sábado, 26 de novembro de 2022
À procura do amor (Enough said, 2013)
terça-feira, 21 de junho de 2022
A Escada (The Staricase, 2022)
A trama faz um vai e vem entre várias linhas de tempo,
informadas por letreiros na tela ou indicadas por mudanças no visual dos
personagens. A série também é metalinguística; uma equipe de documentaristas
acompanhou a história real (o documentário está na Netflix, aliás) e a equipe
técnica (diretor, produtor, editora) estão presentes como personagens. Colin
Firth está muito bem como Paterson, uma pessoa difícil de decifrar, mas que tem
um ego enorme e gosta de estar no centro das atenções (quem aceitaria a
presença de câmeras durante uma investigação de assassinato?).
Independentemente de ser um assassino ou não, Paterson é bem
contraditório, aquele tipo de pessoa que pode elogiar a esposa ou os filhos em
uma frase e, em seguida, falar alguma coisa horrível. O ritmo é bem lento, são
oito capítulos de uma hora de duração e o roteiro dá espaço para revelar as
facetas de várias personagens. Toni Collette, como a esposa Kathleen, é uma
personagem trágica, sempre exausta, lutando para manter o trabalho, a casa, os
filhos e o marido, que mais parece outro filho. As várias teorias sobre a morte
dela são mostradas em cenas bastante sangrentas. Binoche, uma das maiores
atrizes do cinema, também é uma figura trágica como uma mulher que acredita em Paterson,
mas nunca consegue realmente compreendê-lo. A direção é de Antonio Campos,
americano nascido em Nova York filho do jornalista brasileiro Lucas Mendes.
Harrison Ford estava escalado originalmente para viver Paterson, mas desistiu. A
série me lembrou muito “O Reverso da Fortuna” (1990), de Barbet Schroeder, em
que Jeremy Irons era acusado de matar a esposa. "A Escada" está
disponível na HBO Max.
sábado, 23 de abril de 2022
O Beco do Pesadelo (Nightmare Alley, 2021)
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Madame (2017)
A americana organiza um jantar de gala em que até o prefeito de Londres estará presente, mas há um problema: o filho de Harvey Keitel, Steven (Tom Hughes) aparece de surpresa, o que faz com que a mesa tenha 13 convidados. Para fazer um número par, a patroa pede que a empregada coloque um vestido e se sente à mesa ("fale pouco, beba pouco"). Só que um convidado, um vendedor de arte inglês (Michael Smiley), acaba se apaixonando pela espanhola (que ele acredita ser da realeza da Espanha).
Está armada uma comédia de erros em que o rico inglês começa a sair com a empregada espanhola, acreditando que ela é uma rica excêntrica, enquanto que a patroa americana não se conforma que a empregada tenha uma vida amorosa melhor do que a dela. Toni Collette está muito bem como uma mulher rica mas mal amada, que acha que a empregada deve voltar "ao seu lugar". O tom cômico se torna mais dramático conforme o ciúme da patroa aumenta e ela começa a interferir no romance da empregada. Harvey Keitel está divertido e Rossy de Palma está muito bem. É um filme bem europeu, com produção francesa mas falado em inglês. O tema poderia ter rendido mais, mas não é um filme ruim. Disponível na Amazon Prime.
quarta-feira, 5 de maio de 2021
Passageiro Acidental (Stowaway, 2021)
Estrelado por Anna Kendrick, Daniel Dae Kim, Shamier Anderson e a grande Toni Collette, "Passageiro Acidental" está mais para "Gravidade" do que para "Perdido em Marte". Três astronautas (Kendrick, Kim e Collette) partem da Terra para uma missão de dois anos até Marte. A câmera de Penna acompanha o lançamento quase em tempo real e nunca vemos o pessoal do controle terrestre. Eles atingem a órbita, acoplam com a nave principal e estão a caminho de Marte quando o impossível acontece: um homem desacordado cai de um dos painéis. Não fica bem explicado se foi um acidente ou se ele se escondeu antes do lançamento, o caso é que os três astronautas têm que lidar com o fato de terem um passageiro a bordo. Só que a nave já havia sido projetada para, no máximo, três passageiros, e há um problema com o coletor de dióxido de carbono. Há o suficiente para todos chegarem à Marte ou alguém vai ter que se sacrificar pelo bem maior?
É um filme lento, não espere grandes cenas de ação. Em "Ártico", Joe Penna mostrava Mads Mikkelsen tentando sobreviver ao frio em um filme praticamente mudo. Aqui os personagens tentam solucionar os problemas à base do diálogo, mas a Natureza e o equipamento não estão colaborando. Não há um Matt Damon fazendo piadas ou centenas de técnicos da NASA tentando resolver o problema em Houston. O que resta são cenas com boas interpretações e momentos humanos. Dá pra ver que os roteiristas (Joe Penna e Ryan Morrison) tentaram ser cientificamente corretos, há longas cenas mostrando a disposição da nave e como funciona o sistema de gravidade artificial. É um bom filme, com algumas cenas bonitas mas, ao final, fica a sensação de que faltou alguma coisa. Tá na Netflix.
domingo, 5 de outubro de 2008
Ao Entardecer
