Mostrando postagens com marcador western. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador western. Mostrar todas as postagens

domingo, 9 de julho de 2023

Retorno da Lenda (Old Henry, 2021)

Retorno da Lenda (Old Henry, 2021). Dir: Potsy Ponciroli. Netflix. Faroeste dos bons, estrelado por Tim Blake Nelson e Stephen Dorff. Nelson é Henry, um velho fazendeiro com um passado misterioso. Ele mora com o filho adolescente em um sítio isolado e gosta de cuidar da própria vida. Só que um dia ele encontra um homem ferido próximo à sua propriedade. Junto dele há uma mala cheia de dinheiro. Henry leva o rapaz para sua casa e o amarra à cama. Não demora muito para três pistoleiros chegarem à procura do dinheiro. Eles são liderados por Ketchum (um bom Stephen Dorff), que diz ser um xerife à procura de um fugitivo. Henry não se convence e diz que não encontrou ninguém. Estabelece-se assim um impasse. Os pistoleiros vão embora, mas é claro que vão voltar.

O filme é melhor do que a descrição. É feito de muitos silêncios, em boa interpretação de Tim Blake Nelson, que já fez vários papéis como coadjuvante (como em "E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?", dos irmãos Coen). O filme se torna bem violento de tem um belo tiroteio no ato final. Tá na Netflix.

domingo, 23 de abril de 2023

Deixe-o Partir (Let him go, 2020)

Deixe-o Partir (Let him go, 2020). Dir: Thomas Bezucha. Netflix. Pelo título, capa e sinopse, "Deixe-o partir" parece uma daqueles dramalhões para se assistir em um sábado à noite, cheio de lágrimas e lições de vida. Na verdade, o filme é uma espécie de Western moderno, passado nos anos 1960, com um elenco encabeçado por um sóbrio Kevin Costner e por Diane Lane (curiosamente, os dois interpretaram os pais adotivos do Superman de Henry Cavill). Costner e Lane são um casal entrando na terceira idade que têm um rancho onde criam cavalos. O filho mais velho morre em um trágico acidente, deixando uma jovem esposa e um garotinho, Jimmy, para trás.

Alguns anos depois, a viúva se casa de novo com um rapaz chamado Donnie Weboy (Will Brittain), que não é coisa boa. O rapaz bate na esposa e no enteado pequeno, para desespero de Diane Lane, avó do menino. Um dia ela vai visitá-los e descobre que eles desapareceram sem dar notícia. Lane volta para casa, arruma uma mala grande para ela e para o marido. "O que você pretende fazer?", pergunta Costner. "Vou pegar meu neto", responde a mulher. Começa assim um "road movie" em que o velho casal vaga pelo meio oeste americano em busca da nora e do neto. As poucas notícias que eles encontram sobre a família Weboy não são boas. Costner tenta dissuadir a mulher, alegando que a mãe do menino nunca vai deixá-lo partir. Ela é irredutível.

Não vou revelar o que acontece depois, mas o filme se torna cada vez mais sombrio e pesado. A atriz Lesley Manville está ótima com uma matriarca que parece ter saído de algum Western antigo. Há ecos de John Ford e dos irmãos Coen. A fotografia é sombria e o filme tem boa trilha sonora de Michael Giacchino. Kevin Costner e Diane Lane estão ótimos como o velho casal. Tá na Netflix.

domingo, 2 de janeiro de 2022

Vingança e Castigo (The Harder They Fall, 2021)

Vingança e Castigo (The Harder They Fall, 2021). Dir: Jeymes Samuel. Netflix. Western revisionista da Netflix que me surpreendeu. Quando o filme começou, com abertura estilizada, música moderna de hip hop e cenas em câmera lenta, achei que fosse ser mais uma daquelas produções que tentam emular filmes de Tarantino, cheias de estilo mas (ao contrário de Tarantino) sem nada a mais. O diretor, Jeymes Samuel, é um músico negro de Londres que faz aqui sua estreia como diretor e roteirista; o resultado é um filme vibrante, estilizado até a última gota, sim, mas que não é só uma longa piada com o gênero Western, mas um Western "de verdade". A influência de Tarantino está em todos os planos, lembrando que o próprio Tarantino já havia "emprestado" esses planos do italiano Sergio Leone (que os havia roubado dos mestres americanos, e assim por diante).

É um filme de vingança. Na cena de abertura, um cruel bandido entra em uma casa e mata o pai e a mãe de um garoto a sangue frio. O bandido ainda puxa um canivete e marca uma cruz na testa do garoto. Anos depois, o menino cresceu para se tornar Nat Love (Jonathan Majors), o líder de uma gangue. Nat está atrás do homem que o marcou quando criança, Rufus Buck (o grande Idris Elba). Idris Elba, aliás, só é visto depois de uns vinte minutos de filme, mas sua mera presença já é suficiente para causar medo e respeito. Rufus Buck é chamado várias vezes de "Demônio", e seu personagem é realmente assustador.

O elenco é ótimo e praticamente todos os personagens são negros. A gangue de Nat Love tem Delroy Lindo e Zazie Beetz (da série "Atlanta" e do filme "Coringa"). A gangue de Rufus tem Regina King (roubando todas as cenas) e Lakeith Stanfield (também de "Atlanta" e "Judas e o Messias Negro"). A trilha é do próprio diretor e conta com canções de Seal, Miss Lauryn Hill, Jay Z, entre outros. O filme está na Netflix, mas a tela larga e enquadramento foram claramente pensados para uma telona de cinema. Com duas horas e dezenove minutos, poderia ter umas cenas a menos (há uma sequência de assalto em uma "cidade branca" que poderia ter sido descartada, apesar de uma "revelação" engraçada sobre um dos personagens). É bastante violento, com tiros na cabeça, sangue voando, dentes arrancados, etc, embora seja uma violência (também) estilizada. Tá na Netflix.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

A Qualquer Custo (Hell or High Water, 2016)

"HELL OR HIGH WATER" ("A Qualquer Custo", no Brasil) é um western moderno dos bons. Ele é lindamente fotografado por Giles Nuttgens (o filme abre com um plano sequência belíssimo), dirigido por David Mackenzie (de "Sentidos do Amor") e escrito por Taylor Sheridan (do matador "Sicario").

Chris Pine e Ben Foster são dois irmãos que acordam cedo, entram no carro e vão assaltar bancos em pequenas cidades das vastas paisagens texanas. Pelo caminho vemos a decadência da economia local; anúncios de casas, negócios à venda e ofertas de empréstimos estão por toda parte. Só os bancos e as bombas de petróleo parecem estar rendendo bem.
Aos poucos o roteiro vai nos informando o porquê dos assaltos feitos pelos irmãos e o filme é bastante eficaz na humanização dos personagens. Há também o outro lado, protagonizado pelo grande Jeff Bridges como o policial velho que está para se aposentar e quer resolver um último caso antes de pendurar o distintivo. Sim, é um clichê, mas o roteiro e Bridges são tão bons que você perdoa. Um policial mestiço de índio com mexicano (interpretado muito bem por Gil Birmingham) é o parceiro de Bridges na investigação dos assaltos. O personagem de Jeff Bridges se refere a ele o tempo todo através de insultos racistas, mas aos poucos percebe-se que há grande respeito e amizade entre os dois.
O roteiro traça bons paralelos entre as ações dos irmãos e dos policiais, com cenas que se espelham (há duas cenas envolvendo garçonetes que são muito bem escritas). Sempre gostei de Ben Foster (que está brilhante aqui), mas a interpretação de Chris Pine me surpreendeu bastante, ele nunca esteve tão bem nas telas. E quando você acha que já sabe como tudo vai terminar as coisas ficam bastante sérias e o filme te pega de surpresa. As ações tanto dos irmãos quanto dos policiais trazem consequências sérias que levam o filme a um nível mais amargo e soturno. Assim como em Sicário, o roteiro de Sheridan mostra personagens moralmente ambíguos em uma trama que não é simplesmente a luta do "bem" contra o "mau". Grande filme.

João Solimeo

sábado, 24 de setembro de 2016

Sete Homens e Um Destino (2016)

Claro que o que todo mundo vai perguntar se este filme é melhor do que a versão consagrada de 1960, dirigida por John Sturges. A resposta, claro, é não. Poucas coisas são mais cool do que Yul Brynner em um cavalo, certo? Ainda mais quando acompanhado de gente como Steve McQueen, Charles Bronson, James Coburn, Robert Wagner, etc (sem falar de Eli Wallach). A nova versão, porém, é bem melhor do que se poderia esperar, principalmente por causa do elenco.

Denzel Washington todo de preto montado em um cavalo não é nenhum Brynner, mas é, a seu modo, bastante cool. Chris Pratt está bem como o substituto de McQueen e o resto do elenco é composto por um ótimo Ethan Hawke (um pistoleiro traumatizado pela Guerra Civil), Vincent D´Onofrio como um rastreador, Buyng-hung Lee como um chinês especializado em facas, Manuel Garcia-Hulfo como um pistoleiro mexicano e Martin Sensmeier como um índio comanche. Como se vê, a versão "século XXI" da história primeiro contada por Akira Kurosawa em "Os Sete Samurais" (1954) tenta ser bem mais "inclusiva" do que o elenco totalmente branco do Western de Sturges. Há ainda um papel feminino bastante forte interpretado por Haley Bennett, que faz uma viúva que contrata Washington e seu bando para proteger uma pequena cidade de um cruel minerador chamado Bogue (Peter Sarsgaard, apropriadamente asqueroso mas um tanto exagerado).


O roteiro (co-escrito por Nic Pizzolatto, da extraordinária série True Detective, da HBO) segue de perto as versões de Kurosawa e Sturges, com algumas modificações. O grupo montado por Denzel Washington não só é mais diverso como também é mais ambíguo, principalmente na sua motivação. A versão de 1960 deixava claro que os camponeses podiam pagar muito pouco para os pistoleiros; já aqui, apesar do pagamento também ser pequeno, há implícita a promessa da divisão da grande quantidade de ouro que há nas minas da cidade. A direção é de Antoine Fuqua, que já trabalhou com Denzel Washington antes em "Dia de Treinamento" (também com Ethan Hawke) e "O Protetor". Fuqua dirige bem, sem pressa nem aquelas câmeras tremidas da maioria dos filmes modernos de ação. Há um bom senso da geografia da cidade e seus arredores. Os atores são bem dirigidos e há boa química entre Washington, Pratt e a garota, Bennett. A trilha foi a última composta por James Horner, que morreu em acidente aéreo em 2015, e tem várias de suas assinaturas conhecidas (como uso da flauta japonesa, o shakuhachi).

O ritmo lento é uma vantagem e um desvantagem. As (boas) cenas de ação acabam ficando um pouco dispersas pelos 132 minutos de filme. Quando as balas começam a voar, porém, vale a pena a espera. Dificilmente vai virar um clássico, mas para um Western moderno esta versão rende uma boa sessão de cinema.

João Solimeo

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Cavalgada dos Proscritos (Netflix)

"Cavalgada dos Proscritos" (título moralista para "The Long Riders") é um filme de 1980 dirigido por Walter Hill (que faria sucesso com "48 Horas" em 1982). É um bom faroeste com uma sacada interessante de elenco: irmãos na vida real interpretam irmãos na ficção. David, Keith e Robert Carradine interpretam os irmãos Younger; James e Stacy Keach são Jesse James e Frank James; Dennis e Randy Quaid são os irmãos Miller; Christopher e Nicholas Guest são os irmãos Ford.

O filme trata da história do famoso bandido americano Jesse James (James Keach), que depois da Guerra de Secessão assaltou vários bancos e trens no estado do Missouri. A ferrovia contratou a famosa Agência de Detetives Pinkerton para caçar James e seu bando.

Os irmãos Keach, além de atuarem, também co-escreveram e co-produziram o filme, que tem bela fotografia em tons dourados feita por Ric Waite e trilha sonora de Ry Cooder. A história foi contada novamente em 2007 no longo e introspectivo "O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford", de Andrew Dominik, estrelado por Brad Pitt. (leia mais abaixo)


A versão de Hill é mais crua e realista, no estilo dos anos 1970. Há uma espetacular sequência de tiroteio quando um roubo a banco não sai como se esperava, com ótima edição e uma quantidade inacreditável de tiros trocados pelos bandidos e os agentes da lei. O elenco é bom, embora o papel de Jesse James seja interpretado pelo ator mais fraco do grupo, James Keach (Stacy Keach, por outro lado, está ótimo). "Cavalgada dos Proscritos" está disponível no Brasil na Netflix.

João Solimeo

sábado, 11 de janeiro de 2014

Tarantino prepara novo Western

De acordo com o The Hollywood Reporter, Quentin Tarantino já tem data marcada para começar a filmar seu próximo filme, que seria rodado no verão de 2014.

Depois do sucesso de "Django Livre", Tarantino vai escrever e dirigir outro Western, que por enquanto tem o título provisório de "The Hateful Eight" ("Os oito odiados", em tradução livre). Seria uma referência a "Sete Homens e um Destino", clássico que John Sturges dirigiu em 1960? O filme de Sturges já era uma releitura americana de outro clássico, "Os Sete Samurais", do mestre japonês Arika Kurosawa. Por enquanto, só estaria confirmada a presença de Christoph Waltz no elenco. O ator austríaco já trabalhou em duas produções anteriores de Tarantino (e ganhou dois Oscars), "Bastardos Inglórios" e "Django Livre".

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Appaloosa

Ed Harris dirigiu, atuou, co-escreveu e co-produziu este faroeste à moda antiga. Harris já provou em vários filmes que é um ator excelente, e em "Pollock" (2000) que também podia ser um ótimo diretor. Neste filme ele volta à direção em um personagem bem mais comedido e centrado que em seu trabalho anterior. Em Appaloosa ele é Virgil Cole, uma figura quieta, introspectiva e mortal quando contrariado. Ele tem um parceiro de aventuras com quem trabalha há doze anos, Everett Hitch (Viggo Mortensen), que é seu comparsa, seu amigo e seu anjo da guarda quando as coisas esquentam. Os dois são contratados para livrar a cidade de Appaloosa de um cruel minerador chamado Randall Bragg (Jeremy Irons), que matou o delegado anterior a sangue frio e está aterrorizando a cidade. Cole e Hitch não passam de matadores contratados, mas é o oeste americano em 1882, e a lei era feita sempre pelo mais forte, ou o mais rápido no gatilho. Os dois mal tem tempo de se instalar na cidade e a matança começa. Há uma cena muito boa em que Bragg e seu bando vem conversar com Cole e Hitch e por um momento achamos que a guerra vai acontecer naquele momento, mas o roteiro é muito bom e tem um respeito enorme pelas palavras.

Chega então à cidade uma mulher chamada Allie French (Renée Zellweger), que atrai a atenção de Hitch mas é Cole quem a conquista rapidamente, prometendo um lugar para ficar e um emprego como pianista no hotel da cidade. Já imaginamos o velho clichê em que a mulher vai terminar com a amizade dos dois homens mas, repito, o roteiro é mais inteligente do que isso. Allie é uma mulher que sabe usar sua suposta vulnerabilidade para conquistar o coração dos homens e pode ser vista como uma manipuladora ou simplesmente como uma mulher tentando sobreviver. Mas a ligação entre Cole e Hitch é tão grande que não é fácil de ser quebrada. Ed Harris dirige de forma brilhante e sua performance ao lado de Viggo Mortensen é ótima. Os dois são homens de poucas palavras, e em algumas cenas diálogos inteiros são substituídos por apenas um olhar rápido entre os dois. Seu relacionamento me lembrou o de Henry Fonda e Anthony Quinn em "Minha Vontade é a Lei" (Warlock, 1959), de Edward Dmytryk, em que Fonda era o pistoleiro famoso enquanto Quinn era seu guarda costas.

A fotografia de Deam Seamler, fotógrafo veterano que já havia feito faroestes como "Dança com Lobos", e que neste filme voltou a trabalhar com película depois de uma série de filmes rodados em suporte digital. A tela em widescreen é usada para capturar as largas paisagens americanas ou para enquadrar os poucos, mas eficientes, duelos do filme. Percebe-se um grande cuidado na reconstituição de época, figurinos, detalhes e na cenografia da cidade fictícia de Appaloosa, construída para a produção. O filme foi lançado em DVD e contém extras muito bons sobre os bastidores, entrevistas com o elenco e equipe técnica.


terça-feira, 25 de março de 2008

Onde os fracos não têm vez


O vencedor do Oscar de Melhor Filme deste ano foi “Onde os Fracos não Têm Vez” (“No country for old men”), escrito e dirigido pelos irmãos Joel e Ethan Coen. O filme, de fato, é magnífico, mas não tem o “formato” de costume dos vencedores da Academia. Ele é lento e implacável, assim como seu vilão, vivido por um Javier Barden inspirado. Fica a mesma sensação desconfortável que se sente ao final de “Fargo” (1996), outra obra prima dos irmãos Coen, e há elementos parecidos (o dinheiro do crime, o policial comum confuso com a situação, etc). Todo o elenco está brilhante. Tommy Lee Jones faz um xerife velho, cansado e confuso com o tipo de crimes que vê à sua volta. São crimes sem sentido, gratuitos e violentos, frutos da sociedade moderna. O filme trata da inevitabilidade da morte. E a morte, aqui, tem a forma de um assassino com um cabelo esquisito, voz grossa e frases de efeito, que por vezes joga com a sorte para decidir o destino de suas vítimas. Javier Barden foi premiado como Melhor Ator pela Academia por sua brilhante interpretação.

Um filme acima de tudo silencioso, quase sem trilha sonora, composto por grandes paisagens e pequenos homens andando por elas. É a desconstrução do antigo “western” americano. É brilhante o modo como os Coen vão introduzindo os personagens e contando sua história através das imagens. A seqüência em que Llwelyn Moss (Josh Brolin, de “O Gângster”) descobre as vans dos traficantes abandonadas no deserto, cercadas de mortos, é perfeita. Vemos passo a passo o resultado do que deve ter sido um tremendo tiroteio e tentamos adivinhar o que o personagem vai fazer. Nem ele sabe, na verdade, e vamos descobrindo junto com ele.O final, em aberto, deixou muita gente confusa nas salas de cinema do mundo todo. Não é um final "comum". As coisas não se "resolvem" como normalmente. Como na vida, só há uma coisa que "resolve" tudo, que é a morte. Mas há lugar para a esperança em um sonho do policial vivido por Tommy Lee Jones; ele sonha com o pai, cavalgando enrolado em um cobertor, em meio à neve, carregando brasas para uma fogueira. Ele vai chegar lá um dia, naquele lugar quente e aconchegante, o pai esperando por ele. “Onde os fracos não têm fez” foi baseado no livro de Cormac McCarthy, e também venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.