Washington não só é mais diverso como também é mais ambíguo, principalmente na sua motivação. A versão de 1960 deixava claro que os camponeses podiam pagar muito pouco para os pistoleiros; já aqui, apesar do pagamento também ser pequeno, há implícita a promessa da divisão da grande quantidade de ouro que há nas minas da cidade. A direção é de Antoine Fuqua, que já trabalhou com Denzel Washington antes em "Dia de Treinamento" (também com Ethan Hawke) e "O Protetor". Fuqua dirige bem, sem pressa nem aquelas câmeras tremidas da maioria dos filmes modernos de ação. Há um bom senso da geografia da cidade e seus arredores. Os atores são bem dirigidos e há boa química entre Washington, Pratt e a garota, Bennett. A trilha foi a última composta por James Horner, que morreu em acidente aéreo em 2015, e tem várias de suas assinaturas conhecidas (como uso da flauta japonesa, o shakuhachi).

O ritmo lento é uma vantagem e um desvantagem. As (boas) cenas de ação acabam ficando um pouco dispersas pelos 132 minutos de filme. Quando as balas começam a voar, porém, vale a pena a espera. Dificilmente vai virar um clássico, mas para um Western moderno esta versão rende uma boa sessão de cinema.

João Solimeo