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quarta-feira, 11 de março de 2015
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
O Abutre
Lou Bloon (Jake Gyllenhaal) é um trambiqueiro que vive de pequenos furtos em Los Angeles. Uma noite ele vê uma equipe de cinegrafistas gravando um acidente e tem uma inspiração. Com o dinheiro de uma bicicleta roubada ele compra um rádio de polícia, uma câmera de vídeo e passa as noites escutando os chamados de emergência, em busca de alguma ocorrência.
Uma de suas primeiras filmagens, um sangrento homicídio, chama a atenção de Nina (Rene Russo, por onde andava ela?) a editora de uma pequena rede de TV de Los Angeles. Ela é obcecada por audiência, como toda jornalista, mas sua falta de ética encontra eco nas imagens cruas de Lou. "Me traga mais material como este", ela diz ao rapaz.
Jake Gyllenhaal já provou ser bom ator em filmes como "Zodíaco", de David Fincher, e "O Homem Duplicado", de Denis Villeneuve, mas ele está irreconhecível na pele de Lou Bloon, desaparecendo em um personagem completamente sem escrúpulos. Lou não conhece limites éticos; seu objetivo é um só: chegar primeiro à ocorrência e conseguir as imagens mais chocantes. Com uma voz afetada, ele recita sem parar regras de negócios e frases de efeito que aprendeu online e, surpreendentemente, consegue até contratar um estagiário, Rick (Riz Ahmed); com um GPS na mão, Rick orienta Lou pelas ruas de Los Angeles, tentando encontrar o melhor caminho até uma ocorrência. As cenas noturnas que mostram Lou cruzando as ruas em um carro vermelho, aliás, lembram muito o visual do filme "Drive", de Nicolas Winding Refn. (leia mais abaixo)
Em um mundo cada vez mais interessado na imagem, qual o papel do jornalismo? Há uma ótima cena em que Lou, em um jantar, diz a Nina como ele é importante para a emissora; segundo ele, apenas uma pequena parte do jornal é dedicado às notícias de política e do mundo. O resto é preenchido com material sensacionalista sobre crimes e problemas da cidade. Observe como a cena começa como o que parece ser um encontro romântico (e até ingênuo) e termina com Lou chantageando Nina para que ela durma com ele em troca de imagens para seu telejornal.
"O Abutre" é o primeiro longa-metragem dirigido pelo roteirista Dan Gilroy (de "Gigantes de Aço" e "O Legado Bourne"). Ele é irmão de Tony Gilroy, diretor de "Conduta de Risco" e roteirista da trilogia "Bourne". O filme, quase todo noturno, é muito bem fotografado por Robert Elswit, colaborador habitual de Paul Thomas Anderson ("Magnólia", "Sangue Negro"). Há certo exagero (esperemos que sim) na capacidade maquiavélica de Lou em manipular as informações e até em criar situações que rendem boas imagens, mas "O Abutre" funciona muito bem como um alerta para a baixa qualidade do jornalismo atual. O filme ganhou muito elogios entre os críticos e é um dos candidatos sérios para o próximo Oscar.
João Solimeo
João Solimeo
quinta-feira, 10 de julho de 2014
O lugar onde tudo termina
Este é daqueles filmes em que a inevitabilidade do destino parece ditar cada passo, cada respiro dos personagens. É, ao mesmo tempo, opressor e liberador. Sobreviver ou não depende do quanto se aceita ou se luta contra a própria sorte.
Luke (Ryan Gosling, de "Drive", em personagem estranhamente parecido) nasceu para pilotar motos. Ele tem o corpo todo tatuado e leva uma vida errante, acompanhando um parque de diversões como piloto no Globo da Morte. Ao retornar para a pequena cidade de Schenectady, Nova York, descobre que um caso passageiro que teve no ano anterior resultou em um filho, Jason. A mãe, Romina (Eva Mendes), trabalha como garçonete e está morando com um homem honesto e trabalhador, Kofi (Mahershala Ali, de "House of Cards"). Ao saber do filho, Luke sonha em reconquistar Romina e prover para o garoto, mas a única forma que ele consegue imaginar para fazê-lo é roubando bancos da região, dos quais foge, como raio, em sua motocicleta. (leia mais abaixo)
Avery Cross (Bradley Cooper, diferente dos papéis em "Trapaça" e "O Lado Bom da Vida") é um policial que é ferido ao trocar tiros com um bandido também na cidade de Schenectady. Os meses de recuperação colocam pressão sobre seu casamento e o expõem a um lado corrupto da polícia que ele não conhecia. É só a figura do grande ator Ray Liotta aparecer como policial para que o espectador saiba que há algo de muito errado na corporação. Avery tem que decidir se embarca nos esquemas de corrupção ou tenta sair deles. Quem sabe ele não poderia usar da oportunidade para se promover politicamente?
O filme acompanha também as vidas de dois adolescentes de 16 anos, Jason (Dane DeHaan, de "O Espetacular Homem-Aranha 2") e A.J. (Emory Cohen). Os dois frequentam a mesma escola, em Schenectady, e começam a se envolver com drogas e pequenos delitos. Jason não sabe quem é seu pai de verdade. A mãe diz que ele morreu em um acidente de carro.
Não vou revelar o modo como estas três histórias se ligam. O fato é que o roteiro do diretor Derek Cianfrance ("Namorados para Sempre") é ambicioso e não foge de grandes decisões. Causas nem sempre são acompanhadas por consequências de forma imediata. Um espaço de 15 anos separa a primeira cena (um ótimo plano sequência mostrando Ryan Gosling caminhando para o Globo da Morte) da última (outro personagem partindo em uma moto). Com 140 minutos de duração, "O lugar onde tudo termina" é grande cinema, para ser visto com atenção. Disponível na Netflix.
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domingo, 18 de maio de 2014
Godzilla
O primeiro filme do monstro Godzilla foi lançado há 60 anos. O Japão havia sido devastado pela 2ª Guerra Mundial, tendo sofrido dois ataques nucleares, em 1945. Menos de dez anos depois o diretor Ishiro Honda lançou "Godzilla", que contava a história de um monstro acordado por um explosão nuclear. Ele fez tanto sucesso que gerou uma série de quase 30 filmes, inclusive uma versão americana (universalmente detestada) dirigida por Roland Emmerich ("Independence Day", "2012", "O Dia depois do Amanhã") em 1998.
Apesar do lagartão ter protagonizado alguns filmes japoneses neste novo milênio, era inevitável que Hollywood acabasse tentando novamente, o que aconteceu agora no aniversário de 60 anos do monstro. O responsável pelo filme é o diretor britânico Gareth Edwards, um garoto prodígio dos efeitos especiais que fez um longa metragem (chamado "Monstros"...claro) em 2010 em que foi diretor, produtor, roteirista e responsável pelos efeitos visuais. O novo "Godzilla", sem mais delongas, é uma decepção. Uma brilhante campanha publicitária criou trailers cheios de suspense em que pouca coisa era revelada; alguns usaram até a música do romeno Gyorgy Ligeti (usada em "2001 - Uma Odisseia no Espaço") e a narração de J. Robert Oppenheimer (o criador da Bomba Atômica) para da um ar mais "sério" ao filme. Pouco se via do próprio Godzilla ou detalhes do roteiro.
(Atenção, o texto abaixo contém SPOILERS sobre o filme. Caso não queira saber detalhes, leia somente depois de vê-lo)
O filme que chega aos cinemas, no entanto, está longe das boas sacadas da campanha publicitária. A começar pelo fato de que Bryan Cranston (famoso pela série "Breaking Bad", mas que também esteve em bons filmes como "Drive" e "Argo") não só não é o protagonista como "desaparece" rapidamente, deixando o filme nas costas de Aaron Taylor-Johnson (de "Anna Karenina"). O vazio deixado pela morte precoce de Cranston é enorme e o filme cai nos clichês de sempre. Johnson é um soldado americano que precisa "voltar para a família" e, convenientemente, é um especialista em bombas, o que já deixa implícito como é que o filme vai terminar. Dois monstros chamados de "Muto" causam destruição por onde passam e o exército quer tentar matá-los usando bombas nucleares, mesmo tendo sido alertados pelo personagem interpretado pelo japonês Ken Watanabe de que eles se alimentam de radiação. Ele tenta também convencer os americanos de que o melhor é deixar a "Natureza encontrar seu equilíbrio" na forma de Godzilla, um lagarto de centenas de metros de altura que, neste filme, não é o vilão que fomos levados a acreditar. Além disso, o diretor fica brincando de esconde-esconde com Godzilla e os monstros e, estranhamente, deixa de mostrar quase todos os confrontos entre eles, preferindo cortar para os personagens humanos, ainda mais superficiais que os bichões digitais, ou para reportagens na TV. Se a proposta ao menos fosse como a do (tremendamente superior) "Cloverfield", produzido por J.J. Abrams, em que o monstro era visto propositalmente apenas de relance, ainda daria para entender. Do modo como foi feito por Edwards, a opção não faz sentido. E como explicar que a explosão de uma bomba nuclear na baía de São Francisco não cause a morte de toda a cidade?
Bons atores como David Strathairn, Ken Watanabe, Sally Hawkins (de "Blue Jasmine") e Juliette Binoche estão desperdiçados em personagens patéticos ou clichês, e Aaron Taylor-Johnson (que mantém a mesma expressão facial o filme todo) simplesmente não tem carisma para segurar a trama sozinho. O filme (ruim) de 1998, ao menos, sabia se divertir com as próprias falhas.
domingo, 30 de dezembro de 2012
Uma Lista para 2012
Todo final de ano surgem as listas dos "melhores do ano". Aqui no Câmera Escura não poderia ser diferente, mas vou evitar falar em "melhores". Esta é uma lista para 2012. Filmes que, de alguma forma, chamaram a atenção, sem nenhuma ordem específica. Deixei de lado alguns que foram exibidos em 2012 aqui no Brasil, mas foram lançados ano passado nos Estados Unidos. Divirtam-se.
Argo - Filme comercial de primeira. Ben Affleck mostrando que é ótimo diretor.
Looper - A ficção-científica do ano. Inteligente, ousado, comercial.
Drive - Estiloso, cool, muito bem interpretado e dirigido. Filme cult instantâneo.
Valente - A Pixar incorporando a Disney e fazendo uma boa animação com uma personagem forte.
Elefante Branco - Pablo Tapero e Ricardo Darín mais uma vez chocando e denunciando.
O Som ao Redor - Estréia de Kleber Mendonça Filho no longa-metragem. Redondo, perto da perfeição.
Histórias que só existem quando lembradas - Filme nacional que quase ninguém viu. Uma joia escondida.
Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios - Beto Brant e Renato Ciasca em um filme pesado com grandes interpretações de Camila Pitanga (surpreendente) e Zecarlos Machado.
As Neves do Kilimanjaro - Bom filme europeu com mensagem social importante.
O Porto - Pequena obra-prima, para não perder.
Tomboy - História sensível de uma garota que pensa (ou quer) ser um menino.
As Mulheres do Sexto Andar - Gostosa comédia francesa sobre o choque de culturas e classes sociais.
Argo - Filme comercial de primeira. Ben Affleck mostrando que é ótimo diretor.
Looper - A ficção-científica do ano. Inteligente, ousado, comercial.
Drive - Estiloso, cool, muito bem interpretado e dirigido. Filme cult instantâneo.
Valente - A Pixar incorporando a Disney e fazendo uma boa animação com uma personagem forte.
Elefante Branco - Pablo Tapero e Ricardo Darín mais uma vez chocando e denunciando.
O Som ao Redor - Estréia de Kleber Mendonça Filho no longa-metragem. Redondo, perto da perfeição.
Histórias que só existem quando lembradas - Filme nacional que quase ninguém viu. Uma joia escondida.
Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios - Beto Brant e Renato Ciasca em um filme pesado com grandes interpretações de Camila Pitanga (surpreendente) e Zecarlos Machado.
As Neves do Kilimanjaro - Bom filme europeu com mensagem social importante.
O Porto - Pequena obra-prima, para não perder.
Tomboy - História sensível de uma garota que pensa (ou quer) ser um menino.
As Mulheres do Sexto Andar - Gostosa comédia francesa sobre o choque de culturas e classes sociais.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Drive
O mais impressionante sobre "Drive" é como o diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn consegue manter o filme no eixo. Seria simples optar por uma saída fácil e, com os elementos que ele tem na mão (um piloto excepcional, carros envenenados, as ruas de Los Angeles) transformar o filme em uma versão paralela de "Velozes e Furiosos" ou produtos do gênero.
Ryan Gosling (cada vez melhor) é um piloto nato. Ele faz serviços como dublê para produções de cinema e trabalha como mecânico. Sua habilidade ao volante, no entanto, também lhe garante serviços como piloto de fuga para bandidos, à noite. As regras são simples: por cinco minutos, ele trabalha para você. Ele não participa do roubo e não anda armado, apenas senta e espera. Terminado o assalto, ele consegue fugir dos policiais através do conhecimento preciso das ruas de Los Angeles e habilidade na direção. O filme começa com um desses assaltos, e a sequência é um primor de edição e suspense. Escutando a frequência do rádio da polícia e a narração de um evento esportivo, ele consegue despistar os policiais e se perder na multidão da saída do estádio. Tudo feito com a precisão de um relógio.
Gosling faz um personagem tão centrado que o espectador nem percebe que ele sequer tem um nome. Seu empresário e parceiro Shannon (Bryan Cranston) o chama simplesmente de "garoto". Ele mora sozinho em um prédio de Los Angeles, não tem família ou passado. Sua armadura só se abre quando ele conhece Irene (Carey Mulligan, de "Educação", adorável como sempre), uma jovem mãe que mora no mesmo andar. Os dois se conhecem quando o carro dela quebra e ela o leva na oficina de Gosling. A atração entre os dois é óbvia desde o primeiro minuto, mas não é apenas física. Há cenas em que ambos ficam apenas olhando um para o outro, e o rosto fechado do rapaz esboça sorrisos de calma felicidade simplesmente por estar sentado com o filho dela vendo televisão. Claro que tudo vai dar errado em breve, mas é notável o modo como o diretor tem controle sobre o ritmo do filme. As coisas se complicam quando o marido de Irene, que estava na prisão, é solto e volta para casa. Ele deve dinheiro para criminosos e, caso não pague, eles vão machucar Irene e o filho. Gosling oferece ajuda, mas as coisas não saem como o esperado e o filme, de repente, mergulha em um banho de sangue.
Há algumas semelhanças com "Taxi Driver" (1976), de Martin Scorsese, outro filme violento sobre um motorista. Os personagens principais são solitários, aparentemente comuns mas capazes de atos de violência inesperados. "Drive" tem um visual e uma ambientação que lembram o final dos anos 70 e início dos 80, um pouco de Scorsese misturado com a série de televisão "Miami Vice". Os créditos iniciais são escritos em rosa escuro e mostram o rapaz dirigindo pela cidade ao som de "Nightcall" (ouça), do artista Kavinsky. Os vilões são um capítulo à parte. Albert Brooks, geralmente associado a comédias leves, interpreta Bernie Rose, um chefão do crime a quem Shannon, chefe do rapaz, vai pedir dinheiro emprestado para investir em um carro de Stock Car. Brooks está irreconhecível e perfeito, uma pena que, assim como Gosling, tenha sido esquecido nas indicações ao Oscar. Outro bandido de peso é Nino, interpretado por Ron Perlman, que dispensa comentários.
"Drive" entrou na lista de melhores filmes de 2011 de muitos críticos, causou sensação em Cannes e Nicolas Winding Refn ganhou o prêmio de melhor diretor no prestigiado festival francês. Pena que a Academia americana não tenha indicado o filme a quase nenhum prêmio ("Drive" foi indicado apenas em uma categoria técnica, Melhor Edição de Som). O filme tem todas as características para se tornar um cult. Imperdível.
Câmera Escura
Trailer (não veja caso não tenha visto o filme)
Ryan Gosling (cada vez melhor) é um piloto nato. Ele faz serviços como dublê para produções de cinema e trabalha como mecânico. Sua habilidade ao volante, no entanto, também lhe garante serviços como piloto de fuga para bandidos, à noite. As regras são simples: por cinco minutos, ele trabalha para você. Ele não participa do roubo e não anda armado, apenas senta e espera. Terminado o assalto, ele consegue fugir dos policiais através do conhecimento preciso das ruas de Los Angeles e habilidade na direção. O filme começa com um desses assaltos, e a sequência é um primor de edição e suspense. Escutando a frequência do rádio da polícia e a narração de um evento esportivo, ele consegue despistar os policiais e se perder na multidão da saída do estádio. Tudo feito com a precisão de um relógio.
Gosling faz um personagem tão centrado que o espectador nem percebe que ele sequer tem um nome. Seu empresário e parceiro Shannon (Bryan Cranston) o chama simplesmente de "garoto". Ele mora sozinho em um prédio de Los Angeles, não tem família ou passado. Sua armadura só se abre quando ele conhece Irene (Carey Mulligan, de "Educação", adorável como sempre), uma jovem mãe que mora no mesmo andar. Os dois se conhecem quando o carro dela quebra e ela o leva na oficina de Gosling. A atração entre os dois é óbvia desde o primeiro minuto, mas não é apenas física. Há cenas em que ambos ficam apenas olhando um para o outro, e o rosto fechado do rapaz esboça sorrisos de calma felicidade simplesmente por estar sentado com o filho dela vendo televisão. Claro que tudo vai dar errado em breve, mas é notável o modo como o diretor tem controle sobre o ritmo do filme. As coisas se complicam quando o marido de Irene, que estava na prisão, é solto e volta para casa. Ele deve dinheiro para criminosos e, caso não pague, eles vão machucar Irene e o filho. Gosling oferece ajuda, mas as coisas não saem como o esperado e o filme, de repente, mergulha em um banho de sangue.
Há algumas semelhanças com "Taxi Driver" (1976), de Martin Scorsese, outro filme violento sobre um motorista. Os personagens principais são solitários, aparentemente comuns mas capazes de atos de violência inesperados. "Drive" tem um visual e uma ambientação que lembram o final dos anos 70 e início dos 80, um pouco de Scorsese misturado com a série de televisão "Miami Vice". Os créditos iniciais são escritos em rosa escuro e mostram o rapaz dirigindo pela cidade ao som de "Nightcall" (ouça), do artista Kavinsky. Os vilões são um capítulo à parte. Albert Brooks, geralmente associado a comédias leves, interpreta Bernie Rose, um chefão do crime a quem Shannon, chefe do rapaz, vai pedir dinheiro emprestado para investir em um carro de Stock Car. Brooks está irreconhecível e perfeito, uma pena que, assim como Gosling, tenha sido esquecido nas indicações ao Oscar. Outro bandido de peso é Nino, interpretado por Ron Perlman, que dispensa comentários.
"Drive" entrou na lista de melhores filmes de 2011 de muitos críticos, causou sensação em Cannes e Nicolas Winding Refn ganhou o prêmio de melhor diretor no prestigiado festival francês. Pena que a Academia americana não tenha indicado o filme a quase nenhum prêmio ("Drive" foi indicado apenas em uma categoria técnica, Melhor Edição de Som). O filme tem todas as características para se tornar um cult. Imperdível.
Câmera Escura
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