sexta-feira, 10 de novembro de 2023
O Assassino (The Killer, 2023)
sábado, 24 de junho de 2023
Era uma vez um gênio (3000 years of longing, 2022)
Tilda Swinton é Alithea, uma acadêmica especializada em narrativas que vai participar de uma conferência em Istambul. Em um lojinha local ela encontra uma garrafa de vidro distorcida, que ela leva ao hotel. Ao limpar a garrafa na pia do banheiro, a tampa se solta e sai um gênio gigante interpretado por Idris Elba (com orelhas pontudas). Sim, pode até parecer o começo de uma história infantil, mas está longe disso.
O gênio, com de costume, oferece satisfazer três desejos da personagem de Swinton, mas a experiência dela diz que, geralmente, essas histórias não acabam bem. Ao invés de fazer os desejos, Alithea passa então a escutar a história de vida do gênio, que começa literalmente com a Rainha de Sabá. George Miller recria as histórias de Elba com atores e muitos efeitos especiais, que nem sempre funcionam direito. Grande parte do filme é passada dentro deste quarto de hotel, enquanto Alithea tenta decidir seus desejos e o gênio vai contando suas histórias. É bastante estranho, a bem da verdade.
Há muito simbolismo e mais de um toque de que a intelectual vivida por Swinton talvez não esteja bem da cabeça. Há ecos de uma tragédia no passado, envolvendo uma criança chamada Enzo. Na terceira parte, em Londres, quadros na parece e caixas no porão dão mais dicas sobre a vida de Alithea, mas nada fica muito claro. Se você embarcar no romance "infantil, excitante e estranho" da descrição, é um filme interessante, mas difícil, de encarar até o final. A direção de fotografia é do grande John Seale ("Estrada da Fúria", "O Paciente Inglês", "O ano em que vivemos em perigo") e a trilha sonora de Tom Holkenborg é bonita. Disponível na Amazon Prime.
sábado, 17 de dezembro de 2022
Pinóquio (Guillermo del Toro's Pinocchio, 2022)
A animação é brilhante, feita com bonecos articulados e todo tipo de técnica, como substituição de rostos (as expressões de Pinóquio são todas "duras", apropriado para um boneco de madeira) ou bonecos articulados nos mínimos detalhes, como Gepeto. Há também cenários belíssimos e algumas cenas complementadas com elementos em computação gráfica, mas o "coração" do filme é todo feito à mão (com mostra um "making of" na mesma Netflix).
O roteiro mistura elementos infantis e até cenas musicais com temas mais pesados como o crescimento do fascismo na Itália e os efeitos das duas guerras mundiais no Século XX (Gepeto perde o filho Carlo, de 10 anos, em um bombardeio na I Guerra Mundial). O trabalho de vozes também é muito bom. Gepeto é interpretado por David Bradley e o vilão Volpe é feito por Christoph Waltz. Ewan McGregor faz um Grilo tão bom que Del Toro aumentou a importância do personagem durante a produção. O resto do elenco ainda conta com as vozes de John Turturro, Ron Perlman, Finn Wolfhard e até a grande Cate Blanchett fazendo um macaco. A trilha é de Alexandre Desplat.
Não é uma obra prima como "O Labirinto do Fauno" (2006), mas trata de vários dos mesmos temas e tem um visual de encher os olhos. Tá na Netflix.
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Doutor Estranho (2016)
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Moonrise Kingdom
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Precisamos falar sobre o Kevin
domingo, 9 de outubro de 2011
Um Sonho de Amor
Câmera Escura
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
O Curioso Caso de Benjamin Button

O Curioso Caso de Benjamin Button parte desta premissa. Benjamin (Brad Pitt) é um homem que nasce um bebê "velho" e enrugado. Os ossos estão fracos, os olhos apresentam catarata, todos os sintomas de um idoso de 80 anos. A mãe morre no esforço de dar à luz esta estranha criança e o pai, atormentado, abandona o bebê em uma casa que cuida, justamente, de pessoas idosas. Ele é adotado por uma mulher negra chamada Queenie (a ótima Tarji P. Henson). Ela considera o bebê milagroso e resolve tomar conta dele da mesma forma com que ela trata dos outros habitantes da casa: todos idosos em processo de decadência física e mental. Só que o pequeno Benjamin está no caminho contrário, se tornando mais jovem a cada dia.
O filme é passado no sul dos Estados Unidos e tem vários bons momentos, além de um elenco composto por Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton e Julia Ormond. O diretor é David Fincher, conhecido por filmes pesados e psicológicos como Se7en, Clube da Luta e Zodíaco. Fincher também é famoso como um técnico competente, que experimenta com novas tecnologias e efeitos especiais. "Benjamin Button" é recheado de efeitos digitais que recriam várias épocas da história americana e, de forma extraordinária, dão uma ajuda ao trabalho de maquiagem de envelhecer ou rejuvenescer os atores. Brad Pitt, especialmente, é mostrado desde os 80 anos até a juventude, e imagino que uma grande quantidade de "magia" digital foi empregada para transformá-lo diante dos olhos da platéia. O filme, visualmente, é plasticamente bonito e interessante de se ver.
O problema é que para cada virtude há uma quantidade considerável de problemas. O roteiro é o maior deles. Para começar, é muito, mas muito parecido com "Forrest Gump", que Robert Zemeckis realizou em 1994, escrito pelo mesmo roteirista, Eric Roth. Este video mostra claramente as incríveis semelhanças entre os dois projetos. Tanto Benjamin Button quanto Forrest Gump são crianças com um problema, criados por uma mãe solteira no sul dos Estados Unidos. Ambos conseguem superar as dificuldades (inclusive de locomoção) e se apaixonam por uma amiga, loira, de infância. Ambos crescem e vão para a guerra, e depois passam um tempo em um barco. Ambos têm um amigo negro e depois um amigo bêbado e revoltado. Ambos saem de casa e viajam pelo mundo... e assim por diante. E não só isso, os dois filmes foram feitos por diretores conhecidos pelos seus filmes de efeitos especiais (Zemeckis e Fincher) que resolveram apostar seu talento em um filme tocante e sensível sobre uma "pessoa especial". Forrest Gump ganhou 6 Oscars; Benjamin Button está com 13 indicações ao prêmio.
E os problemas não param por ai. Para poder contar a história de Benjamin em flashbacks o roteiro criou o estratagema de começar a história no passado recente, durante a passagem do furacão Katrina pelo sul dos Estados Unidos. Daisy (Cate Blanchett), está praticamente morrendo em uma cama de hospital assistida pela filha Caroline (a bela Julia Ormond, cujas rugas mostram, mais do que qualquer coisa no filme, o verdadeiro poder do tempo). Mesmo agonizando, a velha senhora consegue arrumar forças para contar o tal caso "curioso" de Benjamin Button, convenientemente auxiliada pelo diário do próprio mais uma série de fotos e documentos que aparecem, como mágica, da bagagem dela. Esta trama paralela é até mais difícil de acreditar do que o estranho "milagre" da vida de Button. Como, e por que, a mãe conseguiria guardar tantos segredos de sua vida para a própria filha? Como ela teria organizado toda aquela "apresentação" com as fotos, o diário, as anotações, agonizando em uma cama de hospital? Para quem o narrador, o próprio Benjamin Button, está contando a história? Para Caroline? Então porque ele muda a pessoa narrativa (de terceira pessoa para primeira pessoa) em determinado ponto do filme?
Assim, O Curioso Caso de Benjamin Button, apesar dos bons momentos e do belo visual, acaba resultando em um filme interessante, mas nada original.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Queime depois de ler
